Os seguidores mais antigos de Jesus, todos eles, pareciam estar convencidos de que Jesus era realmente O Filho de Deus em forma humana. Paulo disse: "Ele é a imagem do Deus invisível... Nele a Sua totalidade teve o prazer em residir". João disse que Jesus criou o mundo. Pedro disse: "todo aquele que acredita Nele tem os seus pecados perdoados através de Seu nome".
Mas o que Jesus disse sobre si mesmo? Alguma vez ele se apresentou como Deus? De acordo com a Bíblia, não. Abaixo estão algumas de suas declarações feitas no tempo que estava na terra, e seus contextos.
Disseram-lhe os judeus: "Você ainda não tem cinqüenta anos e viu Abraão?" Respondeu Jesus: "Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!" Então eles apanharam pedras para apedrejá-lo, mas Jesus escondeu-se e saiu do templo. (João 8.57-59)
"Eu e o Pai somos um". Novamente os judeus pegaram pedras para apedrejá-lo, mas Jesus lhes disse: "Eu lhes mostrei muitas boas obras da parte do Pai. Por qual delas vocês querem me apedrejar?" Responderam os judeus: "Não vamos apedrejá-lo por nenhuma boa obra, mas pela blasfêmia, porque você é um simples homem e se apresenta como Deus". (João 10:30-33) Então Jesus disse em alta voz: "Quem crê em mim, não crê apenas em mim, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou. Ora estava Jesus ai fazendo separação entre Eele e o Pai. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas". (João 12:44-46) Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: "Vocês entendem o que lhes fiz? Vocês me chamam Mestre e Senhor, e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros". (João 13:12-14) Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto". Disse Filipe: "Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta". Jesus respondeu: "Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: 'Mostra-nos o Pai'?". (João 14:6-9)
Como Ele Se Descreve?
Jesus lhes disse: "Digo-lhes a verdade: Não foi Moisés quem lhes deu pão do céu, mas é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo". Disseram eles: "Senhor, dá-nos sempre desse pão!". Então Jesus declarou: "Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede". (João 6:32-35) Falando novamente ao povo, Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida". Os fariseus lhe disseram: "Você está testemunhando a respeito de si próprio. O seu testemunho não é válido!". Respondeu Jesus: "Ainda que eu mesmo testemunhe em meu favor, o meu testemunho é válido, pois sei de onde vim e para onde vou. Mas vocês não sabem de onde vim nem para onde vou". (João 8:12-14)
Então Jesus afirmou de novo: "Digo-lhes a verdade: Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem. O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas". (João 10:7-11) Disse Marta a Jesus: "Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedires". Disse-lhe Jesus: "O seu irmão vai ressuscitar". Marta respondeu: "Eu sei que ele vai ressuscitar na ressurreição, no último dia". Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?" Ela lhe respondeu: "Sim, Senhor, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo". (João 11:21-27)
Ele Disse Que Foi Enviado Aqui Para Fazer O Quê?
Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo, como o Filho do homem que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". (Mateus 20:25-28)"Porque estava ensinando os seus discípulos. E lhes dizia: "O Filho do homem está para ser entregue nas mãos dos homens. Eles o matarão, e depois de três dias ele ressuscitará". Mas eles não entendiam o que ele queria dizer e tinham receio de perguntar-lhe". (Marcos 9:31-32)"Pois Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus". (João 3:16-18)"Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei. Pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Porque a vontade de meu Pai é que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia". (João 6:37-40)
Jesus e a Natureza Divina
De acordo com a História, um dos tópicos mais controvertidos entre os que afirmam seguir a Bíblia tem sido a natureza de Jesus e sua relação com o Pai. Nos primeiros cinco séculos após a encarnação de Cristo, os cristãos passaram pelas chamadas "controvérsias cristológicas": vários grupos defendiam visões completamente diferentes com respeito à natureza de Jesus Cristo e do ser divino. Isso talvez não nos cause nenhum espanto. Satanás desejaria mais do que nunca introduzir entre os discípulos erros no que se refere à natureza de Deus, sendo esses erros básicos e extremamente prejudiciais. Além disso, qualquer ser humano que tente compreender a natureza de Deus está lidando com um assunto muito mais profundo que ele mesmo. É natural tentar reduzir Deus às condições humanas e começar a analisá-lo de acordo com as limitações humanas.
Mesmo hoje, há acirradas controvérsias entre os supostos seguidores do Senhor Jesus no que diz respeito à natureza e ao conceito da divindade. Neste artigo não pretendemos abranger todas, nem esgotar o estudo de uma delas, mas apresentar certos princípios bíblicos que nos orientarão diante das várias doutrinas acerca de Jesus.
É importante começar qualquer estudo com a postura correta. Precisamos sempre estar dispostos a submeter os nossos conceitos ao significado imparcial dos textos bíblicos. Consultar a Bíblia para tentar provar o que já decidimos ser a nossa crença é perigoso e muitas vezes leva a equívocos. Se as nossas concepções nos obrigam a torcer as Escrituras para que se encaixem ao que pensamos, então devemos abandonar os nossos conceitos. Nem tudo na Bíblia nos parecerá sábio e razoável. A sabedoria de Deus não se sujeita à nossa avaliação. Por causa das nossas limitações, a sabedoria de Deus às vezes parece tola. Não é necessário que tudo tenha sentido para nós nem que tudo seja coerente, mas pela fé devemo-nos submeter ao que a Palavra de Deus claramente afirma sem rodeios (1 Coríntios 1-2).
Jesus é Deus?
Vários grupos negam a absoluta divindade de Cristo, negam que Jesus seja Deus com d maiúsculo. Segundo eles, ele é um deus, um arcanjo muito elevado, mas não é igual a Deus Pai. Os teólogos modernos muitas vezes ensinam que Jesus era um grande homem, um mestre maravilhoso e um grande profeta , mas não Deus na verdade.
Há vários "porém" que devem ser ligados a essa afirmação. Quando Jesus se fez carne, passou a ser humano. Participou da nossa natureza; submeteu-se à experiência humana. Assim, experimentou a fome, a sede, o cansaço. Nas palavras de Paulo: "pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz" (Filipenses 2:6-8). É importante entendermos que, quando Jesus se fez homem, não deixou de ser Divino. Ele era Divino vivendo como humano. Mas restringiu-se a forma e a limitações muito diferentes da natureza de sua existência eterna. Ao afirmar que Jesus é Divino, então, não estamos tentando negar a realidade de Jesus ter-se tornado um ser humano verdadeiro.
Afirmar que Jesus é Divino não é afirmar que ele é o Pai. O próximo subitem deste artigo discutirá exatamente essa questão.
Seria válido admitir já de início neste estudo que se acha revelada nas Escrituras uma nítida diferença entre o papel do Pai e o do Filho. Uma delas é que foi o Filho que se fez carne, não o Pai. Mas, o que é mais fundamental, o Pai parece ser revelado na Palavra como o planejador e diretor, e o Filho, como o concretizador. O Filho submeteu-se à vontade do Pai. Nesse sentido, Jesus afirmou: "O Pai é maior do que eu" (João 14:28). Entendemos que, de acordo com as Escrituras, o marido deve ser o cabeça da esposa, e ela deve submeter-se ao marido. Mas isso não significa que o marido seja superior em essência; simplesmente tem um papel de autoridade. Tanto marido quanto mulher são plena e igualmente humanos. Da mesma forma, a liderança do Pai e a submissão do Filho não implicam diferença de natureza. Ambos são plena e igualmente divinos.
O Testemunho das Escrituras
A Bíblia deixa bem claro que Jesus é Divino. "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaías 9:6). O menino que haveria de nascer se chamaria "Deus Forte".1
Em João 1:1: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus". Aqui o Verbo é Jesus (veja João 1:14). Jesus não só estava com Deus, mas era Deus. Isso parece confuso a princípio. Mas analise este exemplo simples. Meu nome é Gary Fisher. O nome de minha esposa é Sandra Fisher. Se ela estivesse aqui comigo agora, seria possível dizer: "Sandra está com Fisher e Sandra é Fisher". No primeiro caso, Fisher refere-se a mim especificamente; no segundo, é usado como o nome da família em que (no meu caso) há quatro membros. Jesus estava com Deus (o Pai) e era ele mesmo Deus (também compartilhava da natureza de ser Deus).
"Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!" (João 20:28). Tomé dirigiu-se a Jesus dizendo: "Senhor meu e Deus meu". Tomé estava errado? Jesus não achou que estivesse, pois disse: "Porque me viste, creste? Bem-aventurados são os que não viram e creram" (João 20:29). Essa passagem é uma comprovação tão forte da divindade de Cristo, que já se inventaram inúmeras explicações para recusá-la. Por exemplo, Tomé estava apenas manifestando o seu espanto, como alguém hoje, que talvez dissesse: "Ó, meu Deus do céu". Mas isso implicaria dizer que Tomé estava usando o nome de Deus em vão. No entanto, Jesus o elogiou por isso. Outros acreditam que Tomé estava chamando Jesus seu Senhor e depois voltando-se ao Pai, dizendo "Deus meu". Mas o texto diz: "Respondeu-lhe Tomé". Tomé estava reconhecendo que Jesus era seu Deus.
Examine estes textos: "Deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre" (Romanos 9:5). "Aguardando a bendita esperança e a manifestão da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus" (Tito 2:13). "Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo" (2 Pedro 1:1). Todos se referem a Jesus como Deus.
Jesus afirmou ser Deus em várias ocasiões. Em João 5:17, ele disse: "Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também". Os judeus entenderam devidamente a afirmação de Jesus como uma indicação de que ele era igual a Deus (João 5:18). Em João 10:30, Jesus declarou: "Eu e o Pai somos um". Jesus fez a ousada declaração em João 14 de que vê-lo significava ver o Pai: "Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto. Replicou-lhe Filipe: Senhor mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?" (João 14:7-9). (Veja também as afirmações de Jesus em João 8:56-59, as quais serão discutidas numa seção posterior deste artigo.)
Jesus aceitava ser adorado
Somente Deus deve ser adorado. Adorar a criatura é idolatria e é terminantemente proibido nas Escrituras (veja Romanos 1:25). O próprio Jesus afirmou: "Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto" (Mateus 4:10) ao citar Deuteronômio 6:13 em resposta à tentação de Satanás. Em nenhum lugar das Escrituras um homem justo aceitou ser adorado. Pedro recusou-se a permitir que Cornélio se curvasse diante dele (Atos 10:25-26). Paulo e Barnabé ficaram abismados quando o povo de Listra se preparou para adorá-los como deuses. Tomaram imediatamente uma atitude: "Porém, ouvindo isto, os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgando as suas vestes, saltaram para o meio da multidão, clamando: Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas cousas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra o mar e tudo o que há neles" (Atos 14:14-15). Os anjos são seres celestes superiores aos homens, mas nem mesmo eles aceitam ser adorados (Apocalipse 19:10; 22:8-9).
É bem notável, então, que Jesus tenha aceitado a adoração do homem. Quando Jesus acalmou a tempestade, "os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!" (Mateus 14:33). Jesus não os repreendeu por louvá-lo. O cego que Jesus curou em João 9 o adorou (João 9:38). Várias vezes os discípulos adoraram a Jesus após a ressurreição, e Jesus jamais deu a entender que aquilo não era certo (Mateus 28:9,17). Jesus na realidade ensinou de modo claro: "Que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou" (João 5:23). Nenhum homem justo e nenhum anjo do céu (nem o mais exaltado) jamais pediu que os homens os honrassem da mesma forma que honram ao Pai. Se Jesus não fosse Deus, então João 5:23 seria uma das blasfêmias mais audaciosas que jamais foram proferidas por lábios humanos.
Os cristãos primitivos adoravam a Jesus: "O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém" (2 Timóteo 4:18). "Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno" (2 Pedro 3:18). Repare na surpreendente semelhança da adoração oferecida ao Pai com a oferecida ao Filho. Falando do Pai, Pedro disse: "A ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém." (1 Pedro 5:11). Mas, em referência ao Filho, João escreveu: "A ele a glória e o dóminio pelos séculos dos séculos. Amém" (Apocalipse 1:6). Deus ordenou que mesmo os anjos devem adorar ao Pai: "E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem" (Hebreus 1:6).
Todas as hostes celestes adoram a Jesus do mesmo modo que adoram o Pai. Os quatro seres viventes e os 24 anciãos "E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra" (Apocalipse 5:9-10). O texto prossegue: "Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. E os quatro seres viventes respondiam: Amém; também os anciãos prostararam-se e adoraram" (Apocalipse 5:11-14).
Essas declarações de adoração a Jesus Cristo constituem a mais forte prova de sua divindade. As Escrituras declaram, sem hesitar, que somente Deus deve ser adorado, mas Jesus é adorado no céu pelas mais elevadas criaturas celestes. Jesus é até ligado ao Pai na mesma declaração de louvor. Paulo escreveu a verdade: "Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2:9-11).
Afirmações indiretas
Há muitas coisas que Jesus fez que somente Deus é capaz de fazer. Jesus perdoou os pecados dos homens, mas somente Deus pode perdoar pecados (veja Marcos 2:1-12; Lucas 7:36-50). Ele afirmou ser capaz de dar vida (João 5:21; 10:28; 17;2) e de julgar o mundo (Mateus 7:23; 16:27; 25:31-46; João 5:22-27), habilidades que pertencem exclusivamente a Deus. Jesus criou o mundo (João 1:1-3, 10) e o sustém (Colossenses 1:17). Jesus fez afirmações que implicavam a sua onipresença (Mateus 18:20; 28:20) e onisciência (Marcos 12:25;Mateus 9:4; 12:25; veja também Apocalipse 2:23; 1 Reis 8:39). Ele afirmou ser maior que o templo, maior que Jonas e maior que Salomão (Mateus 12:6, 41-42). Ele afirmou não ter pecado (João 8:46). Tudo isso o põe sem dúvida na categoria de Deus.
Jesus ensinou que vê-lo era ver o Pai (João 12:45; 14:9), que crer nele era crer no Pai (João 12:44) e que conhecê-lo era conhecer o Pai (João 8:19; 14:7). Ele disse que quem o recebe, recebe o Pai (Marcos 9:37); que quem o honra, honra o Pai (João 5:23); mas quem o rejeita e o odeia, rejeita e odeia o Pai (Lucas 10:16; João 15:23). Qual mero homem, qual arcanjo poderia fazer afirmações como essas?
O que Jesus disse refletia a noção da sua própria importância. Ele disse que era a luz do mundo, o pão da vida, a ressurreição e a vida e o único caminho para o Pai (João 6;35; 8:12; 11:25; 14:6). Ele disse que as coisas que estavam escritas no Antigo Testamento foram escritas a seu respeito (Lucas 24:27, 44; João 5:39, 46). Ele disse que, quando o Espírito Santo viesse, ele o glorificaria (João 14:26; 15:26; 16:14). Jesus mostrou que era imprescindível ir a ele, ouvi-lo, crer nele, confessá-lo e segui-lo (Mateus 11:28-30; João 6:45; 18:37; 8:24; 11:25; Mateus 10:32-33; João 8:12; 10:27). Ele nos ensinou a perder a vida por amor a ele (Lucas 9:24) e amá-lo mais que ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos e à própria vida (Mateus 10:37; Lucas 14:26). Fazendo uso de uma metáfora ousada, Jesus disse que devemos comer a sua carne e beber o seu sangue para que possamos ter vida (João 6:51-58). O Senhor deixou a ceia em memória dele, para que nunca viéssemos esquecê-lo (Lucas 22:19). Ele ensinou que a sua vidaseria entregue em resgate por muitos (Mateus 20:28; 26:28; João 10:15; 12:32).
Ou Jesus era um egoista arrogante, ou era Deus. Diante de suas afirmações ousadas, não há meio-termo. "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6). "Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mateus 28:18).
Jesus é o Deus revelado no Antigo Testamento
Há duas palavras traduzidas por "Senhor" no Antigo Testamento. Uma delas significa simplesmente senhor, mestre, amo. A outra é geralmente escrita em letras maiúscula e significa "Eu Sou", ou seja, aquele que existe por si mesmo, o eterno. Esse "SENHOR" tem origem numa palavra hebraica de quatro letras: "YHWH". Mas os judeus não pronunciavam a palavra; eles simplesmente diziam "SENHOR" sempre que a encontravam na leitura da Bíblia. Eles criam que "YHWH" fosse santo demais para ser proferido por seres humanos. Assim, a maioria das traduções da Bíblia simplesmente traduz "YHWH" por SENHOR. Poucas traduzem por "Jeová". Essa palavra é importante no entendimento da natureza de Cristo, porque é uma palavra que só se aplica a Deus. Uma palavra como senhor, que é tão comum, poderia ser usada em respeito a um superior. Mas a palavra "YHWH" (SENHOR, ou Jeová, Eu Sou) só poderia ser empregada corretamente em referência ao único e verdadeiro Deus.
Jesus disse que ele é YHWH, Eu Sou: "Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse EU SOU." (João 8:58).2 Era uma declaração chocante, e os judeus pegaram pedras ali mesmo para apedrejar Jesus por blasfêmia (João 8:59). Muitos textos aplicam profecias sobre Jeová (o "SENHOR") a Jesus. João Batista ia preparar o caminho para o "SENHOR" (Isaías 40:3; veja Mateus 3:3; Marcos 1;3; Lucas 3:4-5). A glória do "SENHOR", vista por Isaías, era uma visão da glória de Jesus (Isaías 6; João 12:37-43). Não são casos isolados. Várias afirmações sobre o SENHOR no Antigo Testamento são aplicadas a Jesus no Novo.3 Jesus também é Deus Jeová, o SENHOR.
Jesus não é o Pai
Algumas pessoas tomam as evidências apresentadas acima e ensinam que Jesus é a mesma pessoa que o Pai. Elas acreditam que o Pai e o Filho não passam de manifestações diferentes da mesma pessoa. Eles fazem uso da seguinte ilustração: um homem pode ser ao mesmo tempo pai e filho. Isso é verdade. Eu sou tanto pai, como filho. Mas eu não sou o meu próprio pai, nem sou o meu filho. A Bíblia revela três pessoas diferentes que compõem o único Deus.
Há inúmeros textos que mostram a diferença entre a pessoa do Pai e a do Filho. "Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho" (2 João 9). "Tanto o Pai como o Filho" leva a entender a existência de dois seres. Jesus afirmou ter duas testemunhas: ele mesmo e o Pai. "Se eu julgo, o meu juizo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou. Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim." (João 8:16-18). Se Jesus fosse a mesma pessoa que o Pai, haveria uma só testemunha, mas Jesus disse claramente que havia duas. (Veja também 1 João 2:22; 1 Coríntios 8:16). "Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou" (João 8:42). O Pai enviou o Filho. O Filho não se enviou. Portanto, o Pai não é o Filho. Jesus muitas vezes orou ao Pai (Lucas 23:34, 46). Estava Jesus orando a si mesmo? Ele ensinou os discípulos a orar: "Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome" (Mateus 6:9), estando ele próprio na terra. "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco" (João 14:16). Se o Pai, o Filho e o Espírito Santo são todos uma só pessoa, então Jesus orou a si mesmo e pediu que enviasse a si mesmo.
O Pai reconhecia o Filho: "E eis uma voz dos céus,que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mateus 3:17). Será que o Pai estava simplesmente falando para si a respeito de si mesmo? Jesus disse que, se ele glorificasse a si mesmo, a sua glória não seria nada (João 8:54). "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou" (João 6:38). Jesus veio fazer a própria vontade, ou não? Se respondermos que sim, contrariamos Jesus. Se dizemos que não (a resposta correta), então admitimos que Jesus e o Pai são pessoas distintas, porque Jesus de fato veio fazer a vontade do Pai. (Veja também João 8:29).
O Filho retornou ao Pai no céu (João 16:28; 20:17). Se Jesus é o Pai, ele já estava no céu antes de subir para junto de si mesmo. Jesus retornou ao céu para entrar na presença de Deus (Hebreus 9:24). Mas ele já estava na sua própria presença. Se o Filho e o Pai são a mesma pessoa, por que Jesus tinha de ir para o céu para entrar na presença dele próprio?
Vários textos mostram que Jesus está assentado à direita de Deus (Colossenses 3:1). Seria uma grande façanha alguém sentar à direita de si mesmo!
Jesus disse que somente o Pai sabia o momento exato de sua vinda; isso nem mesmo ele sabia (Mateus 24:36). Se Jesus era o Pai, então ele sabia algumas coisas que não sabia? Quando Jesus retornar, ele entregará o seu reino de volta ao Pai e se sujeitará ao Pai (1 Coríntios 15:24-28). Será que Jesus entregará o reino a si mesmo e se submeterá a si mesmo? As Escrituras ensinam com uma clareza inconfundível a distinção entre o Pai e o Filho.
A natureza da divindade
Deus é uno (Deuteronômio 6:4; Isaías 40-48; Marcos 12:29; 1 Timóteo 1:17; Tiago 2:19; 4:12, etc.). A natureza de sua unidade é o assunto em pauta. Com base mesmo no que se evidenciou acima, deve estar claro que a unidade de Deus é uma união, não uma unidade absoluta. A palavra equivalente a Deus no Antigo Testamento (elohim) é uma formação no plural. A palavra equivalente a um, empregada em referência a Deus no Antigo Testamento (echad) também é uma forma plural. Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança . . ." (Gênesis 1:26). A quem se refere esse "nossa"? Somos criados à imagem de Deus, mas há mais de uma pessoa que compôs Deus. Atente para essas afirmações: "Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente" (Gênesis 3:22). "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro" (Gênesis 11:7). Desde os primeiros capítulos da Bíblia, vemos Deus revelado como uma unidade plural (veja também Isaías 6:8). Existe até mesmo diálogos registrados entre Deus e Deus na Bíblia: veja Salmos 110:1, por exemplo.
Em que sentido o Pai e o Filho são um? São uma só pessoa? Ou são um em unidade e em propósito? Observe atentamente João 17:20-23: "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim." Esse texto ensina que os cristãos devem ser um como o Pai e o Filho são um. Os cristãos devem passar a ser uma só pessoa? Ou será que devem ser um em unidade e em propósito? Já que a unidade que os cristãos devem ter não é a de ser uma só pessoa, então a unidade do Pai e do Filho não significa que são a mesma pessoa. A Bíblia muitas vezes trata de coisas que são unas. Marido e mulher são um (Mateus 19:4-6; Efesios 5:31). O que planta e o que rega são um (1 Coríntios 3:6-8). Os cristãos são um (1 Coríntios 12:14). E também o Pai e o Filho (e o Espírito Santo) são um.
Embora nos tenhamos concentrado principalmente no Pai e no Filho, as Escrituras mostram que o Espírito Santo também é uma pessoa divina. O Espírito Santo é revelado como um ser pessoal. Ele faz o que somente uma pessoa pode fazer: fala (1 Timóteo 4:1); ensina(João 14:26); reprova (João 16:8); orienta (Gálatas 5:18); intercede (Romanos 8:26); chama (Atos 13:2); pensa (Romanos 8:27; 1 Coríntios 2:10-11); toma decisões (Atos 13:12; 15:28). Os sentimentos que tem só uma pessoa pode ter: é alvo de mentiras (Atos 5:3); é resistido (Atos 7:51); é desprezado (Hebreus 10:29); fica entristecido (Efésios 4:30); fica irado (Isaías 63:10); é blasfemado (Mateus 12:31). O Espírito Santo tem características divinas: é onisciente (1 Coríntios 2:10-11) e onipresente (Salmo 139:7-10). O Novo Testamento une Pai, Filho e Espírito Santo de modo impressionante. Muitos textos mencionam os três: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós" (2 Coríntios 13:13). "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mateus 28:19). "Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas." (1 Pedro 1:2; veja também Romanos 15:30; 1 Coríntios 12:4-6; 6:11; 2 Corìntios 1:20-21; Gálatas 4:6; Efésios 2:18; 3:14-17; 5:18-20; 1 Tessalonicenses 5:18-19; 2 Tessalonicenses 2:13; Tito 3:4-6; 1 João 4:13-14; Judas 20-21; Apocalipse 1:4-5). Embora a Bíblia em momento algum apresente uma definição teológica de Deus, é possível entender alguns aspectos de seu ser estudando a revelação dada nas Escrituras. O que podemos concluir é: Deus é o nome dado à natureza divina, a há três seres que partilham dessa mesma natureza Jesus é Deus? Alguma vez Jesus afirmou ser Deus?
a mesma pessoa Jesus e Deus
Esta é uma afirmação muito firme nos evangelhos e na Bíblia em geral, porém sendo ela tão declarada há quem entre os cristãos não a aceite como verdade clara e bíblica.
Tenho ao longo dos mais de 20 anos de ministério seguido a máxima que me diz que se eu não entendo tudo o que a Palavra diz, certamente não é a Bíblia que está errada, mas sim a minha limitação que não me deixa entender. Assim, posso claramente glorificar Deus e manter a esperança de um entendimento futuro.
É verdade também que Deut. 29:29 ensina-nos claramente que há coisas que nos são encobertas e que pertencem ao Senhor e outras que são para nós e para nosso filhos para cumprirmos a vontade do eterno Deus.
Aqui estamos a falar de algo que não está encoberto, mas sim muito bem revelado. Como cristãos podemos afirmar sem dúvida nenhuma que Deus e Jesus são a mesma pessoa.
Desde o Génesis que Deus o Pai fala da existência de Jesus que estava com Ele na Criação.
João mostra isso no seu evangelho logo no 1º Cap. dizendo que o “logos”, a palavra, estava com Deus e o “logos”, a palavra, era Deus.
Para João o “logos” encarnado é o próprio Senhor Jesus.
Afirma a TNMSE (tradução do novo mundo das Sagradas Escrituras) em João 1:1 o seguinte: “no princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a palavra era deus.”
Estranho nesta tradução o fato de dizer Deus e deus. Sabemos que no hebraico não havia nem pontuação nem destinação de letra grande, então não é possível fazer essa diferenciação entre a palavra Deus.
Esta é a também afirmação do próprio Senhor Jesus em João 10:30 “eu e o Pai somos um”.
Qual o problema de aceitar a Palavra de Jesus? Ele próprio faz a afirmação. Não encontrei nenhuma tradução bíblica que não faça esta afirmação inclusive a própria TNMSE das TJ.
Encontramos em João 17:11, 22 outras afirmações do Mestre na Sua oração sacerdotal que diz no verso 17 “...Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.” e no verso 22 “e eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um” Jesus fala com o Pai e roga que haja unidade entre os seus filhos os quais formam a Igreja que é una à face da terra.
Paulo diz aos Romanos que somos muitos mas somos um só corpo em Cristo, mas individualmente membros uns dos outros. Romanos 15:5
Este é um ponto assente no povo de Deus, que a Igreja é una e forma o Corpo de Cristo.
O Apóstolo João diz na sua 1ª Epístolas no verso 20 “e sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.”
Qualquer simples interpretação do texto chega à conclusão que estamos em Jesus Cristo e este é o verdadeiro Deus. Assim, não podem restar dúvidas quanto ao facto de Jesus e Deus serem um só.
Porque será que nem todo o cristão não crê no que Cristo afirma?
Lemos na TNMSA das TJ em I João 5:20 o seguinte: “mas, sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu capacidade intelectual para podermos obter conhecimento do verdadeiro. E nós estamos em união com o verdadeiro, por meio de seu Filho Jesus Cristo. Esse é o verdadeiro Deus e a vida eterna”
Este verso não deveria deixar dúvidas a uma TJ sobre o facto de Jesus e Deus serem realmente a mesma pessoa.
É verdade que a limitada mente humana nem sempre entende tudo, e também é verdade que há textos de difícil interpretação, mas sobre o facto de que Jesus e o Pai são um, não me parece que hajam interpretação possível
Porque se diz então que são três as pessoas da Santíssima Trindade: O Pai, o Filho e o Espírito Santo?
Deus ensina-nos na sua Palavra que as três pessoas são Deus universal verdadeiro e eterno.
Mateus 28:19 "Portanto ide, ensinai todas as Nações, baptizando-as em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo."
Então? Em que ficamos...???
Senão vejamos: EU E O PAI SOMOS UM, isto nao significa que é o mesmo, serem um no sentido de objetivo, de entendimento e de poder. Jesus nao disse: EU E O PAI SOMOS A MESMA PESSOA.
A Bíblia diz que Jesus na cruz clamava, Meu Deus, por que me desanparaste.
porque me desamparaste? e também temos um advogado no céu, um mediador, se há um mediador entre Deus e os homens, há outra pessoa. Sei perfeitamente que Deus pode se dividir em quantos quiser, mas pensar nisto, seria no mínimo imbecibilidade, Deus não é tonto pra escrever asneiras. Jesus estava dentro d'agua e uma vos no céu soou, este é meu filho amado em quem me comprazo, havia distinção. Também Jesus está assentado à direita de Deus. Ele é a primícia da criação, isto é, foi criado, também a Bíblia diz que ele recebeu, quem recebe recebe de alguem, há um outro que lhe concedeu todo poder no céu e na terra.
José do Egito foi um exemplo clássico disto. pense DEUS As Escrituras claramente dizem que Deus é único, como podemos ver nas passagens descritas seguidamente: Deuteronómio 4.35,39;6.4; 2Samuel 7.22; 1Reis 8.60; Isaías 44.6,8; Marcos 12.29; Romanos 3.30; 1Coríntios 8.4; Gálatas 3.20; Tiago 2.19; Judas 25.
Estes versículos são essenciais para que fundamentemos a nossa fé no monoteísmo e não coloquemos a nossa relação com Deus em qualquer forma de politeísmo que Deus abomina. Deuteronómio 6.4 é a clássica Shema usada pelos israelitas para proclamar o seu Deus único e verdadeiro. “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR.”
Deuteronómio 6.4 (“Ouve Israel, ADONAI Elohim, ADONAI echad”)Mas será que isso significa obrigatoriamente que Deus, sendo um, é só uma pessoa? Desde já queremos esclarecer que o termo “pessoa” significa algo que detém uma vontade própria, tendo portanto autonomia.
Notemos como a língua hebraica se refere, muitas das vezes, a Deus através da palavra ELOHIM. A palavra “Elohim” (Génesis 1.1; Êxodo 20.1-3), é uma palavra plural, mas não representa sempre ou necessariamente uma pluralidade de pessoas. No entanto, o facto da palavra “Elohim” ser plural, pelo menos levanta a possibilidade de Deus ser composto por mais de uma pessoa.
Notemos que, por vezes, a palavra “Elohim” é seguida do verbo também no plural, o que reforça a possibilidade de existir mais de uma pessoa em Deus (Génesis 1.26; 11.7). Outra pista a favor desta hipótese é o uso de pronomes plurais, como por exemplo, “nossa” ou “nós” (Génesis 1.26; 3.22).
Note que o termo “nós” nunca poderia ter sido usado em referência aos anjos pois estes nunca são designados na Bíblia como criadores (atributo só pertencente a Deus no que diz respeito à criação de vida). O facto de serem usados ao mesmo tempo verbos no plural e no singular, e pronomes da mesma maneira, com a palavra “Elohim” não é uma contradição, se aceitarmos que esse uso reforça a pluralidade na unidade de Deus (Isaías 6.8) (note neste caso o verbo “enviarei” no singular e o pronome “nós” no plural). Vejamos outros exemplos de verbos no plural e partículas no plural referentes a Deus no hebraico: Génesis 20.13 (é usada uma forma plural do verbo para a expressão “fazendo-me Deus sair”); 35.7 (a palavra “manifestado” tem forma plural); Josué 24.19 (usa uma forma plural para se referir a Deus); Salmo 58.11 (a palavra “julga” é “julgam” no hebraico); Jó 35.10 (“que me fez” é no original hebraico um particípio plural), o mesmo é usado no Salmo 149.2 e em Isaías 54.5. O plural majestático não era conhecido ou usado quando foi escrito o livro de Génesis. Portanto, o uso de termos como “façamos” e “nossa” (Génesis 1.26; 11.7; Isaías 6.8) só pode ser compreendido se percebermos que o Deus único é uma unidade composta de duas pessoas, já que, como veremos, Deus também não é uma união de três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo), como a maioria da cristandade aceita.
Os reis falavam na primeira pessoa do singular como são exemplos (Génesis 41.41; Esdras 1.2; Daniel 3.29), e não usavam qualquer tipo de expressão em plural majestático.
ODEUSúnicomo vimos, Deuteronómio 6.4, fala de Deus como único. Aqui a palavra “único” é definida pela palavra hebraica “echad”, a qual é usada, na maior parte dos casos, para a unidade conjunta e não para o “um” absoluto. Ou seja, o “um” determinado por esta palavra pode ser composto de várias partes. No hebraico a palavra “yachid” significa absoluto, unidade indivisível, enquanto “echad” significa unidade composta. Moisés usou a palavra “echad”, o que suporta perfeitamente o conceito de um Deus na unidade de duas pessoas. Essa mesma palavra “echad” é usada em Génesis 2.24 para significar a união composta de um homem com uma mulher (“serão ambos uma só carne”). “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Génesis 2.24 Curiosamente, o filósofo judaico Moisés Maimonides (1135-1204), de forma a evitar esta revelação de duas pessoas num só Deus, substituiu no seu credo a palavra “echad” por “yachid”, acabando por confirmar com a sua atitude, que o texto bíblico é mais a favor da interpretação de duas pessoas num só Deus, do que da interpretação de um Deus indivisível.
No grego a palavra um é “heis” que tanto pode significar um absoluto como “um” composto por várias partes (exemplos do seu uso estão em Filipenses 2.2 e 1João 5.7). O papel do Espírito Santo na unidade de Deus e na sua ação. O termo grego usado em João 14.16-17 para “Consolador” é “parakleto” o qual significa a “capacidade de dar ajuda”. Na verdade, e como veremos seguidamente, o Espírito Santo não pode ser considerado uma “pessoa”, à semelhança do “Pai” e do “Filho”, mas é o poder e a presença de Deus. É através do Espírito Santo que o poder e a presença de Deus se torna possível em todos os que O aceitam com sinceridade. Apesar de não poder ser considerado uma “pessoa” de Deus, o Espírito Santo é Deus no seu todo, como é descrito em João 4.24. Assim, ambas as pessoas de Deus, o Pai e o Filho, são Espírito, podem enviar esse Espírito e agem através desse Espírito. “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” João 4.24 Percebemos desta forma a “fórmula baptismal” descrita em Mateus 28.19, sem termos necessariamente de conceber três pessoas da divindade (doutrina da trindade).
O facto de, por vezes, o Espírito Santo aparecer personificado (com atributos de “pessoa”), pode ser entendido apenas como uma figura de estilo literário (“personificação”), como acontece com outros assuntos na Bíblia. Por exemplo a Sabedoria no livro de Provérbios. Ou seja, a “personificação” ocasional do Espírito Santo na Bíblia não pode, por si só, provar que o Espírito é uma “pessoa” na unidade de Deus. Em 2 João 9, o apóstolo é claro quando identifica a presença de Deus nos seus verdadeiros filhos, com a presença do Pai e do Filho, as duas pessoas da divindade única. O Espírito Santo não é citado directamente, porque não é uma pessoa de Deus, mas está sempre presente quando se fala do Pai ou do Filho. “Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho.” 2 João 1:9 A mesma conclusão podemos tirar das introduções das cartas de Paulo, quando o Espírito Santo nunca é citado, ao contrário da sempre presente citação do Pai e do Filho (Romanos 1.7; 1Coríntios 1.2-3; 2Coríntios 1.2; Gálatas 1.1-3; Efésios 1.1-2; Filipenses 1.2; Colossenses 1.2; 1Tessalonicenses 1.1; 2Tessalonicenses 2.1-2; 1Timóteo 1.1-2; 2Timóteo 1.1-2; Tito 1.4; Filemon 3). O mesmo sucede com João (1João 1.3; 2.23; 2João 9), com Tiago (Tiago 1.1) e com Pedro (2Pedro 1.1-2).
O texto de Romanos 8.9-11 é ilustrativo da relação do Pai e do Filho como pessoas do único Deus, e do Espírito em tudo aquilo que é Deus. “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós.
Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.
E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.” Romanos 8.9-11 Verificamos que tanto o Pai, como o Filho, tem o poder de enviar o Espírito de Deus que lhes pertence. Notemos que é o mesmo Espírito que está no Pai e no Filho, que faz com que o Pai e o Filho vivam em cada crente sincero. Temos então aqui duas pessoas da divindade, o Pai e o Filho, que possuem e enviam o mesmo poder da sua manifestação, o Espírito Santo.
APESAR DE DEUS SER APENAS UM, AS PALAVRAS USADAS PARA DESIGNAR DEUS E O USO DE VERBOS E PRONOMES REFERENTES A DEUS NA ESCRITURA SAGRADA, FREQUENTEMENTE FAZEM USO DO PLURAL, PELO QUE O CONCEITO DE UM ÚNICO DEUS EM MAIS DO QUE UMA PESSOA É TOTALMENTE COMPATÍVEL COM O TEXTO SAGRADO.
“E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.” João 17.5 Note que a expressão “tinha contigo” implica duas individualidades, não sendo aceitável como correta interpretação da Palavra de Deus, o conceito que o Pai e Jesus são a mesma coisa no sentido pessoal do termo.
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