Ele não exigia que seus discípulos acreditassem, mas, antes, que acreditassem nele, que acreditassem na realidade do amor de Deus e que aceitassem com plena confiança e convicção da certeza a filiação com o Pai celestial. Jesus desejava que todos os seus seguidores partilhassem plenamente de sua fé transcendental. Ele, de uma forma muito enternecedora, desafiou seus seguidores não apenas a acreditar no que ele acreditava mas também como ele acreditava. É esta a significação plena de seu requisito supremo: “Siga-me”. Seguir Jesus, significava partilhar pessoalmente sua fé e entrar no espírito da vida do Mestre, espírito de servir de forma abnegada ao homem. Uma das coisas mais importantes da vida humana é descobrir em que Jesus acreditava, quais eram seus ideais, e lutar para alcançar este propósito grandioso da vida. De todo o conhecimento humano, o que tem maior valor é conhecer a vida religiosa de Jesus e como ele a viveu.
O espírito divino não faz contato com o homem mortal por meio de sentimentos ou emoções mas sim no domínio dos pensamentos mais elevados e mais espiritualizados. São os vossos pensamentos e não as vossas emoções o que vos conduz a Deus. A natureza divina pode ser percebida somente com os olhos da mente mas a mente que verdadeiramente discerne a Deus, que escuta o Modelador interior, é a mente limpa. "Sem santidade nenhum homem poderá ver Deus". Toda esta comunhão interior e espiritual é denominada de percepção espiritual. Tais experiências religiosas são o resultado da impressão que a atuação combinada do Modelador e do Espírito da Verdade produz sobre a mente do homem conforme eles atuam sobre e por entre idéias, ideais, percepções e esforços espirituais dos filhos evolutivos de Deus.
A única contribuição do homem para o crescimento é a mobilização do total de poderes de sua personalidade - a fé viva.
Os hábitos que favorecem o crescimento religioso compreendem a sensibilidade cultivada em direção aos valores divinos, o reconhecimento da vida religiosa nos outros, a meditação ponderada sobre os significados cósmicos, a solução dos problemas dignos de louvor, o ato de compartilhar a vida espiritual com os semelhantes e de evitar o egoísmo, a recusa a presumir a misericórdia divina e de viver como na presença de Deus. Os fatores do crescimento religioso podem ser intencionais, mas o crescimento religioso em si é invariavelmente inconsciente.
Jesus perguntava. Seus pais respondiam suas perguntas constantes durante sua infância: "ele não fazia outra coisa senão perguntar. Mais tarde, ele prosseguiu fazendo muitas perguntas embaraçosas, tanto a respeito da ciência como da religião..." Instituiu uma vida ativa na prece. Após suas preces de praxe, ele sempre tinha "uma pequena conversa com meu Pai no céu."
Sua vida caseira estava estruturada num sistema de envolvimento dos pais na educação dos filhos. Cuidava das plantas, desenhava mapas, estudava as estrelas e adquiriu fluência em três línguas.
Esteve em contato com muitos buscadores da verdade pois sua família possuía uma cópia rara das escrituras.
Aprendeu, logo no começo, sobre a administração financeira feita de forma prudente ao gerir os fundos que provinham das vendas de pombos.
Mais tarde, após a morte de José, ele assumiu a responsabilidade pela direção dos assuntos familiares. Recebeu instrução moral e espiritual em casa e sua educação teológica e intelectual veio do Chazan, na Sinagoga de Nazaré.
Cuidou do desenvolvimento da habilidade no trato social e gastou bastante tempo misturando-se com o povo, procurando conhecê-los.
Estudou matemática, música, interagiu com os líderes religiosos: os escribas e os mestres no templo, fez cursos avançados de leitura e estava profundamente envolvido na educação espiritual e intelectual de seus irmãos e irmãos mais novos, desenvolveu várias habilidades vocacionais.
Um bom resumo das verdadeiras realizações de sua primeira educação pode ser encontrado em: Viagem ao mundo romano e seu ministério pessoal a mais de 500 pessoas. Viagem da caravana à região do mar Cáspio e as preleções do lago Urmia.
Onde viveu por mais de dois meses na Antióquia, trabalhando, observando, estudando, visitando, ministrando, aprendendo como o homem vive, pensa, sente e reage ao meio ambiente da existência humana, passava um tempo com Deus e avaliava criteriosamente sua situação e suas oportunidades e seu caráter aperfeiçoado,
Os objetivos básicos de seu ministério, objetivos que ele tinha quando instruindo seus discípulos e apóstolos em quatro meses de Instruções, usou Técnicas específicas de abordagens. Suas instruções, "Instruções para os Mestres e para os Crentes": "Ao ensinar o evangelho do reino, estais simplesmente ensinando a amizade com Deus."
Sua técnica usual nas relações sociais era a de encorajar as pessoas falar livremente, a fazerem perguntas quando conversavam com ele, usava parábolas construídas em torno de modelos e relações na natureza: a videira e os ramos, a semente da mostarda, o bom pastor.
Usava símbolos, particularmente aqueles que, na mente dos ouvintes, estavam associados às cerimônias religiosas: a luz do mundo, a água viva, o pão da vida. Ensinava "conforme estava passando ...Seus ensinamentos eram adequados ao contexto no qual ele próprio se encontrava; ele não ensinava além da conta.
Ele construía sobre o que seu ouvinte já havia entendido, aumentando e elevando seus ideais. Veja a história de Jonas. Ele não atacava os erros achados nas crenças de seus ouvintes; ele era habilidoso em realçar a verdade nas escrituras ou nas filosofias, onde quer que ele as encontrasse, seus ensinamentos eram "dinâmicos de uma forma emocionante", ele "fazia o bem". não "se cansava" de ensinar; quando, usando como meio uma certa ilustração, se ele falhava em chegar às mentes de todos os apóstolos, ele reformulava sua mensagem e tentava usar uma outra ilustração. Por várias vezes ele advertiu seus apóstolos contra a formação de credos e o estabelecimento de tradições como meio de guiar e controlar os crentes...Trazei primeiro o povo para o reino; certifiquem-se de que eles conhecem Deus como seu Pai. Depois disto, pode ser apropriado discutir então os assuntos relacionados ao avanço progressivo da alma...Jesus não se preocupava com a vinculação de seu evangelho a outros ensinamentos. Quando João proibiu um estranho de ensinar em nome de Jesus, o mesmo Jesus disse "Não o proíba ... como podes esperar que todos os que crêem neste evangelho estejam sujeitos à tua direção?
Ele se recusou a usar o poder para manipular o povo ou as situações com fins espirituais.
Podemos participar da missão de Jesus, dedicando-nos à sua tarefa de atualizar o reino do céu em nosso mundo. O desafio religioso desta era pertence àqueles homens e mulheres de percepção espiritual, perspicazes e com visão de futuro, que ousam construir uma nova e atraente filosofia de viver o resto de seus dias nos conceitos modernos, ampliados e primorosamente integrados, de verdade, de beleza universal e de bondade divina. Esta visão nova e justa de moralidade atrairá a tudo o que é bom na mente do homem e estimulará ao melhor da alma humana. A verdade, a beleza e a bondade são realidades divinas e à medida que o homem ascende na escala da vida espiritual estas qualidades supremas do Eterno coordenam-se e unificam-se cada vez mais em Deus, que é amor."O chamado à aventura de construir uma sociedade humana nova e transformada por meio do renascimento espiritual do reino de Deus deveria comover a todos os que crêem nele.
Suas últimas palavras de admoestação, antes de partir do nosso mundo, ao final de sua efusão: "...começai a nova proclamação do evangelho do reino... amai os homens com o amor com que vos tenho amado e servi vossos semelhantes tal como vos tenho servido... Lembrai tudo o que vos tenho ensinado e a vida que vivi entre vós... Meu amor vos agasalha, meu espírito morará convosco e minha paz permanecerá sobre vós..."
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