SER CRISTÃO HOJE

Sem dúvida, vivemos tempos conturbados. A falência dos padrões do passado e a ineficácia das soluções tradicionais, ocasionadas pelas rápidas e sucessivas transformações sócio-culturais, fazem-nos sentir pouco à vontade na sociedade em que vivemos. Para agravar a situação, deparamo-nos, dia após dia, com múltiplas e, por vezes, desconcertantes leituras da realidade, que nos dão a impressão de que somos estranhos em nossa própria terra. A crise é geral e atinge variados setores, como a família, o ensino, a cultura, a política e a economia. Este contexto problemático atinge fortemente também o cristão.

O homem fragmentado

De fato, esta sociedade, que podemos caracterizar como pluralista e secularizada, não mais proporciona ao cristão o respaldo social que ele usufruía no passado, quando os valores cristãos e a voz da Igreja eram acolhidos e respeitados, tendo as verdades da fé como referências básicas na vida dos cidadãos. Em nossos dias, a cultura venera a subjetividade, cultua a liberdade e absolutiza o direito individual. Cada um escreve sua autobiografia como melhor lhe parece. Nada mais é aceito somente porque vem transmitido do passado, sem trazer uma justificação anexa.

Ao reinado do indivíduo acrescenta-se a enorme quantidade de saber, inabordável por uma única pessoa. Com isso, temos acesso apenas a fragmentos da realidade, desconfiamos do que sabemos e do que acreditamos, tornamo-nos pragmáticos e nos consolamos através do consumo de objetos e sensações. A instabilidade cultural leva muitos de nossos contemporâneos a buscar saídas para o previsível mal-estar. Alguns cedem à tentação fundamentalista, entregando sua liberdade a gurus em busca das ansiadas certezas. Outros procuram refúgio em sentimentos intensos, aliando-se a alguma das modalidades dos movimentos pentecostais.
Outros, enfim, caminham na direção de crenças orientais, onde julgam encontrar luz e sentido. O traço marcante, nestas tentativas, é a perspectiva de auto-ajuda que as domina. De fato, elas estão centradas no próprio indivíduo, que as utiliza para seu próprio conforto espiritual ou sua paz interior. Esta situação é agravada por um traço cultural dominante nos dias atuais: todos querem ser felizes já, todos buscam a auto-realização plena nesta vida, deixando para o segundo plano a vida eterna. Deste modo, silenciam a verdade cristã de que o Reino de Deus só se realizará plenamente para além da história, numa vida inserida em Deus.

Desafios

Como vemos, o cenário atual constitui um sério desafio para o cristão. Todos nos sentimos um pouco sozinhos, constituindo uma minoria. Uma desvantagem? Teria sido melhor ter nascido em séculos anteriores? Não creio. Pois percebemos claramente que a fé é uma opção pessoal, uma aventura que corremos. É escolher construir a própria vida pelo modelo da existência de Jesus de Nazaré e também um risco, que exige muita confiança em Deus, fundamento da nossa fé, consistência da nossa esperança. Mas não era assim no Antigo Testamento? A fé de Abraão, partindo para o desconhecido por confiar em Deus? A fé dos pobres e dos pequenos? A de Maria, acolhendo a interpelação de Deus, sem saber o que o futuro lhe reservaria?
No entanto, ela disse: - “Faça-se em mim a tua vontade”.

Hoje, temos a oportunidade de viver a fé de modo mais autêntico do que as pessoas de alguns séculos atrás, que se amparavam em uma sociedade natural e culturalmente cristã. Uma sociedade pouco exigente de liberdade. Poucos acreditam, a não ser no que lhes convém acreditar. Para nós, cristãos, é a pessoa de Jesus Cristo, sua história, suas palavras e ações, que fundamentam nossa fé. O modo como Jesus viveu sua existência permanece fascinante e atraente através dos séculos. Ao confessá-lo como Filho de Deus e Salvador da humanidade, ao procurar concretizar, embora imperfeitamente, sua existência histórica na minha vida, experimento que minha opção é a certa, confirmando minha caminhada à medida em que a vivo, fornecendo luz e certeza à minha opção.
Como exprimiu o Apostolo Pedro, que fez esta experiência: “Senhor, Tu tens as palavras de vida eterna” (Jo 6, 68).

A coragem de se despojar

A característica de risco inerente à fé cristã é atestada fortemente no Novo Testamento. “Quem quiser salvaguardar sua vida, perdê-la-á; mas quem perder sua vida por minha causa, a salvaguardará” (Mt 10, 39). Observe-se que a segurança da salvação implica confiança, não em coisas ou em raciocínios, mas numa pessoa (“por minha causa”).

Na mesma linha, Jesus afirma, segundo outro evangelista:
- “Quem quiser conservar sua vida, perdê-la-á; quem a perder, conservá-la-á” (Lc 17, 33).
Aqui, conservar significa poupar sua vida, não arriscar, mantê-la para si, apegar-se a ela (Jo 12, 25). Poderíamos sintetizar as palavras do Senhor deste modo:
- quem investir sua vida, com base em certezas humanas, correrá o risco de perdê-la; quem a investir, com base na promessa e na fé, vai ganhá-la e salvá-la.
Paulo, depois de elencar os motivos humanos que o levariam a confiar em si mesmo, afirma taxativamente:
- “Todas estas coisas, que para mim eram ganhos, eu as considerei como perda por causa de Cristo” (Fl 3, 7).
“Por causa dele, perdi tudo e considero tudo isso como lixo, a fim de ganhar a Cristo” (Fl 3, 8). Há, aqui, uma perda que resulta num ganho, como, aliás, vem constantemente repetido na Sagrada Escritura. “Parte da tua terra, da tua família e da casa de teus pais para a terra que te mostrarei” (Gn 12, 1). “Então, deixando logo as redes, eles o seguiram” (Mt 4, 20). Como vemos, o mistério pascal, a morte e a ressurreição, a kenosis (o esvaziar-se da própria natureza) e a glorificação (Fl 2, 6-11), estão fortemente presentes na vivência da fé, característica muito esquecida num tempo de cristandade.

Sal, luz e testemunho

Numa época em que se acentua tanto a subjetividade e a liberdade, é importante que percebamos ser a fé cristã uma modalidade de realização da própria liberdade. Não a investimos em bens materiais, em satisfações pessoais, em busca de poder e de prestígio, em compromissos passageiros e superficiais. Investimos nossa liberdade em Jesus Cristo, em seus valores, em suas vivências, em seus ideais. Não temos uma atitude egocêntrica diante da vida, que nos empobreceria humanamente e nos condenaria à solidão.

Hoje, temos a oportunidade de viver a fé de modo mais autêntico do que as pessoas de alguns séculos atrás, que se amparavam em uma sociedade natural e culturalmente cristã. Procuramos ter, como Jesus, o centro de nossa vida fora de nós, levando a sério o outro, sensibilizando-nos com seu sofrimento, sua indigência, sua carência. Viver para o outro certamente resume bem o ideal cristão. Parece uma perda, mas é um enorme ganho, como confirmam os que entram seriamente nesta aventura. Ser conscientemente cristão, em nossos dias, significa, sem dúvida, remar contra a corrente e se perceber como minoria na sociedade. Conseguimos realizar esta proeza porque a força de Deus, o Espírito Santo, anima-nos interiormente. Somos diferentes porque somos sal da terra e luz do mundo. Somos diferentes porque testemunhamos o Cristo vivo entre nossos contemporâneos.

O JEJUM

Texto: Isaias 58.1-12
Mateus 6.16-18

Por que Jejuar?

O jejum diz aos nossos corpos, estômagos e apetites que nosso espírito é o responsável pela vida, e pela troca da hora de comer, para ficarmos mais próximos de Deus. Quando é exigido por Deus, o jejum traz extras e poderosos benefícios espirituais, Mateus 17:21. Muitos médicos também reconhecem que jejuns regulares também fazem bem ao corpo.

Como Nós Realmente Fazemos Jejum?
Em Mateus 6:16-18 Jesus supõe que seus seguidores jejuarão de tempos em tempos. Ele diz ' Quando jejuardes' não 'se jejuardes. '
O jejum é um tema que atravessa o estilo de vida divino desde os dias mais remotos.
O Jejum Necessita De Uma Motivação Correta

Ele não torcerá o braço de Deus para ajudá-lo.
Ele não lhe ajudará a realizar sua própria vontade, isto seria mera greve de fome!
Quando Deveríamos Jejuar?
Existem muitas ocasiões na Bíblia quando as pessoas jejuaram sozinhas ou em grupo.
1. Ao ouvirem más notícias, Neemias 1:4; II Samuel 1:12
2. Quando familiares, amigos ou pessoas estão doentes, II Samuel 12:16, Salmo 35:13.
3. Em tempos de luto, I Samuel 31:13; II Samuel 3:35.
4. Em perigo, Ester 4:16, Daniel 6:18. Atos 27:33-34
5. Em ameaça de desastre nacional, Juízes 20:26; II Crônicas 20:3. Joel 1:14; 2:12-15
6. Em tempo de ameaça de julgamento, Jeremias 36:9, Jonas 3:5-10
7. Antes de uma viagem, Esdras 8:21-23
8. Na confissão pública de pecados, Neemias 9:1-2, I Samuel 7:6.
9. No arrependimento pessoal, I Reis 21:27-29, Esdras 10:6
10. Na intercessão, Daniel 9:3
11. Em resposta a uma revelação de Deus, Daniel 10:1-3, Atos 9:9
12. Ao ordenar ou enviar ministros, Atos 13:3, 14:23
O Que Devemos Fazer Em Um Jejum?

- Orar, Daniel 9.3, Jeremias 14.12
- Humilhar-nos, Deuteronômio 9.18; Neemias 9.1
- Ler as Escrituras, Jeremias 36.6.
Tipos Diferentes de Jejuns

Para começar, porque não perdermos uma refeição para orar, ou poderíamos jejuar a partir do jantar até o jantar seguinte. Em extremas circunstâncias Moisés, Elias e Jesus jejuaram por 40 dias. Êxodo 24:18, I Reis 19:8, Mateus 4:1-2. Normalmente deveríamos sempre beber líquidos extra e raramente jejuar sem água. Podemos também jejuar de coisas doces e guloseimas. Daniel orou assim por três semanas, Daniel 10:2-3. Faremos bem jejuarmos regularmente da TV, dos esportes e de relações conjugais, para buscarmos mais a Deus. I Coríntios 7:5. Assim como David, os discípulos de João, Ana, Paulo e Cornélio, algumas pessoas têm o jejum como um estilo de vida. Veja Salmo 109:24; 69:10; Mateus 9:14; Lucas 2:37; Atos 10:30; 13:3, 14:23; II Coríntios 11:27.
O Jejum Escolhido por Deus.
Será bom para todos nós jejuarmos de tempos em tempos e de acordo com a direção do Espírito Santo, mas existe outro tipo de jejum que é imensamente poderoso. Nós o chamaríamos de vida jejuada.
Todo Jejum Agrada Ao Senhor?

Em Zacarias, 7.5-6, o Senhor pergunta ao povo e aos sacerdotes se eles estão jejuando por Ele, ou por outro motivo? O jejum em Isaías 58:1-5, definitivamente não agradou a Deus. Mesmo no dia de jejuar diante do Senhor, as pessoas estavam explorando os trabalhadores, discutindo, agredindo-se, sendo hipócritas, tentando chantagear a Deus, reclamando e abandonando os mandamentos de Deus. Ele diz, "não esperem que seus clamores sejam ouvidos!"
Que Tipo de Jejum Agrada A Deus?
Deus diz em Isaías 58.6-12, "Este é o jejum que eu escolhi," e então o recomenda para nós. Este tipo de jejum tem pouco em comum com somente recusar a comida, mas tem muito em comum com recusar o ego, para viver para Deus. Não dura somente um dia, mas para sempre, enquanto vivermos.
Deus nos Pede Para Negarmos A Nós Mesmos E Para:

Soltarmos as correntes da injustiça.
Desatarmos as cordas do jugo,
Satisfazermos as necessidades dos oprimidos.
Quebrarmos todos os jugos.
Compartilharmos nossa comida com o faminto.
Provermos abrigo para os desabrigados.
Cobrirmos aos desnudos.
Ajudarmos nossa própria carne e sangue.
Acabarmos com o jugo da opressão.
Não apontarmos o dedo ou termos conversas maldosas.
Este tipo de jejum transforma o mundo, porém produz tremendas exigências espirituais, emocionais e materiais, mas veja por si mesmo como Deus promete manter miraculosamente aqueles que ousam negar a si mesmos, e viver em nome dos pobres e dos oprimidos.
A tua luz romperá como a alva.
A tua cura apressadamente brotará.
A tua justiça irá adiante de ti.
A glória do Senhor será a tua retaguarda.
Clamarás, e o Senhor te responderá.

Gritarás e Ele dirá: Eis-me aqui.
A tua luz nascerá nas trevas.
A tua escuridão será como o meio-dia.
O Senhor te guiará continuamente.

Ele fartará a tua alma em lugares áridos.
Ele fortificará os teus ossos.
Serás como um jardim regado.
Serás um manancial, cujas águas nunca faltam.
Os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas.
Chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar.

Veja também Zacarias 7.8; 8.16-19
TIPOS DE JEJUM
observamos no texto de Isaías 58, antes de ser um chamado ao evangelho social, é uma descrição dos resultados extraordinários que podem acontecer quando nos submetemos á disciplina do jejum.

É importante aprender nessa passagem os tipos de jejuns que não agradam a Deus bem como compreender os tipos que ele escolhe. O povo estava jejuando, mas sem obter resultados e o motivo é que eles ignoravam o modo de jejuar que poderia mudar a vida deles.

Não devemos interpretar os primeiros versículos como um chamado ao evangelho social no sentido de negar a adoração a Deus. O Senhor não estava pedindo que eles parassem de jejuar, mas que fizessem do jejum mais do que um mero ritual religioso.
Os versos 6 a 8 nos mostram 9 tipos de jejuns que podemos encontrar na palavra de Deus.

1. Jejum para soltar as ligaduras da impiedade
2. Jejum para desfazer as ataduras da servidão
3. Jejum para libertação dos oprimidos
4. Jejum para despedaçar o jugo
5. Jejum para repartir o pão com o faminto e abrigar o pobre desamparado
6. Jejum para romper a luz
7. Jejum para a cura
8. Jejum pela justiça de Deus
9. Jejum pela glória de Deus

Para exemplificar e esclarecer a importância dessas nove razões para jejuar, escolhi nove personagens bíblicos cuja vida ilustra cada um dos aspectos mencionados em Isaías.

1. O jejum do discípulo

Objetivo: “Soltar as ligaduras da impiedade” Is. 58:6
Buscar libertação da escravidão do pecado e do diabo para si mesmo ou para outros.

Mt. 17:21
Existem certas castas de demônios que só saem pela oração acompanhada de jejum. Os discípulos não jejuavam por isso não puderam libertar o garoto – daí o título “jejum do discípulo”.

Atitudes:

Renuncie a todo controle falso do inimigo
Reconheça o auto-engano. Nos enganamos quando não chamamos o pecado de pecado.
Perdoe para vencer a amargura. O ressentimento é um tipo de prisão.
Submeta-se à autoridade de Deus e da igreja. A autoridade pode quebrar ligaduras.
Assuma a responsabilidades pessoais. Precisamos mudar a nossa maneira de confessar os pecados . Em vez de dizer eu confesso, deveríamos dizer: eu me responsabilizo por esse pecado e reconheço que ele é passível da disciplina de Deus. Não culpe os outros e nem o diabo.
Livre-se de influências pecaminosas. Se o teu olho te faz pecar, arranque-o. Se a internet te faz pecar, arranque-a. Se certo amigo te faz pecar, arranque-o. Etc.

2. Jejum de Esdras
Objetivo: “Desfazer as ataduras da servidão” Is. 58:6
Resolver problemas, invocar a ajuda do espírito Santo para avaliar pesos e superar barreiras que nos impedem de caminhar com alegria diante do senhor.
Texto: Ed. 8:23
O Senhor já havia liberado a bênção de voltar para a terra de Israel, mas havia inimigos no caminho que tentavam bloquear a benção. No mesmo princípio, já temos a benção do Senhor mas ás vezes precisamos romper com pesos e resolver problemas.
Esdras tinha que fazer uma viagem levando 3,5 toneladas de ouro, 2,6 toneladas de prata. Imagine você no lugar dele. Será que também faria um jejum?

Atitudes:

Escolha os que se comprometerão em jejuar com você. Esdras convocou todo o povo que estava com ele para jejuar.


Compartilhe o problema para ser ajudado. Esdras disse claramente que o jejum era para terem uma viagem feliz e segura.

Jejue com seriedade. Jejum não é apenas se abster de alimentos, implica em afligir a alma com oração e intercessão com agonia. Esdras os convidou para se humilharem.

Jejue antes de tentar uma solução. Observe que Esdras não jejuou durante a viagem, mas antes.

Jejue no lugar ou com algo que simbolize o problema. Esdras não fez um retiro, mas foi para o lugar do desafio.

Jejue esperando orientação. Depois de jejuar Esdras tinha a solução. O ouro foi pesado na saída e na chegada. A oferta foi distribuída entre 12 homens para que vindo o ladrão não levasse todo o tesouro. Por fim ele escolheu o caminho certo sob a direção de Deus.

3. O jejum de Samuel

Objetivo: “Para por em liberdade os oprimidos” Is. 58:6
Para ganhar almas, para se identificar com pessoas escravizadas, para orar e ser usado por Deus para tirar as pessoas do reino das trevas e traze-las para o reino de Deus. É o jejum por avivamento.
Texto: I Sm. 7:6
Samuel jejuou para que Israel fosse liberto do pecado.

Atitude:

Convoque a congregação para reunir e jejuar (v. 5-6)

Demonstre arrependimento genuíno (v. 3 e 6)

Afaste-se do pecado secreto. Não devemos nos contentar com os pecados que conhecemos, devemos pedir luz a Deus e pedir que ele nos sonde. Confessar pecado conhecido restaura comunhão, mas reconhecer o pecado secreto traz avivamento.

Faça a confissão de pecado pelo grupo. Daniel confessou o pecado pela nação (Dn. 9). Podemos confessar o pecado por aqueles por quem estamos orando.

Espere a liberação de uma palavra de Deus. Nos dias de Samuel as palavras eram raras (I Sm 3:1), mas depois desse jejum veio a palavra de Deus.

Faça do seu jejum um símbolo de sua atitude. Mude a sua roupa, raspe a sua cabeça, faça um retiro, etc.

4. O jejum de Elias

Objetivo: “Despedaçar todo jugo” Is. 58:6

Superar problemas emocionais ou mentais que controlam nossas vidas e devolver o controle ao Espírito do Senhor. Há pessoas que vivem debaixo de opressão, outras oscilam o tempo todo o estado de espírito, algumas são descontentes e ainda outras vivem debaixo de depressão.

Texto: I Rs. 19: 4 e 8
Embora não se diga que era um jejum, Elias deliberadamente ficou sem se alimentar quando fugia de Jezabel. Depois desse jejum Elias foi ministrado no monte do Senhor.

Atitudes:

Prepare-se física e emocionalmente. Elias se preparou para um jejum prolongado dormindo e comendo (v. 5-8). Todo jejum exige uma preparação.

Reconheça seus limites. Reconheça que você não consegue a força do hábito sozinho. Permite que os o ajudem a mudar suas atitudes e disposições mentais.

Vá para um lugar onde você possa encontrar-se com Deus. Elias queria encontrar-se com Deus em Horebe (v. 8).

Jejue para ouvir a palavra do Senhor. Elias jejuou para ouvir a voz de Deus (v. 9).

Deixe que a Palavra de Deus revele sua fraqueza. Assim como perguntou para Adão “onde estás?”, Deus perguntou para Elias “que fazes aqui?”. As perguntas de Deus são uma oportunidade para entrarmos em contato conosco mesmos.

Confesse sua fraqueza diante de Deus. Elias se sentia fracassado na sua missão (v. 10).

Não espere sempre manifestações extraordinárias de Deus. Observe que Deus falou com Elias no vento suave (v. 11 a 13).

Veja a palavra de Deus de maneira positiva. Elias se sentia fracassada em levar a nação de volta para Deus, mas Deus mostrou que ele não era o único, havia mais sete mil. Deus ainda lhe deu uma missão (v. 15 e 16).

5. O jejum da viúva

Objetivo: “Repartir o pão com o faminto e abrigar o pobre desamparado” Is. 58:7
Suprir as necessidades básicas das pessoas que estão ao nosso derredor.

Texto: I Rs. 17: 13-16
Deus enviou o profeta Elias a uma viúva pobre que estava prestes a morrer de fome. Mas Elias em vez de dar-lhe comida, pediu o que ela tinha para ele mesmo. Quando a viúva resolveu dar ao profeta a última comida que lhe restava, ficando ela mesma de jejum, o Senhor fez o milagre da multiplicação.

Atitudes:

Volte-se apara o seu próximo.

Reconheça as próprias bênçãos

Separe uma parte do seu próprio suprimento para suprir outros.

Jejue e ore para receber orientação de Deus.

Ore por aqueles a quem você ajuda.

Identifique-se com o sofrimento dos outros.

6. O jejum de Paulo

Objetivo: “Romper a luz como a alvorada” Is. 58:8

Quando temos que tomar decisões cruciais, precisamos permitir que aluz de Deus venha trazer discernimento e uma perspectiva esclarecedora.

At. 9:9

Depois de encontrar com o Senhor no caminho de Damasco e ficar cego, Paulo começou a jejuar e no final desse jejum Ananias foi enviado a ele para que voltasse a ver e fosse batizado.

Atitudes:

Separe tempo para ouvir o Senhor. Se precisamos tomar decisões cruciais em nossa vida precisamos separar tempo para jejuar.

Faça uma auto-avaliação honesta. Quando Deus quer que avaliemos nossa vida ele nos faz perguntas. Paulo tinha uma pergunta na cabeça: “Saulo, Saulo porque me persegues?”. Esta pergunta colocou Paulo em cheque. Ele queria agradar a Deus, mas estava errado.

Deixe de lado o seu esforço e renda-se a Deus. Tempo de jejum não é tempo de empreendimento. Paulo parou e esperou em Deus.

Procure um lugar apropriado para orar.

Aplique-se à oração. No verso 11 se diz que ele estava orando.

Obedeça o que você ouviu de Deus. Em 26: 19 Paulo diz que não foi desobediente a visão celestial.

7. O jejum de Daniel

Objetivo: “Atua cura brotará sem detença” Is. 58:8

Para conseguir uma vida mais saudável ou receber cura para alguma enfermidade.

Dn. 1:8

Para honrar a Deus, Daniel se absteve de alimentos pagãos e manjares do rei. No final o resultado foi que ele estava mais saudável que os demais da corte do rei.

Atitudes:

Tenha um compromisso espiritual no seu jejum. Daniel queria honrar a Deus não comendo coisa imunda (1:8). Não faça do seu jejum apenas uma dieta.

Faça do seu jejum um tempo de disciplina. Durante 10 dias Daniel se disciplinou (1:12).

Ore para compreender onde há pecado na sua dieta alimentar. A comida de Babilônia era imprópria para um judeu, mas hoje há comidas que são impróprias para o templo do Espírito.

Faça do seu jejum uma declaração de fé. O jejum de Daniel foi um ato de fé porque ele pediu para ser comparado com outros jovens no final (v. 13-15).

Entenda que o próprio jejum é um meio legítimo de ter saúde física.

8. O jejum de João Batista

Objetivo: “A tua justiça irá adiante de ti” Is. 58:8

Que o nosso testemunho e influência do sal do Senhor em nossas vidas sejam alcançados diante das pessoas.

Lc. 1:15

João Batista tinha um jejum como estilo de vida pois era nazireu, não bebia nada que viesse da uva. Isso o caracterizava como alguém separado pelo Senhor para uma missão especial.

Atitudes:

Faça do seu jejum uma proclamação de sua separação para Deus.

Decida ser alguém que possui uma vida devotada a Deus.

Trabalhe com a possibilidade de fazer do jejum um estilo de vida.

Registre por escrito o testemunho que você desejar obter. O alvo do jejum de João Batista é tornar-se uma luz resplandecendo nas trevas.

Submeta seu estilo de vida a Jesus.

9. O jejum de Ester

Objetivo: Que “a glória do Senhor” esteja sobre nós. Is. 58:8

O jejum de Ester não foi para poupar a própria vida, mas para que a glória do Senhor se manifestasse livrando seu povo.

Atitudes:

Reconheça o inimigo como a origem do perigo. O jejum de Ester é por um livramento extraordinário de Deus, que traga glória ao seu nome
Entenda a natureza da batalha espiritual.

Reconheça o poder de Deus para guarda-lo.

Jejue para vencer a cegueira espiritual. Muitas vezes não percebemos as armadilhas do maligno ao nosso derredor. Precisamos de luz de Deus.

Entenda que o jejum é apenas parte do processo. A batalha continua indo até quem tem autoridade para resolver ou buscando todos os meios possíveis.

Jejum para batalha são mais efetivos se feitos em grupo. Ester pediu para que todo o povo

“E Eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra
edificarei A MINHA IGREJA; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mat. 16.18)

BATALHA ESPIRITUAL

Há dois erros primários quando o assunto é a batalha espiritual: excesso e escassez de ênfase. Há aqueles que, para cada pecado, cada conflito e cada problema põem a culpa nos demônios que devem ser então expulsos. Outros ignoram completamente a esfera espiritual, e o fato de que a Bíblia nos instrui que nossa batalha é contra forças espirituais. O segredo do sucesso na batalha espiritual é encontrar o equilíbrio bíblico. Jesus, algumas vezes, expulsou demônios das pessoas, e algumas vezes, curou pessoas sem mencionar o “demoníaco”. O Apóstolo Paulo instrui os cristãos a começar a luta contra o pecado dentro de si mesmos (Romanos 6), e contra o diabo. (Efésios 6:10-18).

Efésios 6:10-12 declara: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Este texto nos ensina algumas verdades cruciais: (1) Podemos ser fortes apenas no poder do Senhor, (2) É a armadura de Deus que nos protege, (3) Nossa batalha é contra forças espirituais do mal presentes no mundo.

(1) Um forte exemplo é o arcanjo Miguel em Judas 1:9. Miguel, provavelmente o mais poderoso de todos os anjos de Deus, não repreendeu Satanás em seu próprio poder, mas disse: “O Senhor te repreenda.” Apocalipse 12:7-8 registra que no fim dos tempos, Miguel vencerá Satanás, Ainda assim, quando se trata de seu conflito com Satanás, Miguel o repreendeu no nome e autoridade de Deus, e não de si mesmo. É somente através de nosso relacionamento com Jesus Cristo que nós, como cristãos, temos qualquer autoridade sobre Satanás e seus demônios. É somente em Seu nome que nossa repreensão tem algum poder.

(2) Efésios 6:13-18 nos dá uma descrição da armadura espiritual que Deus nos dá. Devemos resistir firmes com:
(a) o cinturão da verdade,
(b) a couraça da justiça,
(c) o evangelho da paz,
(d) o escudo da fé,
(e) o capacete da salvação,
(f) a espada do Espírito e oração todo tempo no espírito.
O que estas peças da armadura espiritual representam para nós em nossa batalha espiritual? Devemos falar a verdade contra as mentiras de Satanás. Devemos descansar no fato de que somos declarados justos por causa do sacrifício de Cristo por nós. Devemos proclamar o Evangelho, não importa quanta resistência recebamos. Não devemos vacilar em nossa fé, não importa o quão fortemente sejamos atacados. Nossa última defesa é a certeza que temos de nossa salvação, e o fato de que as forças espirituais não podem arrancá-la. Nossa arma de ataque deve ser a Palavra de Deus, não nossas próprias opiniões e sentimentos. Devemos seguir o exemplo de Jesus em reconhecer que algumas vitórias espirituais são possíveis somente através da oração.

Jesus é nosso principal exemplo para a batalha espiritual. Observe como Jesus lidou com os ataques diretos de Satanás: “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam” (Mateus 4:1-11). A melhor maneira de combater Satanás é como Jesus nos mostrou, ou seja, citar as Escrituras, pois o diabo não pode contra a espada de Espírito, a Palavra do Deus Vivo.

O maior exemplo em como não se engajar na batalha espiritual foi o dos sete filhos de Ceva: “E alguns dos exorcistas judeus ambulantes tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega. E os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes. Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois? E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno, e assenhoreando-se de todos, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa” (Atos 19:13-16). Qual foi o problema? Os sete filhos de Ceva estavam usando o nome de Jesus. Isto não é o suficiente. Os sete filhos de Ceva não tinham um relacionamento com Jesus, e por isso, suas palavras foram vazias de qualquer poder ou autoridade. Os sete filhos de Ceva confiaram em uma metodologia. Eles não confiaram em Jesus, e não estavam empregando a Palavra de Deus em sua batalha espiritual. Como resultado, receberam uma humilhante surra. Podemos aprender com este mau exemplo, e conduzir a batalha espiritual da forma como a Bíblia descreve.

Resumindo, quais os segredos para o sucesso na batalha espiritual? Primeiro, confiemos no poder de Deus, não em nosso próprio. Segundo, repreendamos no Nome de Jesus, não em nosso próprio nome. Terceiro, devemos nos proteger com a completa armadura de Deus. Quarto, nos engajemos na guerra com a espada do Espírito: a Palavra de Deus. Por último, devemos nos lembrar que mesmo estando na batalha espiritual contra Satanás e seus demônios, nem todo o pecado ou problema é um demônio que deva ser repreendido. “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Romanos 8:37).

AFLIÇÕES DESTE MUNDO

A revelação de Jesus de que nós, seus discípulos, teremos tribulações neste mundo, é desenvolvida pelo Apóstolo Paulo. Ele escreveu: “Tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Romanos 8:18).

A Bíblia nunca nos mandou fechar os olhos para as mazelas do mundo, fingindo que nada de ruim está acontecendo. Pelo contrário, em muitos contextos, a podridão de nossa vida é descrita realisticamente.

O que a Bíblia não admite é o terrorismo pessimista que nos ensina, como a mulher de Jó, que o melhor é “amaldiçoar teu Deus e morrer”. O Senhor, que nos criou, nos dotou de uma atitude poderosa chamada esperança. Não uma esperança míope, fantasiosa, que descreve como cor de rosa aquilo que é escuro. Mas a postura, baseada na experiência da fé, que já viu o Senhor resolver os próprios problemas, no passado. Por isso, Paulo ensina: as dores de hoje apontam para a saúde vitoriosa do amanhã. Cristo reside no nosso amanhã.