TEXTO E FORMA
Antigo Testamento é o nome dado, desde os primórdios do Cristianismo, às escrituras sagradas do povo de Israel, formadas por um conjunto de livros muito diferentes uns dos outros em caráter e gênero literário e pertencentes a diversas épocas e autores.
O Antigo Testamento ocupa, sem dúvida, um lugar preeminente no quadro geral da importante literatura surgida no Antigo Oriente Médio. No decorrer da sua longa história, egípcios, sumérios, assírios, babilônicos, fenícios, hititas, persas e outros povos da região produziram um importante tesouro de obras literárias porém nenhuma delas se compara ao Antigo Testamento quanto à riqueza dos temas e beleza de expressão e, muito menos, quanto ao valor religioso.
Os gêneros literários do Antigo Testamento
Em termos gerais, todos os escritos do Antigo Testamento podem ser incluídos em um ou outro dos dois grandes gêneros literários que são a prosa e a poesia em tudo, uma segunda aproximação permite apreciar a grande diversidade de classes e estilos que, muitas vezes misturados entre si, configuram ambos os gêneros.
Quanto à prosa, é o gênero no qual estão escritos textos como os seguintes:
a) relatos históricos, presentes sobretudo nos livros de caráter narrativo e que, a partir de Abraão (Gn 11.27-25.11), referem-se ou diretamente ao povo de Israel e aos seus personagens mais significativos ou indiretamente aos povos e nações cuja história está relacionada muito de perto com Israel;
b) o relato de Gn 1-3 sobre as origens do mundo e da humanidade, o qual, do ponto de vista literário, merece referência à parte;
c) passagens especiais (p. ex., a história dos patriarcas), narrações épicas (p. ex., o êxodo do Egito e a conquista de Canaã), quadros familiares (p. ex., o livro de Rute), profecias (em parte), visões, crônicas oficiais, diálogos, discursos, instruções, exortações e genealogias;
d) textos legais e normas de conduta e regulamentação da prática religiosa coletiva e pessoal.
Quanto à poesia, o Antigo Testamento oferece vários modelos literários, que podem ser resumidos em:
a) cúlticos (p. ex., Salmos e Lamentações);
b) proféticos (uma parte muito importante dos textos dos profetas de Israel);
c) sapienciais, os quais recolhem reflexões e ensinamentos relativos à vida diária (Provérbios e Eclesiastes) ou que giram em torno de algum problema de caráter teológico (Jó).
Autores e tradição
De acordo com a sua origem, os livros do Antigo Testamento podem ser classificados em dois grandes grupos. O primeiro é formado pelos escritos que deixam transparecer a atividade criadora do autor e parecem ser marcados pelo selo da sua personalidade. Tal é o caso de boa parte dos textos proféticos, cuja mensagem inicial foi, às vezes, ampliada, chegando, posteriormente, ao seu pleno desenvolvimento em âmbitos onde a inspiração do profeta original se deixava sentir com intensidade.
No segundo grupo são incluídos os livros nos quais, não tendo permanecido marcas próprias do autor, foram as tradições que se encarregaram de transmitir a mensagem preservada pelo povo, proclamando-a e aplicando-a às circunstâncias próprias de cada tempo novo. A esse grupo pertence uma boa parte da narrativa histórica e da literatura cúltica e sapiencial.
Transmissão do texto
A passagem da tradição oral para a escrita chega ao Antigo Testamento num tempo em que o papiro e o pergaminho já estavam em uso como materiais de escrita. Deles se faziam longas tiras que, convenientemente unidas, formavam os chamados "rolos", uma espécie de cilindros de peso e volume às vezes consideráveis. Assim, chegaram até nós os textos do Antigo Testamento (cf. Jr 36), ainda que não nos seus manuscritos hebraicos originais, porque com o tempo todos desapareceram, mas graças à grande quantidade de cópias feitas ao longo de muitos séculos. Dentre elas, as mais antigas que temos pertencem ao séc. I a.C. Foram descobertas em lugares como Qumran, a oeste do mar Morto, algumas em muito bom estado de conservação e outras, muito deterioradas e reduzidas a fragmentos.
Das cópias que contêm o texto integral da Bíblia Hebraica, a mais antiga é o Códice de Alepo, que data do séc. X d.C. e é o reflexo da tradição tiberiense.
O sistema alfabético utilizado nos primitivos manuscritos hebraicos carecia de vogais: na sua época e de acordo com um uso comum de diversas línguas semíticas, somente as consoantes tinham representação gráfica. Essa peculiaridade era, obviamente, uma fonte de sérios problemas de leitura e interpretação dos escritos bíblicos, cuja unificação realizaram os especialistas judeus do final do séc. I d.C.
O trabalho daqueles sábios foi favorecido na última parte do séc. V a.C. pelo desenvolvimento, sobretudo em Tiberíades e Babilônia, de um sistema de leitura que culminou entre os séculos VIII e XI d.C. com a composição do texto chamado "massorético". Nele, fruto do intenso trabalho realizado pelos "massoretas" (ou "transmissores da tradição"), ficou definitivamente fixada a leitura da Bíblia Hebraica através de um complicado conjunto de sinais vocálicos e entonação.
Apesar do excelente cuidado que os copistas tiveram para fazer e conservar as cópias do texto bíblico, nem sempre puderam evitar que aqui e ali fossem introduzidas pequenas variantes na escrita. Por isso, a fim de descobrir e avaliar tais variantes, o estudo dos antigos manuscritos implica uma minuciosa tarefa de comparação de textos, não somente entre umas ou outras cópias hebraicas, mas também em antigas traduções para outras línguas:
o texto samaritano do Pentateuco (escrita samaritana)
as versões gregas, especialmente a LXX (feita em Alexandria entre os séculos III e II a.C. e utilizada freqüentemente pelos escritores do Novo Testamento)
as aramaicas (os targumim, versões parafrásticas)
as latinas, em especial a Vulgata
as siríacas, as coptas ou a armênia. Os resultados desse trabalho de fixação do texto se encontram sintetizados nas edições críticas da Bíblia Hebraica.
GEOGRAFIA E RELIGIÃO
A Palestina do Antigo Testamento
A região onde se desenrolaram os acontecimentos mais importantes registrados no Antigo Testamento está situada na zona imediatamente a leste da bacia do Mediterrâneo. O nome mais antigo dela registrado na Bíblia é "terra de Canaã" (Gn 11.31), substituído posteriormente, entre os israelitas, por "terra de Israel" (1Sm 13.19 Ez 11.17 Mt 2.20). Os gregos e romanos preferiram chamá-la de "Palestina", termo derivado do apelativo "filisteu", pelo qual era conhecido o povo que habitava a costa do Mediterrâneo. No tempo em que o Império Romano dominou o país, pelo menos uma região deste recebeu o nome de "Judéia". Durante a maior parte do período monárquico (931-586 a.C.), a terra de Israel esteve dividida em duas: ao sul, o reino de Judá, sendo Jerusalém sua capital e ao norte, o reino de Israel, tendo a cidade de Samaria como capital. As grandes diferenças políticas que separavam ambos os reinos aumentaram ainda mais quando, em 721 a.C., o reino do Norte foi conquistado pelo exército assírio.
O território palestino é formado por três grandes faixas paralelas que se estendem do Norte ao Sul. A ocidental, uma planície banhada pelo Mediterrâneo, estreita-se em direção ao Norte, na Galiléia, e depois fica cercada pelo monte Carmelo. Nessa planície se encontravam as antigas cidades de Gaza, Asquelom, Asdode e Jope (atualmente um subúrbio de Tel Aviv) e a Cesaréia romana, de construção mais recente.
A faixa central é formada por uma série de montanhas que, desde o Norte, como que se desprendendo da cordilheira do Líbano, descem paralelas pela costa até penetrar no Sul, no deserto de Neguebe. O vale de Jezreel (ou de Esdrelom), entre a Galiléia e Samaria, cortava a cadeia montanhosa, cujas duas alturas máximas estão uma (1.208 m) na Galiléia e a outra (1.020 m), na Judéia. Nessa faixa central do país, encontra-se a cidade de Jerusalém (cerca de 800 m acima do nível do mar) e outras importantes da Judéia, Samaria e Galiléia.
A oriente da região montanhosa serpenteia o rio Jordão, o maior rio da Palestina, o qual nasce ao norte da Galiléi
a, no monte Hermom, e caminha em direção ao sul ao longo de 300 km, (pouco mais de 100 km, em linha reta). No seu curso, atravessa o lago Merom e depois o mar ou lago da Galiléia (ou ainda "mar de Tiberíades") e corre por uma depressão que se torna cada vez mais profunda, até desembocar no mar Morto, a 392 m abaixo do nível do Mediterrâneo.
Mais além da depressão do Jordão, no seu lado oriental, o terreno torna a elevar-se. Sobretudo na região norte há cumes importantes, como, já fora da Palestina, o monte Hermom, com até 2.758 m de altura.
A Palestina é predominantemente seca, desértica em extensas regiões do Leste e Sul do país, com montanhas muito pedregosas e poucos espaços com condições favoráveis para o cultivo. Os terrenos férteis, próprios para a agricultura, encontram-se, sobretudo, na planície de Jezreel, ao norte, no vale do Jordão e nas terras baixas que, ao ocidente, acompanham a costa. As altas temperaturas predominantes se atenuam nas partes elevadas, onde as noites podem chegar a ser frias. As duas estações mais importantes são o inverno e o verão (cf. Gn 8.22 Mt 24.20,32), mas, quanto ao clima, o essencial para os trabalhos agrícolas é a regularidade na chegada das chuvas: as temporãs (entre outubro e novembro) e as serôdias (entre dezembro e janeiro). Armazena-se, então, a água em algibes (ou cisternas), para poder tê-la durante os outros meses do ano.
Valorização religiosa do Antigo Testamento
No Antigo Testamento, como em toda a Bíblia, é reconhecida, em sua origem, uma autêntica experiência religiosa. Deus se revelou ao povo de Israel na realidade da sua história e fez isso como o único Deus, Criador e Senhor do universo e da história, não se assemelhando a nenhuma outra experiência humana, nem identificando-se com alguma imagem feita pelos homens. Deus é o Autor da vida, o Criador da existência de todos os seres e é um Deus salvador, que está sempre ao lado do seu povo, mas que não se deixa manipular por ele que impõe obrigações morais e sociais, que não se deixa subornar, que protege os fracos e ama a justiça. É um Deus que se achega ao povo, especialmente no culto um Deus perdoador, que quer que o pecador viva, porém julga com justiça e castiga a maldade. As idéias e a linguagem do Antigo Testamento transparecem nos escritos do Novo Testamento, em cujo pano de fundo está sempre presente o Deus do Antigo Testamento, o Pai de Jesus Cristo, em quem é revelado, definitivamente, o seu amor e a sua vontade salvadora para todo aquele que o recebe pela fé.
O Antigo Testamento dá especial atenção ao relacionamento de Deus com Israel, o seu povo escolhido. Um dos mais importantes aspectos desse relacionamento é a Aliança com Israel, mediante a qual Javé se compromete a ser o Deus daquele povo que tomou como a sua possessão particular e dele exige o cumprimento religioso dos mandamentos e das leis divinas. Assim, a fé comum, as celebrações cúlticas e a observância da Lei são os elementos que configuram a unidade de Israel, uma unidade que se rompe quando se torna infiel ao Deus ao qual pertence. A história de Israel como povo escolhido revela que o mais importante é manter a sua identidade religiosa em meio ao mundo ao seu redor, passo necessário que será dado em direção à mensagem universal que depois, em Jesus Cristo, será proclamada pelo Novo Testamento.
Nem todos os aspectos do Antigo Testamento mantêm igual vigência para o cristão. O Antigo Testamento deve ser interpretado à luz da sua máxima instância, que é Jesus Cristo. A projeção histórica e profética do povo de Israel no Antigo Testamento é uma etapa precursora no caminho que conduz à plena revelação divina em Cristo (Hb 1.1-2). Por outro lado, o Novo Testamento é o testemunho de fé de que as promessas feitas por Deus a Israel são cumpridas com a vinda do Messias (cf., p. ex., Mt 1.23 Lc 3.4-6 At 2.16-21 Rm 15.9-12). Por isso, certas instruções absolutamente válidas para o povo judeu deixam de ser igualmente vigentes para o novo povo de Deus, que é a Igreja (cf. At 15 Gl 3.23-29 Cl 2.16-17 Hb 7.11-10.18) e alguns aspectos da lei de Moisés, do culto do Antigo Testamento e da doutrina sobre o destino do ser humano, pessoal e comunitariamente considerado, devem ser interpretados à luz do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
HISTÓRIA E CULTURA
A existência de Israel como povo remonta, provavelmente, ao último período do séc. XI a.C. Era o tempo do nascimento da monarquia e da unificação das diversas tribos, que viviam separadas entre si até que, sob o governo do rei Davi, constituiu-se o Estado nacional, com Jerusalém por capital.
Até chegar a esse momento, a formação do povo havia sido lenta e difícil, mesclada freqüentemente com a história das mais antigas civilizações que floresceram no Egito, às margens do Nilo e na Mesopotâmia, nas terras regadas pelo Tigre e o Eufrates. As fontes extrabíblicas da história de Israel naquela época são muito limitadas, carentes da base documental necessária para se estabelecerem com precisão as origens do povo hebreu. Nesse aspecto, o livro de Gênesis proporciona alguns dados de valor inestimável, pois o estudo dos relatos patriarcais permite descobrir alguns aspectos fundamentais da origem do povo israelita.
A época dos patriarcas Os personagens do Antigo Testamento, habitualmente denominadas "patriarcas", eram chefes de grupos familiares seminômades que iam de um lugar a outro em busca de comida e água para os seus rebanhos. Não havendo chegado ainda à fase cultural do sedentarismo e dos trabalhos agrícolas, os seus assentamentos eram, em geral, eventuais: duravam o tempo em que os seus gados demoravam para consumir os pastos.
Gênesis oferece uma visão particular do começo da história de Israel, que é mais propriamente a história de uma família. Procedentes da cidade mesopotâmica de Ur dos caldeus, situada junto ao Eufrates, Abraão e a sua esposa chegaram ao país de Canaã. Deus havia prometido a Abraão que faria dele uma grande nação (Gn 12.1-3 cf. 15.1-21 17.1-4) e, conforme essa promessa, nasceu o seu filho Isaque, que, por sua vez, foi o pai de Jacó. Durante a sua longa viagem, primeiro na direção norte e depois na direção sul, Abraão deteve-se em diversos lugares mencionados na Bíblia: Harã, Siquém, Ai e Betel (Gn 11.31-12.9) atravessou a região desértica do Neguebe e chegou até o Egito, de onde, mais tarde, regressou para, finalmente, estabelecer-se em um lugar conhecido como "os carvalhais de Manre", junto a Hebrom (Gn 13.1-3,18). Ao morrer Abraão (Gn 25.7-11 cf. 23.2,17-20), Isaque converte-se no protagonista do relato bíblico, que o apresenta como habitante de Gerar e Berseba (Gn 26.6,23), lugares do Neguebe (Gn 24.62), na região meridional da Palestina. Isaque, herdeiro das promessas de Deus a Abraão, aparece no meio de um quadro descritivo da vida seminômade do segundo milênio a.C.: busca de campos de pastoreio, assentamentos provisórios, ocasionais trabalhos agrícolas nos limites de povoados fronteiriços e discussões por causa dos poços de água onde se dava de beber ao gado (Gn 26).
Depois de Isaque, a atenção do relato concentra-se nos conflitos pessoais surgidos entre Jacó e o seu irmão Esaú, que são como que uma visão antecipada dos graves problemas que, posteriormente, haveriam de acontecer entre os israelitas, descendentes de Jacó, e os edomitas, descendentes de Esaú. A história de Jacó é mais longa e complicada que as anteriores. Consta de uma série de relatos entrelaçados: a fuga do patriarca para a região mesopotâmica de Padã-Arã a inteligência e a riqueza de Jacó o regresso a Canaã o episódio de Peniel, onde Deus mudou o nome de Jacó para Israel (Gn 32.28) a revelação de Deus e a renovação das suas promessas (Gn 35.1-15) a história de José e a morte de Jacó no Egito (Gn 37.1-50.14).
A saída do Egito
A situação política e social das tribos israelitas, do Egito e dos países do Oriente Médio, no período que vai da morte de José à época de Moisés, sofreu mudanças consideráveis.
O Egito viveu um tempo de prosperidade depois de expulsar do país os invasores hicsos. Este povo oriundo da Mesopotâmia, depois de passar por Canaã, havia se apropriado, no início do séc. XVIII a.C., da fértil região egípcia do delta do Nilo. Os hicsos dominaram no Egito cerca de um século e meio, e, provavelmente, foi nesse tempo que Jacó se instalou ali com toda a sua família. Esta poderia ser a explicação da acolhida favorável que foi dispensada ao patriarca, e de que alguns dos seus descendentes, como aconteceu com José (Gn 41.37-43), chegaram a ocupar postos importantes no governo do país.
A situação mudou quando os hicsos foram finalmente expulsos do Egito. Os estrangeiros residentes, entre os quais encontravam-se os israelitas, foram submetidos a uma dura opressão. Essa mudança na situação política está registrada em Êx 1.8, que diz que subiu ao trono do Egito um novo rei "que não conhecera a José." Durante o mandato daquele faraó, os israelitas foram obrigados a trabalhar em condições subumanas na edificação das cidades egípcias de Pitom e Ramessés (Êx 1.11). Porém, em tais circunstâncias, teve lugar um acontecimento que haveria de permanecer gravado, para sempre, nos anais de Israel: Deus levantou um homem, Moisés, para constituí-lo libertador do seu povo.
Moisés, apesar de hebreu por nascimento, recebeu uma educação esmerada na própria corte do faraó. Certo dia, Moisés viu-se obrigado a fugir para o deserto, e ali Javé (nome explicado em Êx 3.14 como "EU SOU O QUE SOU") revelou-se a ele e lhe deu a missão de libertar os israelitas da escravidão a que estavam submetidos no Egito (Êx 3.1-4.17). Regressou Moisés ao Egito e, depois de vencer com palavras e ações maravilhosas a resistência do faraó, conseguiu que a multidão dos israelitas se colocasse em marcha em direção ao deserto do Sinai.
Esse capítulo da história de Israel, a libertação do jugo egípcio, marcou indelevelmente a vida e a religião do povo. A data precisa desse acontecimento não pode ser determinada. Têm-se sugerido duas possibilidades: até meados do séc. XV e até meados do séc. XIII. (Neste último caso seria durante o reinado de Ramsés II ou do seu filho Meneptá.).
Durante os anos de permanência no deserto do Sinai, enquanto os israelitas dirigiam-se para Canaã, produziu-se um acontecimento de importância capital: Deus instituiu a sua Aliança com o seu povo escolhido (Êx 19). Essa Aliança significou o estabelecimento de um relacionamento singular entre Javé e Israel, com estipulações fundamentais que ficaram fixadas na lei mosaica, cuja síntese é o Decálogo (Êx 20.1-17). A conquista de Canaã e o período dos juízes.
Depois da morte de Moisés (Dt 34), a direção do povo foi colocada nas mãos de Josué, a quem coube guiá-lo ao país de Canaã, a Terra Prometida. A entrada naqueles territórios iniciou-se com a passagem do Jordão, fato de grande significação histórica, porque com ela inaugurava-se um período decisivo para a constituição da futura nação israelita (Js 1-3).
Conquistar e assentar-se em Canaã não se tornou empresa fácil. Foi um longo e duro processo (cf. Jz 1), às vezes, de avanço pacífico, mas, às vezes, de inflamados choques com os hostis povos cananeus (cf. Jz 4-5), formados por populações diferentes entre si, ainda que todas pertencentes ao comum tronco semítico muitas delas terminaram absorvidas por Israel (cf. Js 9).
Naquele tempo da chegada e conquista de Canaã, os grandes impérios do Egito e da Mesopotâmia já haviam iniciado a sua decadência. Destes eram vassalos os pequenos Estados cananeus, de economia agrícola e cuja administração política limitava-se, geralmente, a uma cidade de relativa importância nos limites das suas terras. Em relação à religião, caracterizava-se sobretudo pelos ritos em honra a Baal, Aserá e Astarote, e a deuses secundários, geralmente divindades da fecundidade.
A etapa conhecida como "período dos juízes de Israel" sucedeu à morte de Josué (Js 24.29-32). Desenvolveu-se entre os anos 1200 e 1050 a.C., e a sua característica mais evidente foi, talvez, a distribuição dos israelitas em grupos tribais, mais ou menos independentes e sem um governo central que lhes desse um mínimo sentido de organização política. Naquelas circunstâncias surgiram alguns personagens que assumiram a direção de Israel e que, ocasionalmente, atuaram como estrategistas e o guiaram nas suas ações de guerra (ver, p. ex., em Jz 5, o Cântico de Débora, que celebra o triunfo de grupos israelitas aliados contra as forças cananéias). Entre todos os povos vizinhos, foram, provavelmente, os filisteus que representaram para Israel a mais grave ameaça. Procedentes de Creta e de outras ilhas do Mediterrâneo oriental, os filisteus, conhecidos também como "os povos do mar", que primeiramente haviam intentado sem êxito penetrar no Egito, apoderaram-se depois (por volta de 1175 a.C.) das planícies costeiras da Palestina meridional. Ali estabeleceram-se e constituíram a "Pentápolis", o grupo das cinco cidades filistéias: Asdode, Gaza, Asquelom, Gate e Ecrom (1Sm 6.17), cujo poder reforçou-se com a sua aliança e também com o monopólio da manufatura do ferro, utilizado tanto nos seus trabalhos agrícolas quanto nas suas ações militares (1Sm 13.19-22).
O início da monarquia de Israel
A figura política dos "juízes", apta para resolver assuntos de caráter tribal, mostrou-se ineficaz ante os problemas que, mais tarde, haveriam de ameaçar a sobrevivência do conjunto de Israel no mundo palestino. Assim, pouco a pouco, veio a implantação da monarquia e, com ela, uma forma de governo unificado, dotado da autoridade necessária para manter uma administração nacional estável. Ainda que a monarquia tenha enfrentado, no início, fortes resistências internas (1Sm 8), paulatinamente chegou a impor-se e consolidar-se. Samuel, o último dos juízes de Israel, foi sucedido por Saul, que em 1040 a.C. iniciou o período da monarquia, que se prolongou até 586 a.C., quando, durante o reinado de Zedequias, os babilônios sitiaram e destruíram Jerusalém, tendo Nabucodonosor à frente. Saul, que começou a reinar depois de ter obtido uma vitória militar (1Sm 11) e de ter triunfado em outras ocasiões, todavia, nunca conseguiu acabar com os filisteus, e foi lutando contra eles no monte Gilboa que morreram os seus três filhos e ele próprio (1Sm 31.1-6).
Saul foi sucedido por Davi, proclamado rei pelos homens de Judá na cidade de Hebrom (2Sm 2.4-5). O seu reinado iniciou-se, pois, na região meridional da Palestina, mas depois estendeu-se em direção ao norte. Reconhecido como rei por todas as tribos israelitas, conseguiu unificá-las sob o seu governo. Durante o tempo em que Davi viveu, produziram-se acontecimentos de grande importância: a anexação à nova entidade nacional de algumas cidades cananéias antes independentes, a submissão de povos vizinhos e a conquista de Jerusalém, convertida desde então na capital do reino e centro religioso por excelência. Próximo já da sua morte, Davi designou por sucessor o seu filho Salomão, sob cujo governo alcançou o reino as mais altas cotas de esplendor. Salomão soube estabelecer importantes relacionamentos políticos e comerciais, geradores de grandes benefícios para Israel. As riquezas acumuladas sob o seu governo permitiram realizar em Jerusalém construções de enorme envergadura, como o Templo e o palácio real. O prestígio de Salomão fez-se proverbial, e a fama da sua prudência e sabedoria nunca tiveram paralelo na história dos reis de Israel (1Rs 5-10).
A ruptura da unidade nacional
A despeito de todas as circunstâncias favoráveis que rodearam o reinado de Salomão, foi precisamente aí que a unidade do reino começou a fender-se. Por um e outro lado do país, surgiam vozes de protesto pelos abusos de autoridade, pelos maus tratos infligidos à classe trabalhadora e pelo agravamento dos tributos destinados a cobrir os gastos que originavam as grandes construções. Tudo isso, fomentando atitudes de descontentamento e rebeldia, foi causa do ressurgimento de antigas rivalidades entre as tribos do Norte e do Sul.
Os problemas chegaram ao extremo quando, morto Salomão, ocupou o trono o seu filho Roboã
INTRODUÇÃO AO ANTIGO TESTAMENTO
Antigo testamento (AT) é o nome que os cristãos dão ao conjunto das Escrituras Sagradas do povo de Israel. Esses livros, originalmente escrito em hebraico, fazem parte também da Bíblia Sagrada dos cristãos.
O Antigo Testamento fala sobre a antiga aliança de Deus, por meio dos patriarcas e de Moisés, fez com o seu povo. Já o Novo Testamento trata da nova aliança que Deus, por meio de Jesus Cristo, fez com o seu povo.
Os israelitas agrupam os livros do antigo Testamento em três divisões:
1- Lei:
A Lei agrupa os primeiros cinco livros do AT.
2- Profetas:
Os profetas têm duas divisões: Os Profetas Anteriores (de Josué a 2Reis), e os Posteriores (Isaias a Malaquias). Os profetas de Oséias a Malaquias recebem dos israelitas o nome de “O Livro dos Doze”.
3- Escritos:
fazem parte desta divisão os seguintes livros: Salmos, Jó, Provérbios, Rute, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Lamentações, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas.
As três divisões correspondem à ordem histórica em que os seus livros foram aceitos como autorizados a fazerem parte do cânon dos israelitas. “Cânon” é a coleção de livros aceitos como Escrituras Sagradas.
As Igrejas Cristãs seguem, em geral, um arranjo diferente do dos israelitas, mas os livros são os mesmos, em número de trinta e nove. Essa ordem se encontra nas antigas versões gregas e latinas usadas pela igreja primitiva.
Os primeiros cinco livros do AT são chamados de “Pentateuco” ou “Os Livros da Lei”. A palavra “Pentateuco” quer dizer “cinco volumes”. Eles falam sobre a criação do mundo e da humanidade e contam a história dos hebreus, começando com a chamada de Abraão e continuando até a morte de Moisés, que aconteceu quando o povo de Israel estava para entrar em Canaã, a Terra Prometida.
Os doze livros seguintes, de Josué até Ester, são livros históricos, que narram os principais acontecimentos da história de Israel desde a sua entrada na Terra Prometida até o tempo em que as muralhas de Jerusalém foram reconstruídas, depois da volta dos israelitas do cativeiro. Isso aconteceu uns quatrocentos e quarenta e cinco anos antes do nascimento de Cristo.
Os livros de Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos e Lamentações de Jeremias são chamados de Livros Poéticos.
Os últimos dezessete livros do AT contêm mensagens de Deus anunciadas ao povo de Israel pelos profetas. Esses mensageiros de Deus condenavam os pecados do povo, exigiam o arrependimento e prometiam as bênçãos divinas para as pessoas que confiassem em Deus e vivessem de acordo com a vontade dele. Es livros estão divididos em dois grupos: Profetas Maiores (Isaias a Daniel) e Profetas Menores (Oséias a Malaquias).
Algumas versões antigas, tais como a Septuaginta, em grego, e a Vulgata, em latim, incluem no AT alguns livros que não se encontram na Bíblia Hebraica de Israel. Esses livros foram escritos no período intertestamentário. A Igreja Romana os aceita e os chama de “Deuterocanônicos”, isto é, pertencem a um “segundo cânon”. São eles: Tobias, Judite, Ester Grego, 1 e 2 Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Carta de Jeremias e os acréscimos a Daniel, que são a Oração de Azarias e as histórias de Suzana, de Bel e do Dragão.
A formação do Antigo Testamento
Os trinta e nove livros que compõem o AT foram escritos durante um período de mais de mil anos. As histórias, os hinos, as mensagens dos profetas e as palavras de sabedoria foram agrupadas em coleções, que, com o tempo foram juntadas e aceitas como escritura sagrada.
Alguns livros de história que são mencionados no AT se perderam. São eles: Livro do Justo (Js 10.13), a História de Salomão (1Rs 11.41), a História dos Reis de Israel (1Rs 14.19) e a História dos Reis de Judá (1Rs 14.29).
Os livros de Salmos e de Provérbios são obra de vários autores.
Para o povo de Israel conhecer o autor de determinado livro das Escrituras não era tão importante como reconhecer que se tratava de livro que tinha sido escrito por inspiração divina e que continha mensagem ou mensagens de valor permanente a respeito de Deus e de seus relacionamentos com o povo de Israel em particular e com os povos do mundo em geral. São variadas e divididas as opiniões dos estudiosos das Escrituras quanto à autoria de cada livro em particular.
Prosa e Poesia no Antigo Testamento
Boa parte do AT está escrita em prosa. Estão escritos em prosa os relatos da vida de pessoas, como se pode ver em Gênesis e Rute. Outros livros narram a história de Israel, por exemplo, Êxodo 1-19, partes de Números, Josué, Juizes, Samuel, Reis, Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Estão em prosa os registros das leis dadas por Deus a Israel, bem como os assuntos relacionados ao culto.
O Livro de Deuteronômio consta principalmente de discurso pronunciados por Moisés.
Há livros de profetas escritos em prosa, como, por exemplo, Jeremias (boa parte), Ezequiel, Daniel e os profetas menores, menos Naum e Habacuque.
Nos livros de Provérbios e Eclesiastes, aparece uma forma especial de prosa apropriada à literatura de sabedoria.
Há vários livros e partes de livros que foram escritos em forma de poesia. A poesia hebraica se expressa de uma forma especial chamada de paralelismo. As características desse tipo de poesia são tratadas em Salmos, ela se chama litúrgica, porque os Salmos forma escritos para serem usados no culto.
O livro de Jó também é poético. Há livros proféticos que empregam a linguagem poética, como Isaías, partes de Jeremias, Lamentações, Naum e Habacuque.
Geografia de Israel
Incluindo-se os territórios dos dois lados do rio Jordão, o Israel antigo ocupava uma área de mais ou menos 16.000 km quadrados. De norte a sul, isto é, de Dã até Berseba, a distância era de 240 km. De leste a oeste, isto é, de Gaza até o mar Morto, a distância é de 86 km. Mas é impressionante o fato de que um país tão pequeno tenha exercido uma influência religiosa tão poderosa que se estende pelo mundo inteiro até hoje.
Os vizinhos mais próximos de Israel eram, no litoral, os filisteus e os fenícios; ao norte, estavam os heteus e os arameus (sírios); a leste do Jordão, habitavam os amonitas e os moabitas; e, ao sul, os edomitas. Os vizinhos mais distantes eram o Egito e a Assíria.
Durante o período da conquista dos Juízes, o país foi dividido pelas tribos de Israel. No período do Reino unido, a capital era Jerusalém. Após a divisão a capital de Judá (Reino do Sul), era Jerusalém e capital de Israel (Reino do Norte), era Samaria.
Na terra de Israel, observam-se quatro zonas paralelas, na direção norte-sul. A primeira zona é a planície costeira. A segunda, no centro, é a região montanhosa. A terceira é o vale do Jordão, rio que desemboca no mar Morto. E a quarta é o planalto onde hoje está a Jordânia.
Os Israelitas dividiam o ano em duas estações. No verão, fazia calor e se colhiam frutas; no inverno, terminavam as colheitas, chovia e fazia frio.
Períodos da História de Israel
A história do povo de Deus no AT divide-se em oito períodos.
1º Período: De mais ou menos 1900 a 1700 aC, e nele viveram os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.
2º Período: Escravidão no Egito e êxodo, mais ou menos de 1250 a 1030 aC. O líder nesse período é Moisés.
3º Período: Conquista e posse de Canaã, mais ou menos de 1250 a 1030 aC. O povo é comandado por Josué e pelos Juízes. O último juiz foi Samuel.
4º Período: O Reino unido, mais ou menos de 1030 a 932 aC. O povo é governado por três reis: Saul, Davi e Salomão.
5º Período: O Reino dividido, de 931 a 586 aC. O Reino de Israel, ao norte, durou 200 anos. Samaria, sua capital, caiu em 722 aC. Conquistada pelos assírios. O Reino de Judá, ao sul, durou 345 anos, tendo chegado ao fim com a conquista de Jerusalém pelos babilônios em 587 ou 586 aC.
6º Período: O período do cativeiro, também chamado de exílio, começou em 722, com a conquista de Samaria. Os moradores do Reino do norte foram levados como prisioneiros para a Assíria. 136 anos depois, em 587 ou 586, Jerusalém foi conquistada, e os moradores do Reino do sul foram levados para a Babilônia.
7º Período: A volta do povo de Deus à Terra Prometida começou em 538 aC, por ordem de Ciro, rei da Pérsia, que havia dominado a Babilônia. Vários grupos de judeus voltaram para a terra de Israel, ficaram morando nela e reconstruíram o templo (520 aC) e as muralhas de Jerusalém (445-443 aC).
8º Período: É o intertestamentário, isto é, o que fica entre o fim do Antigo Testamento e o começo do Novo Testamento. Ele vai de Malaquias, o último profeta, que profetizou entre 500 e 450 aC, até o nascimento de Cristo.
Este período é chamado de helenístico por causa do domínio e da cultura grega. O rei grego Alexandre, o Grande, começou a governar Israel em 333 aC.
De 323 a 198, o governo foi exercido pelos ptolomeus, descendentes de um general de Alexandre. De 198 a 166, o domínio foi dos selêucidas, descendentes de um general de Alexandre que havia governado a Síria. De 166 a 63, Israel viveu 123 anos de independência, sendo o país governado pelos asmoneus, que eram descendentes de Judas Macabeu, o líder da libertação de Israel. Em 63 aC, Jerusalém caiu em poder dos romanos e passou a fazer parte do Império Romano. O governo em Israel era exercido por reis nomeados pelo Imperador de Roma. Um desses reis foi Herodes, o Grande, que governou de 37 a 4 aC.
Valores Religiosos
O Antigo Testamento registra a experiência que os seus autores e o povo de Israel tiveram com Javé, o verdadeiro Deus. As nações vizinhas tinham vários deuses e deusas, que eram adorados na forma de imagens (ídolos). A crença de Israel era diferente. Javé era o único Deus de Israel, e dele não se faziam imagens. Javé era o Deus único, Criador e Senhor do Universo. Ele era um Deus vivo e salvador, sempre vivendo com o seu povo.
Esse Deus impunha aos seus adoradores leis e normas morais que tinha em vista um procedimento correto nos relacionamentos da vida. E havia leis sociais que protegiam interesses das outras pessoas, inclusive as marginalizadas, e do povo como um todo. Javé perdoava as pessoas que quebravam suas leis. Mas o perdão era somente concedido na condição de as pessoas se arrependerem, confessarem os seus erro e se disporem a corrigir-se. As pessoas que permaneciam em pecado, eram julgadas por Deus e castigadas.
Javé fez com o povo de Israel uma aliança, pela qual ele prometeu ser o Deus de Israel; e o povo, por sua vez, prometeu ser fiel a Deus, disposto a seguir e obedecer às suas leis. Essa doutrina fundamental da crença do povo de Israel é complementada por estas palavras que Jesus pronunciou na ocasião da instituição da Ceia: “Este cálice é a nova aliança feita por Deus com o seu povo, aliança que é garantida pelo meu sangue, derramado em favor de vocês” (Lc 22.20).
Por meio de símbolos e de profecias, o AT preparou o povo de Deus para a vinda do Messias, aquele que Deus iria enviar a fim de trazer a salvação completa para as pessoas.
Para se entender bem o Novo Testamento, é necessário recorrer ao AT, porque este forma a base para os ensinamentos encontrados no Novo Testamento. Mas nem todo os ensinamentos encontrados no AT têm validade para os cristãos. O cristão lê o AT com a luz que vem da maneira de Jesus interpretá-lo e completá-lo. Jesus disse: “Não pensem que eu vim acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo” (Mt 5.17). E, logo adiante Jesus afirmou algo que é totalmente novo: “Vocês sabem o que foi dito: ‘Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.’ Mas eu lhes digo: ‘Ame os seus inimigos e amem os que perseguem vocês’” (Mt 5.43,44). Essas palavras de Jesus sobre inimigos vão muito além dos ensinamentos do AT sobre o assunto.
Os ensinamentos do AT sobre a lei, o culto, a conduta das pessoas, a sua vida, a sua morte e a sua vida após a morte são entendidos e vividos pelos cristãos à luz da revelação completa e final que se encontra no Novo Testamento.
Fonte:
Bíblia de Estudo NTLH
O Antigo Testamento fala sobre a antiga aliança de Deus, por meio dos patriarcas e de Moisés, fez com o seu povo. Já o Novo Testamento trata da nova aliança que Deus, por meio de Jesus Cristo, fez com o seu povo.
Os israelitas agrupam os livros do antigo Testamento em três divisões:
1- Lei:
A Lei agrupa os primeiros cinco livros do AT.
2- Profetas:
Os profetas têm duas divisões: Os Profetas Anteriores (de Josué a 2Reis), e os Posteriores (Isaias a Malaquias). Os profetas de Oséias a Malaquias recebem dos israelitas o nome de “O Livro dos Doze”.
3- Escritos:
fazem parte desta divisão os seguintes livros: Salmos, Jó, Provérbios, Rute, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Lamentações, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas.
As três divisões correspondem à ordem histórica em que os seus livros foram aceitos como autorizados a fazerem parte do cânon dos israelitas. “Cânon” é a coleção de livros aceitos como Escrituras Sagradas.
As Igrejas Cristãs seguem, em geral, um arranjo diferente do dos israelitas, mas os livros são os mesmos, em número de trinta e nove. Essa ordem se encontra nas antigas versões gregas e latinas usadas pela igreja primitiva.
Os primeiros cinco livros do AT são chamados de “Pentateuco” ou “Os Livros da Lei”. A palavra “Pentateuco” quer dizer “cinco volumes”. Eles falam sobre a criação do mundo e da humanidade e contam a história dos hebreus, começando com a chamada de Abraão e continuando até a morte de Moisés, que aconteceu quando o povo de Israel estava para entrar em Canaã, a Terra Prometida.
Os doze livros seguintes, de Josué até Ester, são livros históricos, que narram os principais acontecimentos da história de Israel desde a sua entrada na Terra Prometida até o tempo em que as muralhas de Jerusalém foram reconstruídas, depois da volta dos israelitas do cativeiro. Isso aconteceu uns quatrocentos e quarenta e cinco anos antes do nascimento de Cristo.
Os livros de Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos e Lamentações de Jeremias são chamados de Livros Poéticos.
Os últimos dezessete livros do AT contêm mensagens de Deus anunciadas ao povo de Israel pelos profetas. Esses mensageiros de Deus condenavam os pecados do povo, exigiam o arrependimento e prometiam as bênçãos divinas para as pessoas que confiassem em Deus e vivessem de acordo com a vontade dele. Es livros estão divididos em dois grupos: Profetas Maiores (Isaias a Daniel) e Profetas Menores (Oséias a Malaquias).
Algumas versões antigas, tais como a Septuaginta, em grego, e a Vulgata, em latim, incluem no AT alguns livros que não se encontram na Bíblia Hebraica de Israel. Esses livros foram escritos no período intertestamentário. A Igreja Romana os aceita e os chama de “Deuterocanônicos”, isto é, pertencem a um “segundo cânon”. São eles: Tobias, Judite, Ester Grego, 1 e 2 Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Carta de Jeremias e os acréscimos a Daniel, que são a Oração de Azarias e as histórias de Suzana, de Bel e do Dragão.
A formação do Antigo Testamento
Os trinta e nove livros que compõem o AT foram escritos durante um período de mais de mil anos. As histórias, os hinos, as mensagens dos profetas e as palavras de sabedoria foram agrupadas em coleções, que, com o tempo foram juntadas e aceitas como escritura sagrada.
Alguns livros de história que são mencionados no AT se perderam. São eles: Livro do Justo (Js 10.13), a História de Salomão (1Rs 11.41), a História dos Reis de Israel (1Rs 14.19) e a História dos Reis de Judá (1Rs 14.29).
Os livros de Salmos e de Provérbios são obra de vários autores.
Para o povo de Israel conhecer o autor de determinado livro das Escrituras não era tão importante como reconhecer que se tratava de livro que tinha sido escrito por inspiração divina e que continha mensagem ou mensagens de valor permanente a respeito de Deus e de seus relacionamentos com o povo de Israel em particular e com os povos do mundo em geral. São variadas e divididas as opiniões dos estudiosos das Escrituras quanto à autoria de cada livro em particular.
Prosa e Poesia no Antigo Testamento
Boa parte do AT está escrita em prosa. Estão escritos em prosa os relatos da vida de pessoas, como se pode ver em Gênesis e Rute. Outros livros narram a história de Israel, por exemplo, Êxodo 1-19, partes de Números, Josué, Juizes, Samuel, Reis, Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Estão em prosa os registros das leis dadas por Deus a Israel, bem como os assuntos relacionados ao culto.
O Livro de Deuteronômio consta principalmente de discurso pronunciados por Moisés.
Há livros de profetas escritos em prosa, como, por exemplo, Jeremias (boa parte), Ezequiel, Daniel e os profetas menores, menos Naum e Habacuque.
Nos livros de Provérbios e Eclesiastes, aparece uma forma especial de prosa apropriada à literatura de sabedoria.
Há vários livros e partes de livros que foram escritos em forma de poesia. A poesia hebraica se expressa de uma forma especial chamada de paralelismo. As características desse tipo de poesia são tratadas em Salmos, ela se chama litúrgica, porque os Salmos forma escritos para serem usados no culto.
O livro de Jó também é poético. Há livros proféticos que empregam a linguagem poética, como Isaías, partes de Jeremias, Lamentações, Naum e Habacuque.
Geografia de Israel
Incluindo-se os territórios dos dois lados do rio Jordão, o Israel antigo ocupava uma área de mais ou menos 16.000 km quadrados. De norte a sul, isto é, de Dã até Berseba, a distância era de 240 km. De leste a oeste, isto é, de Gaza até o mar Morto, a distância é de 86 km. Mas é impressionante o fato de que um país tão pequeno tenha exercido uma influência religiosa tão poderosa que se estende pelo mundo inteiro até hoje.
Os vizinhos mais próximos de Israel eram, no litoral, os filisteus e os fenícios; ao norte, estavam os heteus e os arameus (sírios); a leste do Jordão, habitavam os amonitas e os moabitas; e, ao sul, os edomitas. Os vizinhos mais distantes eram o Egito e a Assíria.
Durante o período da conquista dos Juízes, o país foi dividido pelas tribos de Israel. No período do Reino unido, a capital era Jerusalém. Após a divisão a capital de Judá (Reino do Sul), era Jerusalém e capital de Israel (Reino do Norte), era Samaria.
Na terra de Israel, observam-se quatro zonas paralelas, na direção norte-sul. A primeira zona é a planície costeira. A segunda, no centro, é a região montanhosa. A terceira é o vale do Jordão, rio que desemboca no mar Morto. E a quarta é o planalto onde hoje está a Jordânia.
Os Israelitas dividiam o ano em duas estações. No verão, fazia calor e se colhiam frutas; no inverno, terminavam as colheitas, chovia e fazia frio.
Períodos da História de Israel
A história do povo de Deus no AT divide-se em oito períodos.
1º Período: De mais ou menos 1900 a 1700 aC, e nele viveram os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.
2º Período: Escravidão no Egito e êxodo, mais ou menos de 1250 a 1030 aC. O líder nesse período é Moisés.
3º Período: Conquista e posse de Canaã, mais ou menos de 1250 a 1030 aC. O povo é comandado por Josué e pelos Juízes. O último juiz foi Samuel.
4º Período: O Reino unido, mais ou menos de 1030 a 932 aC. O povo é governado por três reis: Saul, Davi e Salomão.
5º Período: O Reino dividido, de 931 a 586 aC. O Reino de Israel, ao norte, durou 200 anos. Samaria, sua capital, caiu em 722 aC. Conquistada pelos assírios. O Reino de Judá, ao sul, durou 345 anos, tendo chegado ao fim com a conquista de Jerusalém pelos babilônios em 587 ou 586 aC.
6º Período: O período do cativeiro, também chamado de exílio, começou em 722, com a conquista de Samaria. Os moradores do Reino do norte foram levados como prisioneiros para a Assíria. 136 anos depois, em 587 ou 586, Jerusalém foi conquistada, e os moradores do Reino do sul foram levados para a Babilônia.
7º Período: A volta do povo de Deus à Terra Prometida começou em 538 aC, por ordem de Ciro, rei da Pérsia, que havia dominado a Babilônia. Vários grupos de judeus voltaram para a terra de Israel, ficaram morando nela e reconstruíram o templo (520 aC) e as muralhas de Jerusalém (445-443 aC).
8º Período: É o intertestamentário, isto é, o que fica entre o fim do Antigo Testamento e o começo do Novo Testamento. Ele vai de Malaquias, o último profeta, que profetizou entre 500 e 450 aC, até o nascimento de Cristo.
Este período é chamado de helenístico por causa do domínio e da cultura grega. O rei grego Alexandre, o Grande, começou a governar Israel em 333 aC.
De 323 a 198, o governo foi exercido pelos ptolomeus, descendentes de um general de Alexandre. De 198 a 166, o domínio foi dos selêucidas, descendentes de um general de Alexandre que havia governado a Síria. De 166 a 63, Israel viveu 123 anos de independência, sendo o país governado pelos asmoneus, que eram descendentes de Judas Macabeu, o líder da libertação de Israel. Em 63 aC, Jerusalém caiu em poder dos romanos e passou a fazer parte do Império Romano. O governo em Israel era exercido por reis nomeados pelo Imperador de Roma. Um desses reis foi Herodes, o Grande, que governou de 37 a 4 aC.
Valores Religiosos
O Antigo Testamento registra a experiência que os seus autores e o povo de Israel tiveram com Javé, o verdadeiro Deus. As nações vizinhas tinham vários deuses e deusas, que eram adorados na forma de imagens (ídolos). A crença de Israel era diferente. Javé era o único Deus de Israel, e dele não se faziam imagens. Javé era o Deus único, Criador e Senhor do Universo. Ele era um Deus vivo e salvador, sempre vivendo com o seu povo.
Esse Deus impunha aos seus adoradores leis e normas morais que tinha em vista um procedimento correto nos relacionamentos da vida. E havia leis sociais que protegiam interesses das outras pessoas, inclusive as marginalizadas, e do povo como um todo. Javé perdoava as pessoas que quebravam suas leis. Mas o perdão era somente concedido na condição de as pessoas se arrependerem, confessarem os seus erro e se disporem a corrigir-se. As pessoas que permaneciam em pecado, eram julgadas por Deus e castigadas.
Javé fez com o povo de Israel uma aliança, pela qual ele prometeu ser o Deus de Israel; e o povo, por sua vez, prometeu ser fiel a Deus, disposto a seguir e obedecer às suas leis. Essa doutrina fundamental da crença do povo de Israel é complementada por estas palavras que Jesus pronunciou na ocasião da instituição da Ceia: “Este cálice é a nova aliança feita por Deus com o seu povo, aliança que é garantida pelo meu sangue, derramado em favor de vocês” (Lc 22.20).
Por meio de símbolos e de profecias, o AT preparou o povo de Deus para a vinda do Messias, aquele que Deus iria enviar a fim de trazer a salvação completa para as pessoas.
Para se entender bem o Novo Testamento, é necessário recorrer ao AT, porque este forma a base para os ensinamentos encontrados no Novo Testamento. Mas nem todo os ensinamentos encontrados no AT têm validade para os cristãos. O cristão lê o AT com a luz que vem da maneira de Jesus interpretá-lo e completá-lo. Jesus disse: “Não pensem que eu vim acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo” (Mt 5.17). E, logo adiante Jesus afirmou algo que é totalmente novo: “Vocês sabem o que foi dito: ‘Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.’ Mas eu lhes digo: ‘Ame os seus inimigos e amem os que perseguem vocês’” (Mt 5.43,44). Essas palavras de Jesus sobre inimigos vão muito além dos ensinamentos do AT sobre o assunto.
Os ensinamentos do AT sobre a lei, o culto, a conduta das pessoas, a sua vida, a sua morte e a sua vida após a morte são entendidos e vividos pelos cristãos à luz da revelação completa e final que se encontra no Novo Testamento.
Fonte:
Bíblia de Estudo NTLH
JESUS ERA RICO ???
Não, o Senhor apesar de ser o filho do dono do ouro e da prata, era pobre, nasceu em uma família humilde. Pelo menos é o que diz a Palavra de Deus quando se refere a Ele: (2Co 8:9) - "Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis." É claro que o significado exato dessa passagem não é exatamente material, mas espiritual, já que as riquezas das quais os que crêem puderam usufruir são (Ef 1.3) - "todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo", as mesmas que Cristo têm e de Quem somos co-herdeiros. Mas em termos materiais Ele não foi rico quando caminhou aqui, ao contrário dos absurdos que ouvimos por ai em programas religiosos. Uma certa mulher que pregava — que pertence a uma igreja milionária — tentava de todas as formas convencer o público de que o Senhor era muito rico. Disse que Ele andava de Rolls Royce, já que jumentos tinham esse status na época porque eram transporte de reis. Errado. Reis, quando não eram carregados em liteiras por escravos ou viajavam em carros puxados por cavalos, como fazia o nobre mordomo da rainha de Candace quando abordado por Filipe na estrada que vinha de Jerusalém. "E levantou-se, e foi; e eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adoração, Regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías." (At 8:27:28) Este sim, era o Rolls Royce da época, que permitia viajar, ler e tinha até espaço para Filipe ter sido convidado para sentar. E se ainda permaneciam os costumes do Antigo Testamento, é interessante lembrar que os ricos não cavalgavam jumentos, mas mulas. E quando Isaías escreve profeticamente sobre aqueles que transportarão o remanescente fiel a Jerusalém no futuro, são mencionados os melhores meios de transporte da época, e o jumento não está entre eles (IS 66:20) - E trarão a todos os vossos irmãos, dentre todas as nações, por oferta ao SENHOR, sobre cavalos, e em carros, e em liteiras, e sobre mulas, e sobre dromedários, trarão ao meu santo monte, a Jerusalém, diz o SENHOR; como quando os filhos de Israel trazem as suas ofertas em vasos limpos à casa do SENHOR. Portanto, andar de jumento na época em que o Senhor viveu aqui não era sinal de riqueza. E se nos lembrarmos de que o jumento que Ele monta para entrar em Jerusalém era emprestado, o assunto se encerra aqui. Mas a pregadora não parecia querer encerrar o assunto no jumento e continuou insistindo que carpinteiros eram ricos — tentando avaliar o status de uma profissão há dois mil anos comparando-a ao status atual. Não há subsídios para isso e você encontra carpinteiros ricos e pobres ainda hoje. Tentou também dizer que suas roupas eram caras — só faltou dizer que eram de griffe — quando se referiu aos soldados que dividiram suas vestes em quatro partes. Segundo ela, eram tão boas que os soldados nem se importavam de ficar com apenas um pedaço delas. O que faltou dizer foi que era só o que tinha. As vestes e a túnica. Essas eram suas posses materiais quando morreu, muito menos do que pessoas consideradas pobres hoje possuem. Enfim, a mulher fazia um esforço hercúleo, mas dava para perceber que não era tanto para provar que o Senhor era rico, como era para justificar a riqueza dos líderes religiosos que professam a teologia da prosperidade. Foi assim mesmo que o movimento começou nos EUA em medos do século 20, quando muitos pregadores começaram a enriquecer e acharam um jeito de mudar o discurso. Se eram ricos era porque eram abençoados por Deus. O resto da história a gente já conhece. Ao lançar perguntas no ar, algo mais ou menos assim, "Se um dono de revistas pornográficas tem o direito de ter jato particular para aliciar suas garotas, os cristãos não podem ter esse direito?", ela queria dizer que podemos reivindicar as mesmas regalias de um dono da Playboy, por exemplo. Deu outros exemplos, de outras atividades do mesmo nível, das riquezas que usufruem. Baixou o nível. Antes que desse vontade de vomitar, achei melhor mudar de canal.
A mulher não tem nem idéia do lugar do cristão neste mundo. Um estrangeiro, a caminho de sua pátria celestial, peregrino como foi nosso senhor JESUS cujo reino não era deste mundo. Poderia citar muitas passagens, mas uma ou duas bastam para entendermos como devemos ser e viver em relação às riquezas materiais: (MT 6:25) - Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? (1TM 6:8) - Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Sim, vamos encontrar cristãos ricos e pobres. A alguns Deus deu mais para poderem compartilhar com os outros. Mas não é esse o foco e a fonte de nosso contentamento.
A mulher não tem nem idéia do lugar do cristão neste mundo. Um estrangeiro, a caminho de sua pátria celestial, peregrino como foi nosso senhor JESUS cujo reino não era deste mundo. Poderia citar muitas passagens, mas uma ou duas bastam para entendermos como devemos ser e viver em relação às riquezas materiais: (MT 6:25) - Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? (1TM 6:8) - Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Sim, vamos encontrar cristãos ricos e pobres. A alguns Deus deu mais para poderem compartilhar com os outros. Mas não é esse o foco e a fonte de nosso contentamento.
FIEL OBEDIÊNCIA ÀS LEIS
No presente século, observamos lamentáveis desrespeito as leis, nas mais variadas esferas da sociedade. Referimo-nos não somente às ações claramente marginais aos códigos legais, mas também aos atos de menor expressão, muitas vezes sutilmente justificados por uma suposta nobreza quanto aos seus fins: Sonegação de impostos, desrespeito aos estatutos sociais, trabalho informal, cópias ilegais, desprezo às normas éticas, ofensas à moral e danos ao patrimônio, estão entre os atos censuráveis comuns.
Os cristãos, jamais deverão se postar a imagem da lei, sob qualquer pretexto, ainda que esteja ao açodar das injustiças e penúria. Urge nunca assentar o Cristianismo na marginalidade legal, em tempo algum.
Como usual, Jesus apresenta-se como probo exemplo de obediência aos códigos legalísticos.
Conquanto importantes pesquisadores tenham defendido a tese de que o Jesus da historia teria assumido uma postura revolucionária, sabe-se que – ao contrario – Ele foi o modelo e guia da integral observância das leis sociais.
Paulo de Tarso, considerado como um dos maiores interpretes do Evangelho em toda a historia cristã, em sua carta aos Filipenses assevera que Ele, “tornando-se semelhante aos homens e reconhecido em seu aspecto como um homem, abaixou-se, tornando-se obediente até a morte, a morte sobre uma cruz.” (Fel 2.8)
Nessa impar exegese, o apostolo dos gentios estabelece três conceitos essenciais para o entendimento da missão do Cristo na Terra: a humanidade de Jesus, Sua humildade e sua obediência as leis vigentes. Esta idéia reveste - se de sublime comprobação ao observarmos a integral obediência e a absoluta resignação com que Jesus vivencia as arbitrariedades de Seu processo de prisão, julgamento e execução.
Renomados pesquisadores têm demonstrado as inúmeras ilegalidades dos julgamentos sofridos por Jesus, não apenas na corte suprema Judaica daquele tempo, o Sinédrio, como também na aplicação do Direito Romano exercido por Pôncios Pilatos. Dentre as ilicitudes cometidas pelo Tribunal Judaico no Seu processo de prisão e julgamento, uma se nos apresenta com especial gravidade: a inexistência de – no mínimo – duas testemunhas de acusação, verazes. Em verdade, essa VIOLAÇÃO fora extremamente elementar, posto que o livro de Moisés – o Deuteronômio (Dt. 17.6; 19.15- 19) – assim determinava: “Somente pela deposição de duas ou três testemunhas poder – se - a condenar alguém à morte: ninguém será morto pela deposição de uma só testemunha. Uma única testemunha não é suficiente contra alguém, em qualquer caso de iniqüidade ou de pecado que haja cometido. Se a testemunha for uma testemunha falsa e tiver caluniado seu irmão, então vós a tratareis conforme ela própria maquinava tratar o seu próximo”
Á luz dessas chaves para o entendimento, contidas no Antigo Testamento, podemos aprender em Mateus, a seriedade das ilicitudes cometidas pelo referido tribunal hebreu: Ora, os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus para matá-lo, mas nada encontravam. Pois muitos davam falso testemunho contra Ele, mas os testemunhos não eram congruentes. Alguns levantando-se davam falso testemunho contra Ele”. (Mc 14.54-55) ”O Sumo Sacerdote, então, rasgando as suas túnicas disse: Que necessidades temos ainda de testemunhas? Ouvistes a blasfêmia. Que nos parece? E todos julgaram-no réu de morte”.
Dessa forma, houvera uma inequívoca e voluntaria transgressão da lei Mosaica por parte do próprio Sinédrio, o qual seria passível da mesma punição imputada ao Humilde Réu. Para agravar a injustiça da condenação do Carpinteiro de Nazaré, Ele ainda estivera sob o julgamento de outras duas instâncias, a de Herodes Antipas e a de Pôncio Pilatos, que também não encontraram peças judiciais condenatórias robustas e, por conseguinte, reconheceram Sua inocência, mesmo assim, Jesus foi conduzido à pena de morte.
Não obstante Jesus fosse o único puro entre tos os homens nesta terra, o mais inocente homem da historia, Ele aceitara todos os ajuizamentos – arbitrários incoerentes e ilegais – sem indignar-se e nem ao menos protestar, mas, ao contrario, sendo obediente até o limite de suas forças, tendo com conseqüência a própria morte por crucificação, vergonhosa e com dores excruciantes, a fim de exemplificar a mais excelente manifestação de fidelidade a Deus, aos amigos, à causa, assim como às leis da sociedade.
Nunca esqueçamos, pois, que o Cristão deverá ser, sobretudo, um exemplar partidário da boa cidadania, observando fielmente as legislações e as disposições judiciais.
Os cristãos, jamais deverão se postar a imagem da lei, sob qualquer pretexto, ainda que esteja ao açodar das injustiças e penúria. Urge nunca assentar o Cristianismo na marginalidade legal, em tempo algum.
Como usual, Jesus apresenta-se como probo exemplo de obediência aos códigos legalísticos.
Conquanto importantes pesquisadores tenham defendido a tese de que o Jesus da historia teria assumido uma postura revolucionária, sabe-se que – ao contrario – Ele foi o modelo e guia da integral observância das leis sociais.
Paulo de Tarso, considerado como um dos maiores interpretes do Evangelho em toda a historia cristã, em sua carta aos Filipenses assevera que Ele, “tornando-se semelhante aos homens e reconhecido em seu aspecto como um homem, abaixou-se, tornando-se obediente até a morte, a morte sobre uma cruz.” (Fel 2.8)
Nessa impar exegese, o apostolo dos gentios estabelece três conceitos essenciais para o entendimento da missão do Cristo na Terra: a humanidade de Jesus, Sua humildade e sua obediência as leis vigentes. Esta idéia reveste - se de sublime comprobação ao observarmos a integral obediência e a absoluta resignação com que Jesus vivencia as arbitrariedades de Seu processo de prisão, julgamento e execução.
Renomados pesquisadores têm demonstrado as inúmeras ilegalidades dos julgamentos sofridos por Jesus, não apenas na corte suprema Judaica daquele tempo, o Sinédrio, como também na aplicação do Direito Romano exercido por Pôncios Pilatos. Dentre as ilicitudes cometidas pelo Tribunal Judaico no Seu processo de prisão e julgamento, uma se nos apresenta com especial gravidade: a inexistência de – no mínimo – duas testemunhas de acusação, verazes. Em verdade, essa VIOLAÇÃO fora extremamente elementar, posto que o livro de Moisés – o Deuteronômio (Dt. 17.6; 19.15- 19) – assim determinava: “Somente pela deposição de duas ou três testemunhas poder – se - a condenar alguém à morte: ninguém será morto pela deposição de uma só testemunha. Uma única testemunha não é suficiente contra alguém, em qualquer caso de iniqüidade ou de pecado que haja cometido. Se a testemunha for uma testemunha falsa e tiver caluniado seu irmão, então vós a tratareis conforme ela própria maquinava tratar o seu próximo”
Á luz dessas chaves para o entendimento, contidas no Antigo Testamento, podemos aprender em Mateus, a seriedade das ilicitudes cometidas pelo referido tribunal hebreu: Ora, os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus para matá-lo, mas nada encontravam. Pois muitos davam falso testemunho contra Ele, mas os testemunhos não eram congruentes. Alguns levantando-se davam falso testemunho contra Ele”. (Mc 14.54-55) ”O Sumo Sacerdote, então, rasgando as suas túnicas disse: Que necessidades temos ainda de testemunhas? Ouvistes a blasfêmia. Que nos parece? E todos julgaram-no réu de morte”.
Dessa forma, houvera uma inequívoca e voluntaria transgressão da lei Mosaica por parte do próprio Sinédrio, o qual seria passível da mesma punição imputada ao Humilde Réu. Para agravar a injustiça da condenação do Carpinteiro de Nazaré, Ele ainda estivera sob o julgamento de outras duas instâncias, a de Herodes Antipas e a de Pôncio Pilatos, que também não encontraram peças judiciais condenatórias robustas e, por conseguinte, reconheceram Sua inocência, mesmo assim, Jesus foi conduzido à pena de morte.
Não obstante Jesus fosse o único puro entre tos os homens nesta terra, o mais inocente homem da historia, Ele aceitara todos os ajuizamentos – arbitrários incoerentes e ilegais – sem indignar-se e nem ao menos protestar, mas, ao contrario, sendo obediente até o limite de suas forças, tendo com conseqüência a própria morte por crucificação, vergonhosa e com dores excruciantes, a fim de exemplificar a mais excelente manifestação de fidelidade a Deus, aos amigos, à causa, assim como às leis da sociedade.
Nunca esqueçamos, pois, que o Cristão deverá ser, sobretudo, um exemplar partidário da boa cidadania, observando fielmente as legislações e as disposições judiciais.
ORAÇÃO
"Remindo o tempo, porque os dias são maus." (Efésios 5.16)
É contraditório o que vemos hoje em dia: o homem moderno luta com o tempo e se queixa da falta de tempo, embora possa abreviar muitas coisas com o auxílio de máquinas. Tempo é um conceito relativo. Um produz muito mais em poucos minutos e outro leva horas para fazer a mesma coisa.
Quando Paulo diz que devemos remir o tempo, ele quer enfatizar que devemos transformar nosso tempo limitado em valor eterno.
Como acontece isso? Primeiramente por meio de uma vida fiel de oração. Não devemos orar ocasionalmente, mas de maneira fiel e regular. Daniel, em sua época, remia seu tempo de maneira extraordinária. O valor eterno em sua vida salta aos olhos. Por quê? Porque ele era um homem de oração. Ele orava três vezes ao dia, e isso em horários determinados. Por isso, as coisas eternas e infinitas brotavam e aconteciam em sua vida.
Uma pessoa que ora também tem condições de se aquietar. Isso o inimigo teme muito, porque Paulo diz: "...e a diligenciardes por viver tranqüilamente." No silêncio, o Espírito de Deus fala a nós, nos convence e nos disciplina, e nos leva a buscar a purificação dos pecados do passado, através do sangue de Jesus.
Não andeis ansiosos de coisa alguma. Em tudo, porém sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições pela oração e pela súplica com ações de graças. (Fp 4.6)
Deus tem um propósito a realizar, mas ele precisa que o homem esteja disposto a orar, para que se estabeleça Sua vontade aqui na Terra, está é a função da oração, preparar um caminho para que Deus realize Sua vontade, assim como uma locomotiva necessita dos trilhos para andar, Deus necessita da oração do homem para levar adiante Sua vontade, sendo assim o homem deve fazer com que sua vontade seja unida com a vontade de Deus para que se estabeleçam seus designos, como podemos ver em 1Jo 5.14-15 "E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.", a oração tem como objetivo que nós venhamos a fazer com que a vontade de Deus se estabeleça aqui na terra, desta forma, devemos conhecer melhor a sua vontade, para que nossas orações sejam agradáveis e nossos propósitos sejam cumpridos.
A oração é o estabelecimento de um diálogo do homem com Deus, sendo que, devemos estar atentos a sua resposta, que vem através de nosso espírito ou através das circunstâncias exteriores. É através da oração que nós colocamos nossas ansiedades nas mãos de Deus, crendo que Ele é poderoso para nos dar paz interior, e resolver nossos problemas da melhor maneira possível para nosso crescimento espiritual. Quando somos iluminados por Deus, em nossa consciência, de nossos pecados, nós devemos imediatamente pedir perdão, através da oração, pedindo para sermos lavados pelo sangue de Nosso Senhor Jesus, e nossos pecados serão perdoados.
Devemos estar sempre orando, para sermos guardados das tentativas de satanás de nos levar ao pecado. Podemos dizer que a oração é o nosso termômetro espiritual, quando nós não conseguimos orar, indica que não estamos bem espiritualmente. Devemos aprender a observar o falar divino, em nosso espírito, enquanto estamos orando, pois Deus se comunica conosco através de nossa intuição, que é uma das partes do nosso espírito, mas cabe a nós, utilizando o nosso conhecimento bíblico, discernirmos se é ou não de Deus este falar, pois o inimigo pode também tentar nos enganar, lançando pensamentos em nossa mente que sutilmente nos induziram ao pecado.
Vamos analisar o trecho da Bíblia mais importante sobre a oração, que se encontra no livro segundo escreveu Mateus, no capitulo 6 e versículo 5 à 13:
5 E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.
6 Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.
7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.
8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.
9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10 venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;
11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;
12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;
13 e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!
A oração não é algo formal, para atrair a atenção dos homens, como faziam os fariseus, e por isso foram condenados (v. 5). Eles estavam acostumados a orar formalmente 18 vezes ao dia, segundo as leis herdadas dos antepassados, e observavam com rigor pontual os horários destinados à oração, onde quer que estivessem. Por isso, com freqüência eram obrigados a orar em público, e os judeus, admirados, sempre os surpreendiam em sua prática nas esquinas das ruas. A oração passou a ter, então, caráter de mero ritualismo, sem consistência espiritual, onde o que contava era a exterioridade sofisticada de palavras vazias para receber o louvor humano.
A oração também não é como a reza, uma repetição interminável de enunciados que não traduzem os sentimentos do coração (v. 7). Este era o costume dos gentios, adeptos das religiões politeístas, que horas a fio repetiam mecanicamente as mesmas palavras diante de seus deuses, o que mereceu a veemente reprovação do Senhor Jesus, pois o mesmo estava ocorrendo com os praticantes da religião judaica.
Afinal o que é a oração?
A melhor definição encontra-se, é claro, na Bíblia. Nenhum conceito teológico expressa com a mesma clareza e simplicidade o que ela significa. A oração é segundo as Escrituras, uma via de mão dupla através da qual o cristão, com seu clamor, chega à presença de Deus, e este vem ao seu encontro, com as respostas (Jr 33.3 " Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.").
A oração é fruto espontâneo da consciência de um relacionamento pessoal com o Todo-Poderoso, onde não há espaço para o monólogo, pois quem ora não apenas fala, mas também precisa estar disposto a ouvir. É um diálogo onde o cristão aprofunda sua comunhão com o Guerreiro de Israel e ambos conversam numa linguagem que tem como intérprete o Espírito Santo , Romanos 8.26-27 "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos".
A Bíblia é o livro da oração. Suas páginas evocam grandes momentos da história humana que foram vividos em oração. Leia Js 10.12-15 "e os sidônios, e os amalequitas, e os maonitas vos oprimiam, e vós clamáveis a mim, não vos livrei eu das suas mãos? Contudo, vós me deixastes a mim e servistes a outros deuses, pelo que não vos livrarei mais. Ide e clamai aos deuses que escolhestes; eles que vos livrem no tempo do vosso aperto. Mas os filhos de Israel disseram ao SENHOR: Temos pecado; faze-nos tudo quanto te parecer bem; porém livra-nos ainda esta vez, te rogamos.;" e 2 Rs 6:17 "Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.".
Desde Gênesis, até Apocalipse, fica claro que orar é parte da natureza espiritual do cristão, assim como a nutrição é parte do seu sistema fisiológico. Os grandes fatos escatológicos, como previstos no último livro da Bíblia, serão resultado das orações dos santos, que clamam a Deus ao longo dos séculos pelo cumprimento de sua justiça (Ap 5:8 "e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos,"; Ap 8:3-4 "Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.").
Orar não pode ser visto como ato de penitência para meramente subjugar a carne. Em nenhum momento a Bíblia traz esta ênfase. Oração não é castigo, assim como a leitura das Escrituras, idéia que alguns pais equivocadamente passam para os filhos, quando os ordena a orar como disciplina por alguma desobediência. Eles acabam criando uma verdadeira repulsa à vida de oração, desconhecendo o verdadeiro valor que ela representa para as suas vidas, por terem aprendido pela prática a reconhecê-la apenas como meio de castigo pessoal. Ao contrário, se aprenderem que orar é ato que eleva o espírito e brota de maneira espontânea do coração consciente de sua indispensabilidade, como ensina a Bíblia, saberam cultivar a oração como exercício de profunda amizade com Deus que resulta em crescimento espiritual (Cl 1:9 " Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual;"). De igual modo, o mesmo acontecerá conosco.
Podemos observar o valor da oração, observando os heróis da fé, descritos em Hebreus 11, que exercitam sua fé através da oração. Não só eles, mas outros personagens da Bíblia tiveram igual experiência. Abraão subiu ao monte Moriá, para o sacrifício de Isaque, porque seu nível de comunhão com Deus através da oração era tal que ele sabia tratar-se de uma prova de fé (Gn 22:5-8 "Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós. Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos."). É o exemplo da oração que persevera e confia. Enoque vivênciou a oração de maneira tão intensa que a Bíblia o denomina como aquele que andava com Deus (Gn 5:24 "Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si."). É o exemplo da oração em todo o tempo.
Moisés trocou a honra e a opulência dos palácios egípcios porque teve o privilégio de falar com o Senhor face a face e com ele manter íntima comunhão por toda a vida, ver Êx 3:1-22 e Ex 4:1-17, ele é o exemplo da oração que muda as circunstâncias. Entre os profetas destaca-se, Elias, cujo exemplo Tiago aproveita para ensinar que o crtstão sujeito às mesmas fraquezas, pode diante de Deus (Tg 5:17-18 "Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos."). É o exemplo da oração que supera as deficiências humanas.
Esses heróis são as testemunhas mencionadas em Hb 12:1 "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,". Ou seja, se eles, que não viveram na dispensação do Espírito Santo, tiveram condições de viver de modo tão intenso na presença de Deus, quanto mais o cristão, hoje, que conta com o auxílio permanente e direto do Espírito Santo, movendo-o para uma vida de oração. Todos os crentes necessitam, devem e podem ter mesma vida de oração que os santos da Bíblia e tantos outros que a história eclesiástica registra.
O maior exemplo de oração, no entanto, foi o próprio Mestre. Sendo ele o Filho de Deus, cujos atributos divinos lhes asseguravam o direito de agir sobrenaturalmente, podia dispensar a oração como prática regular de sua vida. No entanto, ao humanizar-se, esvaziou-se de todas as prerrogativas da divindade e assumiu em plenitude a natureza humana (Fp 2:5-8 "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.") experimentando todas as circunstâncias inerentes ao homem, inclusive a tentação (Hb 4:15 "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado."; Mt 4:1-11 "A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram.").
Isto significa que o Senhor dependeu tanto da oração como qualquer outra pessoa que se proponha a servir integralmente a Deus. Ela foi o instrumento pelo qual pôde suportar as afrontas, não dar lugar ao pecado, tomar sobre si o peso da cruz e vencer o maligno (Mt 26:36-46 "Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima.").
Os evangelhos registram a vida de oração do Mestre.
Ele orava pela manhã (Mc 1:35 "Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava."), à tarde (Mt 14:23 "E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só.") e passava noites inteiras em comunhão com Deus (Lc 6:12 "Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus."). Se Ele viveu esse tipo de experiência 24 horas por dia, de igual modo Deus espera a mesma atitude de cada crtstão. Não apenas uns poucos minutos, com palavras rebuscadas de falsa espiritualidade, para receber as honras dos homens, mas em todo o tempo, como oferta de um coração que se dispõe a permanecer humildemente no altar de oração.
A oração modelo, registrada em Mt 6.9-13, não é simplesmente uma fórmula para ser repetida. Se assim fosse, o Mestre não teria condenado as "vãs repetições" dos gentios. Seria uma incongruência. O seu propósito é revelar os pontos principais que dão forma ao conteúdo da oração cristã. Ela não é uma oração universal, mas se destina exclusivamente àqueles que podem reconhecer a Deus como Pai, por intermédio de Jesus Cristo. A oração do cristão, sincera e completa em seu objetivo, traz em si estes aspectos:
- Reconhecimento da soberania divina (Pai nosso, que estás nos céus,);
- Reconhecimento da santidade divina (santificado seja o teu nome;);
- Reconhecimento da vinda do reino no presente e sua implantação no futuro (venha o teu reino;);
- Submissão sincera à vontade divina (faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;)
- Reconhecimento que Deus supre as nossas necessidades pessoais (11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;);
- Disposição de perdoar para receber perdão (e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;);
- Proteção contra a tentação e as ações malignas (e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal);
- Desprendimento para adorar a Deus em sua glória (pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!).
Os requisitos para que uma oração seja eficaz são:
- Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira (Mc 11:24 "Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco."; Mc 9:23 "Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê."; Hb 10:22 "aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura.", Tg 1:17 " Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança."; Tg 5:15 "E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.").
- Nossas orações devem ser feitas em nome de Jesus, ou seja, devem estar em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (Jo 14:13-14 "E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.").
- A nossa oração deve ser feita segundo a vontade de Deus que muitas vezes nos é revelada pela sua palavra, que por sua vez deve ser lida com oração (Ef 6:17-18 "Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos", 1 Jo 5:14 " E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.", Mt 6:10 "venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;"; Lc 11:2 "Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino;"; Mt 26:42 "Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.") .
- Devemos andar segundo a vontade de Deus, amá-lo e agradá-lo para que Ele atenda as nossas orações (Mt 6:33 "33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."; 1 Jo 3:22 "e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável.", Jo 15:7 "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito."; Tg 5:16-18 "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.", Sl 66:18 "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido.", Pv 15:8 "O sacrifício dos perversos é abominável ao SENHOR, mas a oração dos retos é o seu contentamento.").
- Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes (Mt 7:7-8 "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á."; Cl 4:2 "Perseverai na oração, vigiando com ações de graças."; 1 Ts 5:17 "Orai sem cessar."; Sl 40:1 "Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.").
Em princípio, o crente deve orar em todo o tempo (1Ts 5:17 "Orai sem cessar."; Ef 6:18 "com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos"). É um estado permanente de comunhão com Deus, onde o seu pensar está ligado as coisas que são do alto (Cl 3:2 "Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;"). É uma condição que não dá lugar para ser atingido pelos dardos inflamados do inimigo, pois seu espírito está sempre alerta, através da oração. Ele deve, no entanto, ter momentos específicos de oração pela manhã, à tarde ou à noite, como fez o nosso Senhor Jesus. Orações públicas, como as que se fazem nos cultos, são também uma prática bíblica, desde que não repitam o formalismo, a exterioridade e a hipocrisia dos fariseus. O Senhor Jesus mesmo, por diversas vezes, orou publicamente (Jo 11:41-42 "Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.").
O lugar onde se mede a intensidade da comunhão do crente com Deus é no seu "lugar secreto" (Mt 6:6 "Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.") para estar a sós com o Senhor. É ali, sozinho, com as portas fechadas para as coisas que o cercam e abertas para o Senhor, que ele de fato revela se a oração é para si mera formalidade ou meio que o conduz à presença de Deus para um diálogo íntimo, pessoal e restaurador com Aquele que deseja estar lado a lado com seus filhos. "A menos que exista tal lugar, a oração pessoal não se manterá por muito tempo nem de maneira persistente". A oração do cristão não tem como propósito atrair a atenção dos homens, mas é o meio por excelência de seu encontro pessoal com Deus, para que cresçamos em fé e vivamos uma vida cheia do Espírito Santo, guardando-nos do maligno. “Ouve, pois, as súplicas do teu servo, e do teu povo Israel, que fizerem neste lugar; e ouve tu do lugar da tua habitação, desde os céus; ouve, pois, e perdoa”. 2Crônicas 6.22
Quando iniciamos a leitura de todo o capitulo, encontramos um homem determinado a agradar a Deus, pois se apresenta como intercessor do povo, humilde e reconhecedor de seus erros e falhas, contudo sabedor de que Deus pode suprir todas as suas necessidades e consertar todas as suas falhas.
Percorremos a bíblia e vemos muitas orações, porém a questão é, qual Deus realmente ouve?
Oração de Davi: Arrependimento - SL 53.2-3 “Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado, Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.”
Temos neste Salmo uma confissão de um pecador arrependido, se olharmos para o livro de 2 Samuel 11, iremos entender o porquê desta oração, ele havia cometido dois pecados contra Deus (Assassinato e Adultério), porém quando ele ora desta forma Deus o perdoa, a bíblia diz “Que Deus joga no mar do esquecimento os nossos pecados e deles não se lembra mais.”
Oração de Daniel: Reconhecimento – Dan. 9.5 “Pecamos, e cometemos iniqüidades, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos.” Toda esta oração é um reconhecimento de alguém que teve uma revelação divina dos tempos, sabendo ele, as deficiências do seu povo começa a orar num ato de humilhação, reconhecimento e suplica por todo o seu povo, Deus com certeza ouviu e atendeu a esta oração, vemos isto com o grande livramento que Deus concedeu aquele povo.
A bíblia tem um versículo que gostaria de compartilhar com vocês: Isaias 59.1 “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir.”
Oração de Cornelio: Ação – Atos 10.2 “piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de CONTINUO orava a Deus.”
Oração do Fariseu: Prepotência e Orgulho – Lc 18.11-1 “O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.” Esta oração quando se ler, podemos até pensar que já não existe mais, e é ai que nos enganamos, pois ainda hoje a pessoas que se portam como os fariseus querendo com todo orgulho e prepotência alcançar os céus porem Deus, não se atenta para uma oração assim, muitos hoje tem colocado o seu EGO, achando que conseguem alcançar o Céu com seus atos, a bíblia nos ensina que não é por nossas obras e sim pela graça que somos salvos.
A oração que agrada a Deus com certeza tem: Humildade, Sinceridade, Intercessão, Reconhecimento dos erros e pecados, Pedido de perdão e Suplica. Quando alcançamos este nível de oração pode ter certeza que Deus vai ouvi-lo e responde-lo, No texto de Crônicas vemos a resposta imediata à oração de Salomão: 2 Crônicas 7.14 “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.”
É contraditório o que vemos hoje em dia: o homem moderno luta com o tempo e se queixa da falta de tempo, embora possa abreviar muitas coisas com o auxílio de máquinas. Tempo é um conceito relativo. Um produz muito mais em poucos minutos e outro leva horas para fazer a mesma coisa.
Quando Paulo diz que devemos remir o tempo, ele quer enfatizar que devemos transformar nosso tempo limitado em valor eterno.
Como acontece isso? Primeiramente por meio de uma vida fiel de oração. Não devemos orar ocasionalmente, mas de maneira fiel e regular. Daniel, em sua época, remia seu tempo de maneira extraordinária. O valor eterno em sua vida salta aos olhos. Por quê? Porque ele era um homem de oração. Ele orava três vezes ao dia, e isso em horários determinados. Por isso, as coisas eternas e infinitas brotavam e aconteciam em sua vida.
Uma pessoa que ora também tem condições de se aquietar. Isso o inimigo teme muito, porque Paulo diz: "...e a diligenciardes por viver tranqüilamente." No silêncio, o Espírito de Deus fala a nós, nos convence e nos disciplina, e nos leva a buscar a purificação dos pecados do passado, através do sangue de Jesus.
Não andeis ansiosos de coisa alguma. Em tudo, porém sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições pela oração e pela súplica com ações de graças. (Fp 4.6)
Deus tem um propósito a realizar, mas ele precisa que o homem esteja disposto a orar, para que se estabeleça Sua vontade aqui na Terra, está é a função da oração, preparar um caminho para que Deus realize Sua vontade, assim como uma locomotiva necessita dos trilhos para andar, Deus necessita da oração do homem para levar adiante Sua vontade, sendo assim o homem deve fazer com que sua vontade seja unida com a vontade de Deus para que se estabeleçam seus designos, como podemos ver em 1Jo 5.14-15 "E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.", a oração tem como objetivo que nós venhamos a fazer com que a vontade de Deus se estabeleça aqui na terra, desta forma, devemos conhecer melhor a sua vontade, para que nossas orações sejam agradáveis e nossos propósitos sejam cumpridos.
A oração é o estabelecimento de um diálogo do homem com Deus, sendo que, devemos estar atentos a sua resposta, que vem através de nosso espírito ou através das circunstâncias exteriores. É através da oração que nós colocamos nossas ansiedades nas mãos de Deus, crendo que Ele é poderoso para nos dar paz interior, e resolver nossos problemas da melhor maneira possível para nosso crescimento espiritual. Quando somos iluminados por Deus, em nossa consciência, de nossos pecados, nós devemos imediatamente pedir perdão, através da oração, pedindo para sermos lavados pelo sangue de Nosso Senhor Jesus, e nossos pecados serão perdoados.
Devemos estar sempre orando, para sermos guardados das tentativas de satanás de nos levar ao pecado. Podemos dizer que a oração é o nosso termômetro espiritual, quando nós não conseguimos orar, indica que não estamos bem espiritualmente. Devemos aprender a observar o falar divino, em nosso espírito, enquanto estamos orando, pois Deus se comunica conosco através de nossa intuição, que é uma das partes do nosso espírito, mas cabe a nós, utilizando o nosso conhecimento bíblico, discernirmos se é ou não de Deus este falar, pois o inimigo pode também tentar nos enganar, lançando pensamentos em nossa mente que sutilmente nos induziram ao pecado.
Vamos analisar o trecho da Bíblia mais importante sobre a oração, que se encontra no livro segundo escreveu Mateus, no capitulo 6 e versículo 5 à 13:
5 E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.
6 Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.
7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.
8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.
9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10 venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;
11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;
12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;
13 e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!
A oração não é algo formal, para atrair a atenção dos homens, como faziam os fariseus, e por isso foram condenados (v. 5). Eles estavam acostumados a orar formalmente 18 vezes ao dia, segundo as leis herdadas dos antepassados, e observavam com rigor pontual os horários destinados à oração, onde quer que estivessem. Por isso, com freqüência eram obrigados a orar em público, e os judeus, admirados, sempre os surpreendiam em sua prática nas esquinas das ruas. A oração passou a ter, então, caráter de mero ritualismo, sem consistência espiritual, onde o que contava era a exterioridade sofisticada de palavras vazias para receber o louvor humano.
A oração também não é como a reza, uma repetição interminável de enunciados que não traduzem os sentimentos do coração (v. 7). Este era o costume dos gentios, adeptos das religiões politeístas, que horas a fio repetiam mecanicamente as mesmas palavras diante de seus deuses, o que mereceu a veemente reprovação do Senhor Jesus, pois o mesmo estava ocorrendo com os praticantes da religião judaica.
Afinal o que é a oração?
A melhor definição encontra-se, é claro, na Bíblia. Nenhum conceito teológico expressa com a mesma clareza e simplicidade o que ela significa. A oração é segundo as Escrituras, uma via de mão dupla através da qual o cristão, com seu clamor, chega à presença de Deus, e este vem ao seu encontro, com as respostas (Jr 33.3 " Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.").
A oração é fruto espontâneo da consciência de um relacionamento pessoal com o Todo-Poderoso, onde não há espaço para o monólogo, pois quem ora não apenas fala, mas também precisa estar disposto a ouvir. É um diálogo onde o cristão aprofunda sua comunhão com o Guerreiro de Israel e ambos conversam numa linguagem que tem como intérprete o Espírito Santo , Romanos 8.26-27 "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos".
A Bíblia é o livro da oração. Suas páginas evocam grandes momentos da história humana que foram vividos em oração. Leia Js 10.12-15 "e os sidônios, e os amalequitas, e os maonitas vos oprimiam, e vós clamáveis a mim, não vos livrei eu das suas mãos? Contudo, vós me deixastes a mim e servistes a outros deuses, pelo que não vos livrarei mais. Ide e clamai aos deuses que escolhestes; eles que vos livrem no tempo do vosso aperto. Mas os filhos de Israel disseram ao SENHOR: Temos pecado; faze-nos tudo quanto te parecer bem; porém livra-nos ainda esta vez, te rogamos.;" e 2 Rs 6:17 "Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.".
Desde Gênesis, até Apocalipse, fica claro que orar é parte da natureza espiritual do cristão, assim como a nutrição é parte do seu sistema fisiológico. Os grandes fatos escatológicos, como previstos no último livro da Bíblia, serão resultado das orações dos santos, que clamam a Deus ao longo dos séculos pelo cumprimento de sua justiça (Ap 5:8 "e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos,"; Ap 8:3-4 "Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.").
Orar não pode ser visto como ato de penitência para meramente subjugar a carne. Em nenhum momento a Bíblia traz esta ênfase. Oração não é castigo, assim como a leitura das Escrituras, idéia que alguns pais equivocadamente passam para os filhos, quando os ordena a orar como disciplina por alguma desobediência. Eles acabam criando uma verdadeira repulsa à vida de oração, desconhecendo o verdadeiro valor que ela representa para as suas vidas, por terem aprendido pela prática a reconhecê-la apenas como meio de castigo pessoal. Ao contrário, se aprenderem que orar é ato que eleva o espírito e brota de maneira espontânea do coração consciente de sua indispensabilidade, como ensina a Bíblia, saberam cultivar a oração como exercício de profunda amizade com Deus que resulta em crescimento espiritual (Cl 1:9 " Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual;"). De igual modo, o mesmo acontecerá conosco.
Podemos observar o valor da oração, observando os heróis da fé, descritos em Hebreus 11, que exercitam sua fé através da oração. Não só eles, mas outros personagens da Bíblia tiveram igual experiência. Abraão subiu ao monte Moriá, para o sacrifício de Isaque, porque seu nível de comunhão com Deus através da oração era tal que ele sabia tratar-se de uma prova de fé (Gn 22:5-8 "Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós. Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos."). É o exemplo da oração que persevera e confia. Enoque vivênciou a oração de maneira tão intensa que a Bíblia o denomina como aquele que andava com Deus (Gn 5:24 "Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si."). É o exemplo da oração em todo o tempo.
Moisés trocou a honra e a opulência dos palácios egípcios porque teve o privilégio de falar com o Senhor face a face e com ele manter íntima comunhão por toda a vida, ver Êx 3:1-22 e Ex 4:1-17, ele é o exemplo da oração que muda as circunstâncias. Entre os profetas destaca-se, Elias, cujo exemplo Tiago aproveita para ensinar que o crtstão sujeito às mesmas fraquezas, pode diante de Deus (Tg 5:17-18 "Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos."). É o exemplo da oração que supera as deficiências humanas.
Esses heróis são as testemunhas mencionadas em Hb 12:1 "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,". Ou seja, se eles, que não viveram na dispensação do Espírito Santo, tiveram condições de viver de modo tão intenso na presença de Deus, quanto mais o cristão, hoje, que conta com o auxílio permanente e direto do Espírito Santo, movendo-o para uma vida de oração. Todos os crentes necessitam, devem e podem ter mesma vida de oração que os santos da Bíblia e tantos outros que a história eclesiástica registra.
O maior exemplo de oração, no entanto, foi o próprio Mestre. Sendo ele o Filho de Deus, cujos atributos divinos lhes asseguravam o direito de agir sobrenaturalmente, podia dispensar a oração como prática regular de sua vida. No entanto, ao humanizar-se, esvaziou-se de todas as prerrogativas da divindade e assumiu em plenitude a natureza humana (Fp 2:5-8 "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.") experimentando todas as circunstâncias inerentes ao homem, inclusive a tentação (Hb 4:15 "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado."; Mt 4:1-11 "A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram.").
Isto significa que o Senhor dependeu tanto da oração como qualquer outra pessoa que se proponha a servir integralmente a Deus. Ela foi o instrumento pelo qual pôde suportar as afrontas, não dar lugar ao pecado, tomar sobre si o peso da cruz e vencer o maligno (Mt 26:36-46 "Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima.").
Os evangelhos registram a vida de oração do Mestre.
Ele orava pela manhã (Mc 1:35 "Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava."), à tarde (Mt 14:23 "E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só.") e passava noites inteiras em comunhão com Deus (Lc 6:12 "Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus."). Se Ele viveu esse tipo de experiência 24 horas por dia, de igual modo Deus espera a mesma atitude de cada crtstão. Não apenas uns poucos minutos, com palavras rebuscadas de falsa espiritualidade, para receber as honras dos homens, mas em todo o tempo, como oferta de um coração que se dispõe a permanecer humildemente no altar de oração.
A oração modelo, registrada em Mt 6.9-13, não é simplesmente uma fórmula para ser repetida. Se assim fosse, o Mestre não teria condenado as "vãs repetições" dos gentios. Seria uma incongruência. O seu propósito é revelar os pontos principais que dão forma ao conteúdo da oração cristã. Ela não é uma oração universal, mas se destina exclusivamente àqueles que podem reconhecer a Deus como Pai, por intermédio de Jesus Cristo. A oração do cristão, sincera e completa em seu objetivo, traz em si estes aspectos:
- Reconhecimento da soberania divina (Pai nosso, que estás nos céus,);
- Reconhecimento da santidade divina (santificado seja o teu nome;);
- Reconhecimento da vinda do reino no presente e sua implantação no futuro (venha o teu reino;);
- Submissão sincera à vontade divina (faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;)
- Reconhecimento que Deus supre as nossas necessidades pessoais (11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;);
- Disposição de perdoar para receber perdão (e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;);
- Proteção contra a tentação e as ações malignas (e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal);
- Desprendimento para adorar a Deus em sua glória (pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!).
Os requisitos para que uma oração seja eficaz são:
- Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira (Mc 11:24 "Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco."; Mc 9:23 "Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê."; Hb 10:22 "aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura.", Tg 1:17 " Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança."; Tg 5:15 "E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.").
- Nossas orações devem ser feitas em nome de Jesus, ou seja, devem estar em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (Jo 14:13-14 "E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.").
- A nossa oração deve ser feita segundo a vontade de Deus que muitas vezes nos é revelada pela sua palavra, que por sua vez deve ser lida com oração (Ef 6:17-18 "Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos", 1 Jo 5:14 " E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.", Mt 6:10 "venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;"; Lc 11:2 "Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino;"; Mt 26:42 "Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.") .
- Devemos andar segundo a vontade de Deus, amá-lo e agradá-lo para que Ele atenda as nossas orações (Mt 6:33 "33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."; 1 Jo 3:22 "e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável.", Jo 15:7 "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito."; Tg 5:16-18 "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.", Sl 66:18 "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido.", Pv 15:8 "O sacrifício dos perversos é abominável ao SENHOR, mas a oração dos retos é o seu contentamento.").
- Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes (Mt 7:7-8 "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á."; Cl 4:2 "Perseverai na oração, vigiando com ações de graças."; 1 Ts 5:17 "Orai sem cessar."; Sl 40:1 "Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.").
Em princípio, o crente deve orar em todo o tempo (1Ts 5:17 "Orai sem cessar."; Ef 6:18 "com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos"). É um estado permanente de comunhão com Deus, onde o seu pensar está ligado as coisas que são do alto (Cl 3:2 "Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;"). É uma condição que não dá lugar para ser atingido pelos dardos inflamados do inimigo, pois seu espírito está sempre alerta, através da oração. Ele deve, no entanto, ter momentos específicos de oração pela manhã, à tarde ou à noite, como fez o nosso Senhor Jesus. Orações públicas, como as que se fazem nos cultos, são também uma prática bíblica, desde que não repitam o formalismo, a exterioridade e a hipocrisia dos fariseus. O Senhor Jesus mesmo, por diversas vezes, orou publicamente (Jo 11:41-42 "Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.").
O lugar onde se mede a intensidade da comunhão do crente com Deus é no seu "lugar secreto" (Mt 6:6 "Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.") para estar a sós com o Senhor. É ali, sozinho, com as portas fechadas para as coisas que o cercam e abertas para o Senhor, que ele de fato revela se a oração é para si mera formalidade ou meio que o conduz à presença de Deus para um diálogo íntimo, pessoal e restaurador com Aquele que deseja estar lado a lado com seus filhos. "A menos que exista tal lugar, a oração pessoal não se manterá por muito tempo nem de maneira persistente". A oração do cristão não tem como propósito atrair a atenção dos homens, mas é o meio por excelência de seu encontro pessoal com Deus, para que cresçamos em fé e vivamos uma vida cheia do Espírito Santo, guardando-nos do maligno. “Ouve, pois, as súplicas do teu servo, e do teu povo Israel, que fizerem neste lugar; e ouve tu do lugar da tua habitação, desde os céus; ouve, pois, e perdoa”. 2Crônicas 6.22
Quando iniciamos a leitura de todo o capitulo, encontramos um homem determinado a agradar a Deus, pois se apresenta como intercessor do povo, humilde e reconhecedor de seus erros e falhas, contudo sabedor de que Deus pode suprir todas as suas necessidades e consertar todas as suas falhas.
Percorremos a bíblia e vemos muitas orações, porém a questão é, qual Deus realmente ouve?
Oração de Davi: Arrependimento - SL 53.2-3 “Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado, Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.”
Temos neste Salmo uma confissão de um pecador arrependido, se olharmos para o livro de 2 Samuel 11, iremos entender o porquê desta oração, ele havia cometido dois pecados contra Deus (Assassinato e Adultério), porém quando ele ora desta forma Deus o perdoa, a bíblia diz “Que Deus joga no mar do esquecimento os nossos pecados e deles não se lembra mais.”
Oração de Daniel: Reconhecimento – Dan. 9.5 “Pecamos, e cometemos iniqüidades, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos.” Toda esta oração é um reconhecimento de alguém que teve uma revelação divina dos tempos, sabendo ele, as deficiências do seu povo começa a orar num ato de humilhação, reconhecimento e suplica por todo o seu povo, Deus com certeza ouviu e atendeu a esta oração, vemos isto com o grande livramento que Deus concedeu aquele povo.
A bíblia tem um versículo que gostaria de compartilhar com vocês: Isaias 59.1 “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir.”
Oração de Cornelio: Ação – Atos 10.2 “piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de CONTINUO orava a Deus.”
Oração do Fariseu: Prepotência e Orgulho – Lc 18.11-1 “O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.” Esta oração quando se ler, podemos até pensar que já não existe mais, e é ai que nos enganamos, pois ainda hoje a pessoas que se portam como os fariseus querendo com todo orgulho e prepotência alcançar os céus porem Deus, não se atenta para uma oração assim, muitos hoje tem colocado o seu EGO, achando que conseguem alcançar o Céu com seus atos, a bíblia nos ensina que não é por nossas obras e sim pela graça que somos salvos.
A oração que agrada a Deus com certeza tem: Humildade, Sinceridade, Intercessão, Reconhecimento dos erros e pecados, Pedido de perdão e Suplica. Quando alcançamos este nível de oração pode ter certeza que Deus vai ouvi-lo e responde-lo, No texto de Crônicas vemos a resposta imediata à oração de Salomão: 2 Crônicas 7.14 “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.”
A BÍBLIA
A BÍBLIA
Um sábio examinou minuciosamente a Bíblia e faz a seguinte indagação: De onde será que ela procede
Em princípio ele obteve quatro alternativas: de homens maus, de homens bons, de Deus ou do diabo. Prosseguindo em seu raciocínio, concluiu que de homens maus não procedia, afinal eles têm aversão ao bem, conseqüentemente, odeiam a Deus. Continuando, inferiu que de homens bons também não se originava, pois os bons não costumam mentir. Como poderiam então escrever: “Assim diz o Senhor”? Dando seguimento às suas ponderações, o sábio considerou que, pelo fato da Bíblia registrar sempre a supremacia do bem, seria inconcebível a idéia de que um ser maligno a escrevesse. Ademais, o diabo jamais escreveria sobre seu destino final no “lago de fogo e enxofre.” O sábio chegou então a seguinte conclusão: a Bíblia, embora escrita por mãos humanas, era realmente de procedência divina.
MORAL DA HISTÓRIA
Quanto mais o homem examina as verdades bíblicas, mais ele descobre que seu conteúdo é verdadeiramente divino. Como afirmou Isaac Newton: “Todas as descobertas humanas parecem ter sido feita com o único propósito de confirmar cada vez mais fortemente as verdades contidas nas Sagradas Escrituras.”.
“QUE MEU DEUS, O SENHOR DOS EXERCITOS, O GUERREIRO DE ISRAEL, PAI DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, DERRAME BENÇÃOS SEM MEDIDAS EM SUA VIDA”
BPO. MOISÉS GOMES
Um sábio examinou minuciosamente a Bíblia e faz a seguinte indagação: De onde será que ela procede
Em princípio ele obteve quatro alternativas: de homens maus, de homens bons, de Deus ou do diabo. Prosseguindo em seu raciocínio, concluiu que de homens maus não procedia, afinal eles têm aversão ao bem, conseqüentemente, odeiam a Deus. Continuando, inferiu que de homens bons também não se originava, pois os bons não costumam mentir. Como poderiam então escrever: “Assim diz o Senhor”? Dando seguimento às suas ponderações, o sábio considerou que, pelo fato da Bíblia registrar sempre a supremacia do bem, seria inconcebível a idéia de que um ser maligno a escrevesse. Ademais, o diabo jamais escreveria sobre seu destino final no “lago de fogo e enxofre.” O sábio chegou então a seguinte conclusão: a Bíblia, embora escrita por mãos humanas, era realmente de procedência divina.
MORAL DA HISTÓRIA
Quanto mais o homem examina as verdades bíblicas, mais ele descobre que seu conteúdo é verdadeiramente divino. Como afirmou Isaac Newton: “Todas as descobertas humanas parecem ter sido feita com o único propósito de confirmar cada vez mais fortemente as verdades contidas nas Sagradas Escrituras.”.
“QUE MEU DEUS, O SENHOR DOS EXERCITOS, O GUERREIRO DE ISRAEL, PAI DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, DERRAME BENÇÃOS SEM MEDIDAS EM SUA VIDA”
BPO. MOISÉS GOMES
PROJETO CELESTIAL, FAÇA PARTE
Texto: Neemias 1
O projeto Celestial, é um projeto divino que tem como objetivo, segundo a profecia de Jeremias, trazer o povo de volta à Jerusalém após 70 anos de cativeiro.
Para tanto, levantou homens dedicados, que liderariam o povo, entre eles estava Neemias.
O livro de Neemias nos mostra um homem capacitado, responsável, que ama seu povo e temente ao Senhor. Foi este homem que o Senhor usou para RESTAURAR vidas e levantar muros, vencer inimigos e glorificar o Nome do Senhor. Veja algumas qualidades do homem que Deus usou para o Seu projeto Celestial: Compaixão, Cooperação, Confiança e Coragem.
COMPAIXÃO – Demonstrou interesse pelo seu povo (vs 3) e suas raízes (Jerusalém). Mesmo longe de Jerusalém não esquece de seus irmãos e o local da adoração.
O crente em Jesus deve ser conhecido por um coração que é movido por compaixão. Como seria possível crentes indiferentes a necessidade de seus irmãos e da sua igreja(onde começou sua verdadeira historia)?
Tal indiferença vem quando já temos nos afastado de Deus.
O crente em Jesus vive o Projeto de Deus que é RESTAURAR nossas vidas e nos usar na restauração de outros.
A pessoa que Deus usa é capaz de se arrepender: “...eu e a casa de meu pai temos pecado”(vs 6 e 7), temos abandonado o Projeto de Deus.
COOPERAÇÃO – Só Deus pode realizar a Sua própria obra, somos apenas cooperadores (1Cor 3.9). Na obra de Deus somos cooperadores e não expectadores. O negligente se esconde, só vê defeitos, difama, dá desculpas absurdas, fica de longe e indiferente. “O Senhor fará diferença entre quem o serve e quem não O serve” (Mal. 3.18).
Atos 2.44 Diz que havia profunda convivência e cooperação entre os irmãos.
Você tem sido um cooperador (a) de Deus ou apenas um membro sem responsabilidade com a obra de Deus? Cooperar é considerar que o Projeto de Deus é o meu principal projeto de vida (Fil 1.6).
3. CONFIANÇA – É a fé inabalável de que o Senhor cumprirá o que tem prometido. Neemias demonstrou ser homem de fé: “...chorei, lamentei, jejuei e orei”(vs4); Temor de Deus e amor à Palavra e à Aliança (vs 5); homem de oração e capaz de confessar seu pecado (vs 6) Aquele que confia tem medo e temor de sair fora da vontade de Deus.
4. CORAGEM – Neemias, coopeiro do Rei, colocou a vontade de Deus acima de sua posição. O funcionário do Rei deveria ter rosto alegre e vestir-se impecavelmente, caso contrario seria castigado com a morte. A compaixão de Neemias o denuncia perante o Rei e declara: “Amo meu povo e não posso estar feliz diante da necessidade deles (vs 3).
Tinha a convicção de estar fazendo a vontade do verdadeiro REI, daí a sua coragem. Existem pessoas que insistem em fazer sua própria vontade, mesmo contrariando a vontade do PAI. Deus permite que encontrem o que desejam e ai dizem: “ah, Senhor se não for da Tua vontade...”
Não ter coragem de esperar pela vontade do Senhor nos trará prejuízos. Espere por ELE, o Senhor tem o melhor para sua vida.
Por causa de sua coragem, Neemias não comprometeu o Projeto de Deus.
Tenha coragem! O lugar em que Deus te colocou é onde sua historia está sendo escrita. Frutifique neste lugar. Os corajosos dependem de Deus, enquanto os fracos vivem procurando outros caminhos.
A RESTAURAÇÃO de vidas não é algo fácil para nós, porém o Senhor entende muito bem. O interesse dele é nos usar, porém teremos que ser RESTAURADO primeiro e isso as vezes dói... você está disposto? Neste caminho teremos que viver a Compaixão, a Cooperação, a Confiança e a Coragem.
Fomos alcançados para uma aventura de fé e vitória em nome de JESUS.
O projeto Celestial, é um projeto divino que tem como objetivo, segundo a profecia de Jeremias, trazer o povo de volta à Jerusalém após 70 anos de cativeiro.
Para tanto, levantou homens dedicados, que liderariam o povo, entre eles estava Neemias.
O livro de Neemias nos mostra um homem capacitado, responsável, que ama seu povo e temente ao Senhor. Foi este homem que o Senhor usou para RESTAURAR vidas e levantar muros, vencer inimigos e glorificar o Nome do Senhor. Veja algumas qualidades do homem que Deus usou para o Seu projeto Celestial: Compaixão, Cooperação, Confiança e Coragem.
COMPAIXÃO – Demonstrou interesse pelo seu povo (vs 3) e suas raízes (Jerusalém). Mesmo longe de Jerusalém não esquece de seus irmãos e o local da adoração.
O crente em Jesus deve ser conhecido por um coração que é movido por compaixão. Como seria possível crentes indiferentes a necessidade de seus irmãos e da sua igreja(onde começou sua verdadeira historia)?
Tal indiferença vem quando já temos nos afastado de Deus.
O crente em Jesus vive o Projeto de Deus que é RESTAURAR nossas vidas e nos usar na restauração de outros.
A pessoa que Deus usa é capaz de se arrepender: “...eu e a casa de meu pai temos pecado”(vs 6 e 7), temos abandonado o Projeto de Deus.
COOPERAÇÃO – Só Deus pode realizar a Sua própria obra, somos apenas cooperadores (1Cor 3.9). Na obra de Deus somos cooperadores e não expectadores. O negligente se esconde, só vê defeitos, difama, dá desculpas absurdas, fica de longe e indiferente. “O Senhor fará diferença entre quem o serve e quem não O serve” (Mal. 3.18).
Atos 2.44 Diz que havia profunda convivência e cooperação entre os irmãos.
Você tem sido um cooperador (a) de Deus ou apenas um membro sem responsabilidade com a obra de Deus? Cooperar é considerar que o Projeto de Deus é o meu principal projeto de vida (Fil 1.6).
3. CONFIANÇA – É a fé inabalável de que o Senhor cumprirá o que tem prometido. Neemias demonstrou ser homem de fé: “...chorei, lamentei, jejuei e orei”(vs4); Temor de Deus e amor à Palavra e à Aliança (vs 5); homem de oração e capaz de confessar seu pecado (vs 6) Aquele que confia tem medo e temor de sair fora da vontade de Deus.
4. CORAGEM – Neemias, coopeiro do Rei, colocou a vontade de Deus acima de sua posição. O funcionário do Rei deveria ter rosto alegre e vestir-se impecavelmente, caso contrario seria castigado com a morte. A compaixão de Neemias o denuncia perante o Rei e declara: “Amo meu povo e não posso estar feliz diante da necessidade deles (vs 3).
Tinha a convicção de estar fazendo a vontade do verdadeiro REI, daí a sua coragem. Existem pessoas que insistem em fazer sua própria vontade, mesmo contrariando a vontade do PAI. Deus permite que encontrem o que desejam e ai dizem: “ah, Senhor se não for da Tua vontade...”
Não ter coragem de esperar pela vontade do Senhor nos trará prejuízos. Espere por ELE, o Senhor tem o melhor para sua vida.
Por causa de sua coragem, Neemias não comprometeu o Projeto de Deus.
Tenha coragem! O lugar em que Deus te colocou é onde sua historia está sendo escrita. Frutifique neste lugar. Os corajosos dependem de Deus, enquanto os fracos vivem procurando outros caminhos.
A RESTAURAÇÃO de vidas não é algo fácil para nós, porém o Senhor entende muito bem. O interesse dele é nos usar, porém teremos que ser RESTAURADO primeiro e isso as vezes dói... você está disposto? Neste caminho teremos que viver a Compaixão, a Cooperação, a Confiança e a Coragem.
Fomos alcançados para uma aventura de fé e vitória em nome de JESUS.
O AMOR, A MARCA DA IGREJA DE CRISTO
1Co 1.1-9 “Paulo, chamado para ser apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus, e o irmão Sóstenes, à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso. Graça seja convosco, e paz, da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Sempre dou graças a Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi dada em Cristo Jesus; porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda palavra e em todo o conhecimento, assim como o testemunho de Cristo foi confirmado entre vós; de maneira que nenhum dom vos falta, enquanto aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual também vos confirmará até o fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor”.
Por esse texto inicial da carta à Igreja de Corinto, parece que Paulo encontrou a igreja ideal, a igreja perfeita - se é que existe aqui na terra. Paulo diz que, eles foram chamados para serem santos, foram enriquecidos por Deus em tudo. Na igreja de Corinto, não falta nenhum dom. Veja bem, nessa igreja, Paulo identificou os nove dons, inclusive o dom de maravilhas, que é raro de ser visto nas igrejas. Então, pelo início da carta os membros dessa igreja se aperfeiçoaram em tudo o que deve ser feito para que uma igreja viva segunda a vontade de Deus. Mas será que é assim que funciona? Vamos verificar na segunda parta do primeiro capítulo da carta.
1Co 1.10-12 “Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que sejais concordes no falar, e que não haja dissensões entre vós; antes sejais unidos no mesmo pensamento e no mesmo parecer. Pois a respeito de vós, irmãos meus, fui informado pelos da família de Cloé que há contendas entre vós. Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo; ou, Eu de Apolo; ou Eu sou de Cefas; ou, Eu de Cristo”.
Então, na igreja que no início da carta parecia perfeita, há contendas e divisões entre os irmãos. E esta informação, Paulo recebeu de pessoas que não pediram segredo, pessoas da confiança do apóstolo, como ele citou: a família de Cloé. As divisões eram grandes, existiam várias “igrejas” dentro da Igreja. Exista dentro da Igreja de Corinto a “igreja de Paulo”, a “igreja de Apolo”, a “igreja de Pedro” e a “igreja de Jesus”. E se continuarmos na leitura desta carta, veremos que existem problemas de todo tipo, como por exemplo, filho que namora com a esposa do pai (1Co 5.1).
Mas porque então Paulo inicia a carta elogiando os irmãos, se havia tantos problemas? Que podemos tirar de lição nos pontos iniciais dessa carta? Nesta carta nós podemos aprender uma grande lição, lição que deve nortear nosso comportamento. A lição é esta: se eu quero amar alguém, tenho que ver primeiro nele às qualidades. Temos que conhecer o que cada pessoa tem de positivo. Se Paulo iniciasse a carta, falando dos problemas da igreja, os elogios seriam colocados como coisa menor, ou nem seriam notados. Sempre, devemos colocar em primeiro lugar o que é mais importante, e para Paulo o mais importante eram as qualidades dos membros da igreja. Podemos aprender também que não existe igreja perfeita. Mesmo numa igreja que a presença de Deus seja abundante, mesmo com tantas pessoas cheias do Espírito Santo, os problemas também estarão lá. Se estivermos procurando uma igreja sem defeitos, onde tudo seja dentro de uma perfeição milimétrica, só a encontraremos na Glória.
Se ao conhecer alguém, procurarmos ver logo seus pontos negativos - que todo mundo tem, será difícil nascer amor em nós por essa pessoa. O que aprendemos na carta é que os defeitos dos nossos irmãos devem ser vistos e soluções devem ser apresentadas para eles, mas que em primeiro lugar, devem ser vistas as qualidades. Agindo dessa maneira o amor que deve haver entre os membros da Igreja de Cristo, será uma realidade e não uma falsidade. E este amor vai fazer com que nossa Igreja tenha crescimento, porque o Senhor Deus - que é quem acrescenta pessoas a seu Reino através da Igreja, não teria prazer em enviar pessoas para uma comunidade onde não reine o amor. Porque Deus é amor, e uma das marcas da Igreja de Cristo, deve ser o amor.
Por esse texto inicial da carta à Igreja de Corinto, parece que Paulo encontrou a igreja ideal, a igreja perfeita - se é que existe aqui na terra. Paulo diz que, eles foram chamados para serem santos, foram enriquecidos por Deus em tudo. Na igreja de Corinto, não falta nenhum dom. Veja bem, nessa igreja, Paulo identificou os nove dons, inclusive o dom de maravilhas, que é raro de ser visto nas igrejas. Então, pelo início da carta os membros dessa igreja se aperfeiçoaram em tudo o que deve ser feito para que uma igreja viva segunda a vontade de Deus. Mas será que é assim que funciona? Vamos verificar na segunda parta do primeiro capítulo da carta.
1Co 1.10-12 “Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que sejais concordes no falar, e que não haja dissensões entre vós; antes sejais unidos no mesmo pensamento e no mesmo parecer. Pois a respeito de vós, irmãos meus, fui informado pelos da família de Cloé que há contendas entre vós. Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo; ou, Eu de Apolo; ou Eu sou de Cefas; ou, Eu de Cristo”.
Então, na igreja que no início da carta parecia perfeita, há contendas e divisões entre os irmãos. E esta informação, Paulo recebeu de pessoas que não pediram segredo, pessoas da confiança do apóstolo, como ele citou: a família de Cloé. As divisões eram grandes, existiam várias “igrejas” dentro da Igreja. Exista dentro da Igreja de Corinto a “igreja de Paulo”, a “igreja de Apolo”, a “igreja de Pedro” e a “igreja de Jesus”. E se continuarmos na leitura desta carta, veremos que existem problemas de todo tipo, como por exemplo, filho que namora com a esposa do pai (1Co 5.1).
Mas porque então Paulo inicia a carta elogiando os irmãos, se havia tantos problemas? Que podemos tirar de lição nos pontos iniciais dessa carta? Nesta carta nós podemos aprender uma grande lição, lição que deve nortear nosso comportamento. A lição é esta: se eu quero amar alguém, tenho que ver primeiro nele às qualidades. Temos que conhecer o que cada pessoa tem de positivo. Se Paulo iniciasse a carta, falando dos problemas da igreja, os elogios seriam colocados como coisa menor, ou nem seriam notados. Sempre, devemos colocar em primeiro lugar o que é mais importante, e para Paulo o mais importante eram as qualidades dos membros da igreja. Podemos aprender também que não existe igreja perfeita. Mesmo numa igreja que a presença de Deus seja abundante, mesmo com tantas pessoas cheias do Espírito Santo, os problemas também estarão lá. Se estivermos procurando uma igreja sem defeitos, onde tudo seja dentro de uma perfeição milimétrica, só a encontraremos na Glória.
Se ao conhecer alguém, procurarmos ver logo seus pontos negativos - que todo mundo tem, será difícil nascer amor em nós por essa pessoa. O que aprendemos na carta é que os defeitos dos nossos irmãos devem ser vistos e soluções devem ser apresentadas para eles, mas que em primeiro lugar, devem ser vistas as qualidades. Agindo dessa maneira o amor que deve haver entre os membros da Igreja de Cristo, será uma realidade e não uma falsidade. E este amor vai fazer com que nossa Igreja tenha crescimento, porque o Senhor Deus - que é quem acrescenta pessoas a seu Reino através da Igreja, não teria prazer em enviar pessoas para uma comunidade onde não reine o amor. Porque Deus é amor, e uma das marcas da Igreja de Cristo, deve ser o amor.
O Sacerdote
O pastor é apenas um dos cargos eclesiásticos que existem no cristianismo. Além dele, existem também o bispo, o apóstolo, o reverendo, etc. Mas será que existe diferença entre os quatro? E em relação a hierarquia, quem está acima? No início do cristianismo, era a igualdade. Na vida andarilha, à margem das regras religiosas, os seguidores de Jesus viam a autoridade fluir naturalmente do carisma do Mestre e aquilo era o bastante. Quando “dois ou três” se reuniam em seu nome, qualquer conflito ou divergência podia ser resolvido por um membro da comunidade, fosse ele homem ou mulher. Como lembra o historiador e teólogo luterano Martin Dreher, em A Igreja no Império Romano, “Jesus não é patriarcal, e as tradições evangélicas também não”. Naquela atividade missionária que encarnava a esperança da transformação do mundo, onde eram eliminadas as diferenças raciais, sociais e de gênero – não havia dominadores nem dominados –, Dreher encontra a base para a aceitação da mulher “como discípula, apóstola, teóloga e presbítera”. Só depois, o apóstolo Paulo, tentando adaptar a fé cristã ao patriarcado vigente na cultura greco-romana, sugeriu que a mulher entrasse em submissão, recebendo como compensação o amor do marido. Estava lançado o “patriarcado do amor” e o homem tornou-se a primeira autoridade religiosa do cristianismo.
Os sistemas de um governo religioso foram se sofisticando com a institucionalização da igreja. Surgiram as autoridades eclesiásticas, numa hierarquização crescente que desaguou no episcopado monárquico por volta do ano 140, ou seja, a liderança da comunidade centrada em uma só pessoa, o bispo. O título de bispo, que permaneceu muito ativo entre os católicos romanos, tornou-se raro na Reforma. Na passagem para o século 20, apenas a Igreja Anglicana e sua dissidente, a Metodista, incorporavam o bispado, enquanto que outras igrejas jamais viriam a adotá-lo. Se os evangélicos parecem ter se acostumado com os bispos, agora é a vez dos apóstolos se multiplicarem nos púlpitos e nos meios de comunicação. Em Efésios 2, está registrado que a família de Deus é edificada sobre “o fundamento dos apóstolos e profetas”, dons que encabeçam a lista dos serviços ministeriais citados na mesma epístola. Se para alguns teólogo, isto significa que “os ensinos doutrinários dos apóstolos estão ligados ao momento de fundação da igreja” e que “apóstolos são somente aqueles que estiveram com Jesus (incluindo Paulo)”, para outros, “o apóstolo continua sendo a função mais importante da vida da igreja”. Para eles, que acumulam este ministério com o cargo de bispo primaz da Igreja, “assim como foi necessário ungir no passado apóstolos e profetas, Deus o faz de novo por uma urgente necessidade de expansão do Reino, trazendo revelações às nações, porque os tempos do fim se aproximam”. O termo “pastor”, como significando uma função nas igrejas protestantes e evangélicas dos nossos dias, não me parece que haja boa base bíblica neotestamentária para definir o termo. Essa palavra aparece várias vezes no Novo Testamento, quase sempre referindo-se ao pastor das ovelhas. Algumas vezes, Cristo serve-se dessa alegoria para expressar o que deve ser o crente com responsabilidade nas igrejas. Não vamos mencionar as passagens que se referem aos pastores do campo, sem nenhum outro significado, como no caso dos vulgares pastores a quem os anjos apareceram quando Jesus nasceu. Mas vejamos as seguintes passagens.
Mateus 9:36 É uma alegoria em que se compara o pastor das ovelhas à ação do pastor na igreja.
João 10:1/16 Esta é a principal passagem, em que Cristo se identifica como o Pastor das ovelhas e a Porta do aprisco das ovelhas. Enquanto o verdadeiro pastor dá a sua vida pelas ovelhas, o mercenário foge quando há perigo, ou como diríamos nos nossos dias, quando o dinheiro da igreja se acaba, ou outra igreja que lhe oferece melhor salário.
Mateus 25:32, Mateus 26:31, Hebreus 13:20, I Pedro 2:25, I Pedro 5:4 Onde vemos Cristo como o Pastor da IgrejaEfésios 4:11 Esta passagem refere-se nitidamente ao cargo de pastor na Igreja
Judas 1:12 Refere-se aos falsos pastores.
Podemos também examinar o que as Escrituras nos dizem sobre “pastorear” ou “apascentar”.
Mateus 2:6 Refere-se a Cristo como Pastor do povo de Israel.
I Pedro 5:1/2 Pedro incentiva os anciãos como ele, a apascentar o rebanho do Senhor. Podemos concluir, que não há uma definição com rigor jurídico, do que seja um “pastor” numa igreja cristã. Inicialmente, era uma simples alegoria, em que Cristo se comparou a Ele próprio com um pastor.
Já durante época dos apóstolos, o termo “pastor”, foi aplicado aos dirigentes das igrejas, mas certamente sem a pesada carga teológica que adquiriu através dos tempos.
O apóstolo Pedro, na última passagem que mencionámos (I Pedro 5:1/2), é bem claro ao afirmar:
1. Aos anciãos, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:
2. Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade;
Pedro não se apresenta com qualquer privilégio da sua parte, mas ele se identifica como simples ancião (ou presbítero), assim como muitos outros que havia certamente em todas as igrejas do primitivo cristianismo. Ele incentiva os anciãos, ou idosos, ou pessoas experientes a apascentar, ou pastorear o rebanho de Deus. Assim, Pedro considera todos os crentes, experientes e aptos para o ensino, como pastores. O dom ministerial de apóstolo tem sido motivo de algumas interpretações. Vamos tomar conhecimento do que dizem os dicionários a respeito desse assunto polêmico. (01) "Apóstolo (do grego apóstolos, enviado). Originário do grego, este vocábulo pode ser encontrado 79 vezes no Novo Testamento. Literalmente, significa: enviado. A princípio, era considerado apóstolo somente aquele que pertencia ao grupo dos doze. Mais tarde, com o desenvolvimento da Igreja, vemos Paulo defender, diante dos gálatas, sua autoridade apostólica. Em suas cartas, ele assim identifica-se: "Paulo, apóstolo de nosso Senhor Jesus Cristo". Além de Paulo, outros obreiros foram considerados como tais. E, hoje, temos apóstolos? Sendo um dom ministerial, segundo lemos em Efésios 4.8, podemos afirmar com segurança que os apóstolos jamais estiveram ausentes da Igreja. Embora não mais recebam o mesmo título, continuam a realizar o mesmo trabalho daqueles campeões que espalharam, de Jerusalém, a mensagem do Cristo. Como não considerar apóstolos a William Carey, ou a Daniel Berg e Gunnar Vingrem? Missionários, ou apóstolos, estes heróis de Deus continuam ativos na expansão do Reino" (Dicionário Teológico, Claudionor C. de Andrade). (02) "APÓSTOLO - Nome dos homens escolhidos por Jesus para serem testemunhas de vista dos acontecimentos de sua vida, para vê-lo depois de Sua ressurreição e dar testemunho dele à humanidade (Mt 10.2-42; At 1.21-22; 1 Co 9.1. Foram escolhidos sucessivamente, logo no princípio da vida pública do Salvador. Os apóstolos eram tidos como homens iletrados pelas altas dignidades judaicas, que tiveram diante de si a Pedro e a João (At 4.13). Nenhum deles possuía grau elevado de cultura. Jesus deu grande atenção ao seu preparo espiritual; ainda assim, até aos últimos dias, não tinham compreendido a missão de Cristo, acreditando que Ele dia estabelecer um reino temporal (Mt 20.20-28; Mc 10.35-45; At 1.6), dormiam na hora de sua angústia no Jardim (Mt 26.40) e o abandonaram no momento de Sua morte (Mt 26.56); Mc 14.50). Também eram chamados discípulos (Mt 11.1); 14.26; 20.17; Jo 20.2). Pedro, Tiago, filhos de Zebedeu, e João, possuíam compreensão mais clara das instruções do Mestre e o apreciavam melhor. Em três ocasiões diferentes se destacaram dos outros em privilégios especiais... As medidas tomadas para preencher o lugar vago no apostolado indicam que o número dos apóstolos fixados originariamente em doze, devia ser conservado, pelo motivo que este número correspondia ao número das doze tribos de Israel. Havia dois homens que possuíam as qualidades necessárias para serem eleitos, eram José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e Matias. A sorte caiu sobre este que foi eleito em lugar de Judas (At 1.15-26; comp.com o v. 20 e Salmo 109.8). A descida do Espírito Santo no dia de Pentecoste produziu transformação espiritual nos apóstolos, habilitando-os para a grande obra para a qual haviam sido chamados - a evangelização do mundo (At 2.1-47). Paulo foi divinamente escolhido e chamado para a árdua tarefa de pregar o Evangelho aos gentios (At 9.1-31; 26.1-20). Não andou com Jesus enquanto esteve na terra, mas alcançou as qualidades apostólicas por tê-lo visto depois da sua ressurreição. Ele podia dizer como disse em sua carta aos Coríntios: Não sou eu apóstolo? Não vi eu a Nosso Senhor Jesus Cristo? (1 Co 9.11). Todos foram fiéis até à morte, e alguns, pelo menos, senão a maioria, selaram o seu testemunho de Jesus com o sacrifício de seu próprio sangue. A palavra apóstolo é aplicada, em sentido menos restrito em o Novo Testamento, a homens que possuíam dons apostólicos. Neste caso está, por exemplo, Barnabé, que foi companheiro de Paulo (At 13.3; 14.4-14). Este nome também é aplicado a Jesus, em Hebreus 3.1" (Dicionário da Bíblia, John D. Davis). Um bispo (do grego antigo επίσκοπος, "inspetor", "supervisor") é um título religioso presente em diversas confissões cristãs, tendo cada uma o seu conceito e suas tradições específicas. Antes do Cristianismo, o termo era utilizado para designar todo tipo de administrador (melhor tradução) nos domínios civil, financeiro, militar e judiciário. A Igreja Metodista, assim como as Igrejas Anglicanas, também é Episcopal em sua forma de governo. No entanto os bispos não são uma ordem especial ou diferente da ordem presbiteral. O bispo é apenas "primus inter pares". No metodismo, o episcopado surgiu na Conferência de Natal de 1784, que Fundou a Igreja Episcopal Metodista, em Baltimore, nos Estados Unidos. No Brasil, o primeiro bispo só foi eleito em 1930, ano da autonomia da Igreja Metodista do Brasil e em 1934 foi eleito o primeiro bispo metodista brasileiro, Rev. Cesar Dacorso Filho. Atualmente, os bispos compõem o chamado Colégio Episcopal. O episcopado na Igreja Metodista brasileira não é vitalício. E as tendências de Roma? Ah, essas me preocupam muito mais porque vêm sendo disseminadas como um rolo compressor e encontram terreno fértil para prosperar na ambição pelo poder que nossa alma costuma manifestar. A supervalorização dos títulos e das hierarquias é impressionante! Hoje no Brasil, termos como “bispo” e “apóstolo” deixaram de ter a conotação bíblica de ofício e ministério específico que Deus distribui soberanamente a alguns homens para se tornar uma espécie de condecoração, de honra ao mérito ou reconhecimento de poder (nem sempre espiritual, às vezes, meramente político). No começo não era assim. Quando a igreja nasceu em Jerusalém e enquanto durou a geração dos primeiros apóstolos, títulos não recebiam nenhuma ênfase. Em nenhum lugar na sua Bíblia você vai encontrar termos como “pastor”, “bispo”, “apóstolo”, “reverendo” precedendo o nome de quem quer que seja. Procure em sua chave bíblica a expressão “Apóstolo Paulo” ou “Bispo Timóteo”. Não encontrará! Não é que esses termos não fossem usados. É que não tinham a conotação de hierarquia e muito menos de pronome de tratamento que a eles se dá hoje. Eram simplesmente designações de função no meio do povo de Deus. Quando lemos: “Paulo, apóstolo de Jesus Cristo...”, estamos simplesmente vendo um homem definir seu ministério no corpo, sua função itinerante de implantador de igrejas e consolidador das obras nascidas sob seu serviço. Não envolvia pompa ou direito a “carteiradas”. Aliás, é chocante comparar a descrição de Paulo sobre esse ministério e o que se vê hoje como padrão. Tente: “Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens. Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, nobres, e nós, desprezíveis.
Os sistemas de um governo religioso foram se sofisticando com a institucionalização da igreja. Surgiram as autoridades eclesiásticas, numa hierarquização crescente que desaguou no episcopado monárquico por volta do ano 140, ou seja, a liderança da comunidade centrada em uma só pessoa, o bispo. O título de bispo, que permaneceu muito ativo entre os católicos romanos, tornou-se raro na Reforma. Na passagem para o século 20, apenas a Igreja Anglicana e sua dissidente, a Metodista, incorporavam o bispado, enquanto que outras igrejas jamais viriam a adotá-lo. Se os evangélicos parecem ter se acostumado com os bispos, agora é a vez dos apóstolos se multiplicarem nos púlpitos e nos meios de comunicação. Em Efésios 2, está registrado que a família de Deus é edificada sobre “o fundamento dos apóstolos e profetas”, dons que encabeçam a lista dos serviços ministeriais citados na mesma epístola. Se para alguns teólogo, isto significa que “os ensinos doutrinários dos apóstolos estão ligados ao momento de fundação da igreja” e que “apóstolos são somente aqueles que estiveram com Jesus (incluindo Paulo)”, para outros, “o apóstolo continua sendo a função mais importante da vida da igreja”. Para eles, que acumulam este ministério com o cargo de bispo primaz da Igreja, “assim como foi necessário ungir no passado apóstolos e profetas, Deus o faz de novo por uma urgente necessidade de expansão do Reino, trazendo revelações às nações, porque os tempos do fim se aproximam”. O termo “pastor”, como significando uma função nas igrejas protestantes e evangélicas dos nossos dias, não me parece que haja boa base bíblica neotestamentária para definir o termo. Essa palavra aparece várias vezes no Novo Testamento, quase sempre referindo-se ao pastor das ovelhas. Algumas vezes, Cristo serve-se dessa alegoria para expressar o que deve ser o crente com responsabilidade nas igrejas. Não vamos mencionar as passagens que se referem aos pastores do campo, sem nenhum outro significado, como no caso dos vulgares pastores a quem os anjos apareceram quando Jesus nasceu. Mas vejamos as seguintes passagens.
Mateus 9:36 É uma alegoria em que se compara o pastor das ovelhas à ação do pastor na igreja.
João 10:1/16 Esta é a principal passagem, em que Cristo se identifica como o Pastor das ovelhas e a Porta do aprisco das ovelhas. Enquanto o verdadeiro pastor dá a sua vida pelas ovelhas, o mercenário foge quando há perigo, ou como diríamos nos nossos dias, quando o dinheiro da igreja se acaba, ou outra igreja que lhe oferece melhor salário.
Mateus 25:32, Mateus 26:31, Hebreus 13:20, I Pedro 2:25, I Pedro 5:4 Onde vemos Cristo como o Pastor da IgrejaEfésios 4:11 Esta passagem refere-se nitidamente ao cargo de pastor na Igreja
Judas 1:12 Refere-se aos falsos pastores.
Podemos também examinar o que as Escrituras nos dizem sobre “pastorear” ou “apascentar”.
Mateus 2:6 Refere-se a Cristo como Pastor do povo de Israel.
I Pedro 5:1/2 Pedro incentiva os anciãos como ele, a apascentar o rebanho do Senhor. Podemos concluir, que não há uma definição com rigor jurídico, do que seja um “pastor” numa igreja cristã. Inicialmente, era uma simples alegoria, em que Cristo se comparou a Ele próprio com um pastor.
Já durante época dos apóstolos, o termo “pastor”, foi aplicado aos dirigentes das igrejas, mas certamente sem a pesada carga teológica que adquiriu através dos tempos.
O apóstolo Pedro, na última passagem que mencionámos (I Pedro 5:1/2), é bem claro ao afirmar:
1. Aos anciãos, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:
2. Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade;
Pedro não se apresenta com qualquer privilégio da sua parte, mas ele se identifica como simples ancião (ou presbítero), assim como muitos outros que havia certamente em todas as igrejas do primitivo cristianismo. Ele incentiva os anciãos, ou idosos, ou pessoas experientes a apascentar, ou pastorear o rebanho de Deus. Assim, Pedro considera todos os crentes, experientes e aptos para o ensino, como pastores. O dom ministerial de apóstolo tem sido motivo de algumas interpretações. Vamos tomar conhecimento do que dizem os dicionários a respeito desse assunto polêmico. (01) "Apóstolo (do grego apóstolos, enviado). Originário do grego, este vocábulo pode ser encontrado 79 vezes no Novo Testamento. Literalmente, significa: enviado. A princípio, era considerado apóstolo somente aquele que pertencia ao grupo dos doze. Mais tarde, com o desenvolvimento da Igreja, vemos Paulo defender, diante dos gálatas, sua autoridade apostólica. Em suas cartas, ele assim identifica-se: "Paulo, apóstolo de nosso Senhor Jesus Cristo". Além de Paulo, outros obreiros foram considerados como tais. E, hoje, temos apóstolos? Sendo um dom ministerial, segundo lemos em Efésios 4.8, podemos afirmar com segurança que os apóstolos jamais estiveram ausentes da Igreja. Embora não mais recebam o mesmo título, continuam a realizar o mesmo trabalho daqueles campeões que espalharam, de Jerusalém, a mensagem do Cristo. Como não considerar apóstolos a William Carey, ou a Daniel Berg e Gunnar Vingrem? Missionários, ou apóstolos, estes heróis de Deus continuam ativos na expansão do Reino" (Dicionário Teológico, Claudionor C. de Andrade). (02) "APÓSTOLO - Nome dos homens escolhidos por Jesus para serem testemunhas de vista dos acontecimentos de sua vida, para vê-lo depois de Sua ressurreição e dar testemunho dele à humanidade (Mt 10.2-42; At 1.21-22; 1 Co 9.1. Foram escolhidos sucessivamente, logo no princípio da vida pública do Salvador. Os apóstolos eram tidos como homens iletrados pelas altas dignidades judaicas, que tiveram diante de si a Pedro e a João (At 4.13). Nenhum deles possuía grau elevado de cultura. Jesus deu grande atenção ao seu preparo espiritual; ainda assim, até aos últimos dias, não tinham compreendido a missão de Cristo, acreditando que Ele dia estabelecer um reino temporal (Mt 20.20-28; Mc 10.35-45; At 1.6), dormiam na hora de sua angústia no Jardim (Mt 26.40) e o abandonaram no momento de Sua morte (Mt 26.56); Mc 14.50). Também eram chamados discípulos (Mt 11.1); 14.26; 20.17; Jo 20.2). Pedro, Tiago, filhos de Zebedeu, e João, possuíam compreensão mais clara das instruções do Mestre e o apreciavam melhor. Em três ocasiões diferentes se destacaram dos outros em privilégios especiais... As medidas tomadas para preencher o lugar vago no apostolado indicam que o número dos apóstolos fixados originariamente em doze, devia ser conservado, pelo motivo que este número correspondia ao número das doze tribos de Israel. Havia dois homens que possuíam as qualidades necessárias para serem eleitos, eram José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e Matias. A sorte caiu sobre este que foi eleito em lugar de Judas (At 1.15-26; comp.com o v. 20 e Salmo 109.8). A descida do Espírito Santo no dia de Pentecoste produziu transformação espiritual nos apóstolos, habilitando-os para a grande obra para a qual haviam sido chamados - a evangelização do mundo (At 2.1-47). Paulo foi divinamente escolhido e chamado para a árdua tarefa de pregar o Evangelho aos gentios (At 9.1-31; 26.1-20). Não andou com Jesus enquanto esteve na terra, mas alcançou as qualidades apostólicas por tê-lo visto depois da sua ressurreição. Ele podia dizer como disse em sua carta aos Coríntios: Não sou eu apóstolo? Não vi eu a Nosso Senhor Jesus Cristo? (1 Co 9.11). Todos foram fiéis até à morte, e alguns, pelo menos, senão a maioria, selaram o seu testemunho de Jesus com o sacrifício de seu próprio sangue. A palavra apóstolo é aplicada, em sentido menos restrito em o Novo Testamento, a homens que possuíam dons apostólicos. Neste caso está, por exemplo, Barnabé, que foi companheiro de Paulo (At 13.3; 14.4-14). Este nome também é aplicado a Jesus, em Hebreus 3.1" (Dicionário da Bíblia, John D. Davis). Um bispo (do grego antigo επίσκοπος, "inspetor", "supervisor") é um título religioso presente em diversas confissões cristãs, tendo cada uma o seu conceito e suas tradições específicas. Antes do Cristianismo, o termo era utilizado para designar todo tipo de administrador (melhor tradução) nos domínios civil, financeiro, militar e judiciário. A Igreja Metodista, assim como as Igrejas Anglicanas, também é Episcopal em sua forma de governo. No entanto os bispos não são uma ordem especial ou diferente da ordem presbiteral. O bispo é apenas "primus inter pares". No metodismo, o episcopado surgiu na Conferência de Natal de 1784, que Fundou a Igreja Episcopal Metodista, em Baltimore, nos Estados Unidos. No Brasil, o primeiro bispo só foi eleito em 1930, ano da autonomia da Igreja Metodista do Brasil e em 1934 foi eleito o primeiro bispo metodista brasileiro, Rev. Cesar Dacorso Filho. Atualmente, os bispos compõem o chamado Colégio Episcopal. O episcopado na Igreja Metodista brasileira não é vitalício. E as tendências de Roma? Ah, essas me preocupam muito mais porque vêm sendo disseminadas como um rolo compressor e encontram terreno fértil para prosperar na ambição pelo poder que nossa alma costuma manifestar. A supervalorização dos títulos e das hierarquias é impressionante! Hoje no Brasil, termos como “bispo” e “apóstolo” deixaram de ter a conotação bíblica de ofício e ministério específico que Deus distribui soberanamente a alguns homens para se tornar uma espécie de condecoração, de honra ao mérito ou reconhecimento de poder (nem sempre espiritual, às vezes, meramente político). No começo não era assim. Quando a igreja nasceu em Jerusalém e enquanto durou a geração dos primeiros apóstolos, títulos não recebiam nenhuma ênfase. Em nenhum lugar na sua Bíblia você vai encontrar termos como “pastor”, “bispo”, “apóstolo”, “reverendo” precedendo o nome de quem quer que seja. Procure em sua chave bíblica a expressão “Apóstolo Paulo” ou “Bispo Timóteo”. Não encontrará! Não é que esses termos não fossem usados. É que não tinham a conotação de hierarquia e muito menos de pronome de tratamento que a eles se dá hoje. Eram simplesmente designações de função no meio do povo de Deus. Quando lemos: “Paulo, apóstolo de Jesus Cristo...”, estamos simplesmente vendo um homem definir seu ministério no corpo, sua função itinerante de implantador de igrejas e consolidador das obras nascidas sob seu serviço. Não envolvia pompa ou direito a “carteiradas”. Aliás, é chocante comparar a descrição de Paulo sobre esse ministério e o que se vê hoje como padrão. Tente: “Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens. Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, nobres, e nós, desprezíveis.
OS PERIGOS QUE UM LIDER DEVE VIGIAR
TRÊS PERIGOS QUE "RONDAM" UM LÍDER...
Uma grande demonstração de amudurecimento é quando passamos a aprender com o erro de outros. E neste aspecto podemos aprender muitas coisas com Saul, o primeiro rei de Israel. Estudando a vida daquele rei, veremos três fatos que provocaram sua queda, e estes fatos continuam sendo os mesmos que, ainda hoje, têm sido os fatores responsáveis pela queda de muitos líderes.
Vamos fazer um pequeno retrospecto sobre a vida daquele rei.
Da tribo de Benjamim, foi escolhido por Deus para ser o primeiro rei de Israel. Era um homem de grande estatura e de grande presença no meio do povo. Dentro dos padrões que normalmente usamos para escolher um líder, podemos ver nele o homem perfeito. E, com certeza, foi assim com Israel.
Em seguida vemos Saul sendo divinamente designado para três coisas, podemos dizer que recebeu de Deus três ministérios: governar o povo(administrar as coisas do reino), liderar o povo nas guerras e profetizar, sendo que destes ministérios, o principal deles era governar.
Tudo ia bem, até o período em que os filisteus começaram a guerrear contra Israel. O texto que vamos analisar encontra-se em I Samuel, capítulo 13. Neste texto nos são reveladas as causas da queda de Saul. E toda liderança deveria estar atenta a estas causas!
Comecemos nossa análise pelo versículo 7; aqui vemos o povo indo até Saul em busca de socorro, de amparo, de uma decisão corajosa e encorajadora. Afinal de contas ele era o rei, e era natural que pelo fato do povo estar em apuros, todos esperavam que o rei pudesse ajudá-los. O líder não pode fracassar num momento de crise! Em Provérbios 24:10 está escrito: "Se te mostrares fraco no dia da angústia é que a tua força é pequena".
Isto é o que acontece ainda hoje, as pessoas, quase sempre, esperam grandes decisões de seus líderes; esperam soluções inovadoras e corajosas. Esperam que seus líderes sejam capazes de apresentar "qualidades para o governo"; esperam liderança firme para o combate, mas, sobretudo, que TENHAM UMA PALAVRA QUE VENHA DE DEUS, capaz de acalmar os seus corações, trazendo orientação e discernimento. O líder em que faltam estas qualidades, corre o risco de acabar cometendo os erros que Saul cometeu e que foram as causas de sua queda.
Os TRÊS PERIGOS QUE RONDAM UM LÍDER, são na verdade, três erros que um grande número de líderes cometem. Vamos então aos erros cometidos por Saul:
O primeiro erro de Saul foi NÃO TER UMA PALAVRA QUE VIESSE DE DEUS. Naquele tempo o profeta representava exatamente isto, a Palavra de Deus! Vemos no versículo 8 que Samuel não estava por perto. Samuel representava a presença e a voz de Deus, e todo líder cristão precisa ter em si, a Palavra que vem de Deus para refrigerar a alma do povo.
O texto de Provérbios 29: 18 diz que "não havendo profecia o povo se corrompe". Estamos falando aqui da Palavra inspirada por Deus, uma palavra capaz de trazer quietude ao coração mais atribulado. Uma palavra capaz de acalmar os mais terríveis ventos das contendas ou do medo ou da dor ou ainda qualquer aflição que perturbe o povo. Vemos no livro de I SM 13: 6, que o povo estava angustiado. Ao ponto daqueles homens refugiarem-se entre os espinheiros... Oh! Mas a que situação somos levados quando não temos a orientação de Deus!...
No versículo 7, lemos que o povo foi até Saul tremendo... Eles precisavam de orientação e principalmente de uma direção, e para isto precisavam da Palavra de Deus! (Como hoje)!
Quando falta esta Palavra, ou quando esta Palavra é substituída por meras palavras desprovidas de poder, ou por "chavões engenhosamente argumentados", o líder corre o risco de que comecem a questionar sua comunhão com Deus e isto representa um grande perigo, pois, fatalmente esta situação provocará um segundo erro!
O segundo erro cometido por Saul foi PERDER O CONTROLE DA SITUAÇÃO. Vemos no versículo 8 que o povo começou a se dispersar... Imaginemos a cena: milhares de pessoas se dispersando... os comentários que corriam entre o povo. Quantas murmurações não devem ter acontecido! Quantos não saíram desiludidos e feridos daquela situação... Saul tornara-se um rei que não governava!
No versículo 11, Saul, de maneira covarde e desesperada, tenta por a culpa no povo ou mesmo em Samuel; ou quem sabe nos seus adversários. Comportamento típico de quem perdeu o controle da situação.
É muito perigoso quando um líder começa a perder o controle da situação. Quando as murmurações e controvérsias não são cortadas. Percebe-se o iminente descontrole quando o povo começa a se dispersar. É como em uma reunião onde as conversas paralelas tornam-se mais importantes que o assunto principal. O versículo 2 diz que, no início, dois mil homens estavam com Saul; depois desta dispersão, ficaram apenas cerca de seiscentos (v.15)! Pouco mais de 25 por cento!
E o lamentável nisto, é que a perda do controle da situação por parte de um líder cristão, quase sempre leva-o a cometer um terceiro erro. Foi exatamente isto o que aconteceu com Saul.
O terceiro erro cometido por Saul foi USURPAR O SEU MINISTÉRIO, foi exercer indevidamente o chamado divino. Como isto é perigoso! Oferecer sacrifícios era atribuição apenas dos sacerdotes e levitas. Porém Saul, numa atitude desesperada, numa demonstração tola de autoridade ou de espiritualidade, resolveu, ele mesmo, oferecer os sacrifícios!
É perigoso quando um líder toma nas próprias mãos um chamado divino que não lhe pertence... Foi o que aconteceu com Saul. Oferecer os holocaustos não era atribuição dele; aquela atitude significava tratar com irreverência o altar e as ofertas de Deus. Como é triste ver isto acontecer...
É muito triste ver um líder, muitas vezes aos berros, numa atitude desesperada, empenhando-se para permanecer num cargo do qual já tenha sido deposto pelo próprio Deus... O povo continua se dispersando pelas regiões montanhosas e pelos vales; "mas ele está lá"... Continua a oferecer sacrifícios inutilmente, amaldiçoando o povo enquanto o inimigo se agiganta! Seu ministério passa a ser exercido no sentido de tentar conter o povo ao invés de ser para glorificar a Deus. Suas ações são provenientes muito mais do medo do inimigo que do temor a Deus! Suas decisões são em função das circunstâncias e não da causa ou do planejado! Seu ministério passa a ser em função de si mesmo e não de engrandecer o reino de Deus!
Nos dias de hoje, estes perigos continuam a "rondar" os líderes. Vemos que aquele rei desperdiçou uma grande oportunidade; desperdiçou a oportunidade de constituir uma grande nação.
Ao contrário, o que lemos no v. 13, é a dura exortação do profeta: "Então disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente, e não guardaste o mandamento que o SENHOR teu Deus te ordenou; porque agora o SENHOR teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre;". Deste episódio em diante o governo de Saul foi uma sucessão de erros!
E vimos que as causas de sua reprovação por Deus foram:
- NÃO ter uma Palavra que viesse de Deus,
- Perder o controle da situação,
- Usurpar o seu ministério.
Vimos mais, vimos que estas causas continuam sendo "perigos que rondam" a vida de toda liderança cristã! PV 8:15 contém a seguinte mensagem: "Por mim reinam os reis e os príncipes decretam justiça." O contexto nos fala da excelência da Sabedoria que vem de Deus! E esta sabedoria está revelada na Palavra de Deus, na Bíblia, a qual sempre deve ser o manual de toda liderança cristã!
Uma grande demonstração de amudurecimento é quando passamos a aprender com o erro de outros. E neste aspecto podemos aprender muitas coisas com Saul, o primeiro rei de Israel. Estudando a vida daquele rei, veremos três fatos que provocaram sua queda, e estes fatos continuam sendo os mesmos que, ainda hoje, têm sido os fatores responsáveis pela queda de muitos líderes.
Vamos fazer um pequeno retrospecto sobre a vida daquele rei.
Da tribo de Benjamim, foi escolhido por Deus para ser o primeiro rei de Israel. Era um homem de grande estatura e de grande presença no meio do povo. Dentro dos padrões que normalmente usamos para escolher um líder, podemos ver nele o homem perfeito. E, com certeza, foi assim com Israel.
Em seguida vemos Saul sendo divinamente designado para três coisas, podemos dizer que recebeu de Deus três ministérios: governar o povo(administrar as coisas do reino), liderar o povo nas guerras e profetizar, sendo que destes ministérios, o principal deles era governar.
Tudo ia bem, até o período em que os filisteus começaram a guerrear contra Israel. O texto que vamos analisar encontra-se em I Samuel, capítulo 13. Neste texto nos são reveladas as causas da queda de Saul. E toda liderança deveria estar atenta a estas causas!
Comecemos nossa análise pelo versículo 7; aqui vemos o povo indo até Saul em busca de socorro, de amparo, de uma decisão corajosa e encorajadora. Afinal de contas ele era o rei, e era natural que pelo fato do povo estar em apuros, todos esperavam que o rei pudesse ajudá-los. O líder não pode fracassar num momento de crise! Em Provérbios 24:10 está escrito: "Se te mostrares fraco no dia da angústia é que a tua força é pequena".
Isto é o que acontece ainda hoje, as pessoas, quase sempre, esperam grandes decisões de seus líderes; esperam soluções inovadoras e corajosas. Esperam que seus líderes sejam capazes de apresentar "qualidades para o governo"; esperam liderança firme para o combate, mas, sobretudo, que TENHAM UMA PALAVRA QUE VENHA DE DEUS, capaz de acalmar os seus corações, trazendo orientação e discernimento. O líder em que faltam estas qualidades, corre o risco de acabar cometendo os erros que Saul cometeu e que foram as causas de sua queda.
Os TRÊS PERIGOS QUE RONDAM UM LÍDER, são na verdade, três erros que um grande número de líderes cometem. Vamos então aos erros cometidos por Saul:
O primeiro erro de Saul foi NÃO TER UMA PALAVRA QUE VIESSE DE DEUS. Naquele tempo o profeta representava exatamente isto, a Palavra de Deus! Vemos no versículo 8 que Samuel não estava por perto. Samuel representava a presença e a voz de Deus, e todo líder cristão precisa ter em si, a Palavra que vem de Deus para refrigerar a alma do povo.
O texto de Provérbios 29: 18 diz que "não havendo profecia o povo se corrompe". Estamos falando aqui da Palavra inspirada por Deus, uma palavra capaz de trazer quietude ao coração mais atribulado. Uma palavra capaz de acalmar os mais terríveis ventos das contendas ou do medo ou da dor ou ainda qualquer aflição que perturbe o povo. Vemos no livro de I SM 13: 6, que o povo estava angustiado. Ao ponto daqueles homens refugiarem-se entre os espinheiros... Oh! Mas a que situação somos levados quando não temos a orientação de Deus!...
No versículo 7, lemos que o povo foi até Saul tremendo... Eles precisavam de orientação e principalmente de uma direção, e para isto precisavam da Palavra de Deus! (Como hoje)!
Quando falta esta Palavra, ou quando esta Palavra é substituída por meras palavras desprovidas de poder, ou por "chavões engenhosamente argumentados", o líder corre o risco de que comecem a questionar sua comunhão com Deus e isto representa um grande perigo, pois, fatalmente esta situação provocará um segundo erro!
O segundo erro cometido por Saul foi PERDER O CONTROLE DA SITUAÇÃO. Vemos no versículo 8 que o povo começou a se dispersar... Imaginemos a cena: milhares de pessoas se dispersando... os comentários que corriam entre o povo. Quantas murmurações não devem ter acontecido! Quantos não saíram desiludidos e feridos daquela situação... Saul tornara-se um rei que não governava!
No versículo 11, Saul, de maneira covarde e desesperada, tenta por a culpa no povo ou mesmo em Samuel; ou quem sabe nos seus adversários. Comportamento típico de quem perdeu o controle da situação.
É muito perigoso quando um líder começa a perder o controle da situação. Quando as murmurações e controvérsias não são cortadas. Percebe-se o iminente descontrole quando o povo começa a se dispersar. É como em uma reunião onde as conversas paralelas tornam-se mais importantes que o assunto principal. O versículo 2 diz que, no início, dois mil homens estavam com Saul; depois desta dispersão, ficaram apenas cerca de seiscentos (v.15)! Pouco mais de 25 por cento!
E o lamentável nisto, é que a perda do controle da situação por parte de um líder cristão, quase sempre leva-o a cometer um terceiro erro. Foi exatamente isto o que aconteceu com Saul.
O terceiro erro cometido por Saul foi USURPAR O SEU MINISTÉRIO, foi exercer indevidamente o chamado divino. Como isto é perigoso! Oferecer sacrifícios era atribuição apenas dos sacerdotes e levitas. Porém Saul, numa atitude desesperada, numa demonstração tola de autoridade ou de espiritualidade, resolveu, ele mesmo, oferecer os sacrifícios!
É perigoso quando um líder toma nas próprias mãos um chamado divino que não lhe pertence... Foi o que aconteceu com Saul. Oferecer os holocaustos não era atribuição dele; aquela atitude significava tratar com irreverência o altar e as ofertas de Deus. Como é triste ver isto acontecer...
É muito triste ver um líder, muitas vezes aos berros, numa atitude desesperada, empenhando-se para permanecer num cargo do qual já tenha sido deposto pelo próprio Deus... O povo continua se dispersando pelas regiões montanhosas e pelos vales; "mas ele está lá"... Continua a oferecer sacrifícios inutilmente, amaldiçoando o povo enquanto o inimigo se agiganta! Seu ministério passa a ser exercido no sentido de tentar conter o povo ao invés de ser para glorificar a Deus. Suas ações são provenientes muito mais do medo do inimigo que do temor a Deus! Suas decisões são em função das circunstâncias e não da causa ou do planejado! Seu ministério passa a ser em função de si mesmo e não de engrandecer o reino de Deus!
Nos dias de hoje, estes perigos continuam a "rondar" os líderes. Vemos que aquele rei desperdiçou uma grande oportunidade; desperdiçou a oportunidade de constituir uma grande nação.
Ao contrário, o que lemos no v. 13, é a dura exortação do profeta: "Então disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente, e não guardaste o mandamento que o SENHOR teu Deus te ordenou; porque agora o SENHOR teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre;". Deste episódio em diante o governo de Saul foi uma sucessão de erros!
E vimos que as causas de sua reprovação por Deus foram:
- NÃO ter uma Palavra que viesse de Deus,
- Perder o controle da situação,
- Usurpar o seu ministério.
Vimos mais, vimos que estas causas continuam sendo "perigos que rondam" a vida de toda liderança cristã! PV 8:15 contém a seguinte mensagem: "Por mim reinam os reis e os príncipes decretam justiça." O contexto nos fala da excelência da Sabedoria que vem de Deus! E esta sabedoria está revelada na Palavra de Deus, na Bíblia, a qual sempre deve ser o manual de toda liderança cristã!
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